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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Reforma Protestante fracassou?


reforma

Há 500 anos da fixação das 95 teses na Catedral de Wittenberg por Martinho Lutero, ao olhar ao redor tem-se a impressão de que a Reforma Protestante fracassou. Nem a Reforma tem sido comemorada em muitas igrejas, mas festas imitando o Halloween, a nova modinha brasileira. Sim, já existe até o Halloween gospel, como também micareta gospel (para o cristão que quer se fantasiar na mesma época que o mundo), assim como Festa das Nações em tempos de Festas Juninas (para o fiel comer comidas típicas sem culpa e sem se misturar com o mundo).
O movimento reformador (que não surgiu do nada em 1517, mas já existia séculos antes) propunha a revisão de doutrinas da Igreja Católica Apostólica Romana, buscando conformar-se com os ensinos de Jesus Cristo. Com o passar do tempo, adentrou-se na igreja rituais pagãos, a busca por benefícios para os sacerdotes, a venda do perdão dos pecados (indulgências) e o envolvimento sacerdotal com o Estado, buscando aumentar seu poderio sobre os fiéis e toda a sociedade da época. Cada movimento reformador buscou lutar contra aquilo que achava inconveniente ou mesmo herético. E o preço pago por isso foi muitas vezes torturas e mortes dolorosas.
Assim como os cristãos se multiplicaram apesar dos martírios, os protestantes também se multiplicaram apesar da perseguição inquisitória. E chegaram aos dias de hoje, no Brasil se autodenominando evangélicos, embora haja na maioria pouco de Evangelho e muito pouco de protestantes.
reforma2O que dizer de uma igreja como a nossa, onde se vendem as bênçãos materiais e celestiais (uma venda de perdão de pecados mascarada, uma vez que se o fiel recebe as bênçãos pelas quais pagou prova que é “santo”, e por isso perdoado dos pecados)? O que dizer de uma igreja onde se proíbe “andar no mundo”, mas que replica o “mundo” para satisfazer a seus fiéis (festas sincréticas gospel, rituais de espiritismo gospel, idolatria gospel)? O que dizer de uma igreja que faz clara acepção de pessoas, tratando-as conforme o valor do seu dízimo e segundo o status que ocupa na sociedade? O que dizer de uma igreja na qual seus líderes se acham no direito de usurpar e usufruir das ofertas que deveriam ser destinadas à manutenção do templo e ao cuidado dos mais necessitados? O que dizer de uma igreja que deixa de confiar em Deus para confiar na força de políticos, por mais corruptos que eles sejam?
No Brasil não temos visto mártires atualmente. Talvez, por serem muito poucos os que se martirizariam em nome de Jesus. Talvez porque a pena de morte seja proibida em nossa nação. E talvez porque as igrejas no Brasil estão tão conformadas com o mundo que não apresentam risco nenhum ao “sistema capetalista”. Mas triste e incrivelmente há poucos meses presenciamos o quase martírio de não-cristãos por pessoas que se diziam cristãs. Veja o vídeo abaixo, de menos de 2 minutos:

Cadê a Igreja que transforma? Que converte o caráter? Que traz renúncia do mal? Que abre mão dos bens e prazeres desta terra em prol do Reino vindouro?
Cadê os frutos da Reforma?
Aparentemente, não há. Olhando para o mundo, e mais especificamente para o Brasil, a Reforma Protestante fracassou, deixando um legado ainda pior do que o que havia há 500 anos.
Reforma é ruim. Reforma incomoda. E cristão verdadeiro também tem que incomodar.
Alguns acham que incomodar é perseguir minorias. Muitos têm levantado bandeiras contra esse e aquele grupo social dizendo agir em nome de Deus. Ao mesmo tempo, ignoram plena e completamente toda a expressão de justiça, ao ponto de defender corruptos (que matam indiretamente a milhões de brasileiros), conquanto que esses se coloquem contra certos projetos.
O que esses não sabem é que a perseguição é uma das características do mundo, não dos seguidores de Cristo.
A Igreja Primitiva não incomodava por ser contra este ou aquele. Embora sempre contra o pecado, o que marcava a Igreja Primitiva era o amor que tinham entre eles, era a honestidade que tinham diante do mundo,  era a fé incondicional em Cristo Jesus. Fé essa capaz de lhes fortalecer frente às piores torturas e mortes. E o que mais incomodava na Igreja Primitiva era ela não se prostrar ao deus romano, no caso a figura do Imperador.
Atualmente nos colocamos contra os homossexuais, contra os adúlteros, mas aceitamos os corruptos como um mal menor e até necessário. E nos prostramos ao deus atual. Todos os dias. Em todo o tempo. E em “nome de Jesus” também, é claro. E por isso as igrejas brasileiras não incomodam ninguém.
_ Como assim, nos prostramos ao deus atual??? Nós servimos a Deus, a Jesus Cristo!!!
reforma3Sim, as igrejas brasileiras em sua grande parte servem a outro deus: a Mamom, ao dinheiro, que é o deus deste século. Vivem para e pelo dinheiro. Em seu credo, de forma escondida, pregam que tudo vem dele (do dinheiro), é por ele e é para ele. Oramos para ter dinheiro, precisamos de dinheiro para a evangelização e para a satisfação de nossos desejos mais ocultos, sem dinheiro não somos ninguém nessa sociedade desigual e o dinheiro tornou-se o termômetro de quão espiritual somos (quanto mais dinheiro, mais Deus abriu as comportas do céu e por conseguinte mais somos ungidos e espirituais). O que temos visto em boa parte das igrejas, as falsas promessas e profecias para aumentar a arrecadação de ofertas e a péssima destinação dessas nos mostra claramente a quem temos verdadeiramente servido. Quando precisamos nos aliar politicamente com o que há de mais sujo para conseguir “evangelizar”, mas na verdade para conseguir benefícios e até dinheiro, mostramos que nossa fé não está na provisão de Deus, mas no deus que temos servido.
A Igreja Primitiva não se prostrou ao deus romano. Se tivesse se prostrado, ninguém teria morrido. Se Lutero se prostrasse, continuaria com sua antiga fé e não teria sido perseguido. Se John Huss tivesse se prostrado, talvez morreria reitor, com todas as benesses que seu cargo permitia. Se Jesus tivesse se prostrado, receberia todos os reinos deste mundo e deles poderia usufruir livremente.
Mas, se assim fosse, Deus seria menor do que os deuses. E as pessoas não teriam a esperança da salvação.
Nossas igrejas se prostram diariamente ao deus deste século. Conformados ao “sistema capetalista”, somos incapazes de incomodar e de transformar o caráter de alguém.
A boa notícia é que a Reforma não acabou, pois reformas são sempre necessárias. Sempre haverá uma parte a ser consertada ou mesmo melhorada, embora boa parte das igrejas atuais devessem demolir seus credos e recomeçar do zero.
A Reforma não fracassou porque ela não terminou. Ela só terminará com a vinda de Jesus Cristo. Até lá, que nos reformemos a cada dia, em todo o tempo, com orações, súplicas, arrependimento e conhecimento das Escrituras Sagradas. Que possamos renunciar ao deus deste século e nos curvar diante do Deus Supremo. Que o Espírito Santo possa nos transformar por dentro, e que essa transformação transpareça para o mundo. Que possamos, como verdadeiros cristãos, incomodar e ser instrumento de transformação.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.

https://estrangeira.wordpress.com

domingo, 15 de outubro de 2017

Os evangélicos e a corrupção: delações de Funaro, novo Refis e o direito de comer o melhor desta terra



michel3Há 2 anos, surgiam as primeiras denúncias contra o então deputado Eduardo Cunha. Além de presidente da Câmara dos Deputados, esse dito também era evangélico, dizimista e ofertante na Assembleia de Deus do Brás Ministério Madureira (ADBras). Era convidado de honra nos palcos das Marchas para Jesus, principalmente no Rio, ao lado de aliados e até então fiéis defensores, como Silas Malafaia. Nos bastidores era conhecido por sua agressividade, mas à vista de todos era um homem inteligentíssimo e articulado, que pela “vontade de Deus” alcançou grande poder político.
Com o tempo, e com a necessidade de entregar um “bode expiatório” para justificar o “perdão” aos demais políticos corruptos do seu partido (PMDB) e dos demais aliados, Eduardo Cunha caiu. As denúncias (segundo o Ministério Público) de corrupção, desvio de verbas públicas, a existência de contas no exterior em seu nome e no nome da esposa e filha, acabaram com a perda do seu mandato político e seu envio para um presídio. Por seu caráter agressivo e vingativo, esperava-se que logo faria “aquela” delação, entregando a tudo e a todos, mas misteriosamente mantém-se calado, curtindo seu longo período de férias forçadas.
Também é curioso que Cláudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha, tenha sido inocentada de todas as acusações. Com envolvimento parecido, tivemos a prisão (mesmo que absurdamente domiciliar) da esposa de Sérgio Cabral. Poupar Cláudia Cruz do espaço prisional teria sido a moeda que pagou até hoje o silêncio de Eduardo Cunha?
Lembrando de trecho de uma gravação do Senador (suspeito de corrupção) Romero Jucá meses atrás: “tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria, por meio de um acordo com o Supremo, com tudo”. (fonte: UOL Notícias)
2aypx7ijr4_6dqq6q316a_fileEduardo Cunha continua em silêncio, mas seu parceiro operacional no PMDB resolveu falar. Lúcio Funaro fez a delação e dias atrás foram divulgadas as gravações. Incriminou, na delação, todos os caciques do PMDB, citando inclusive o presidente Michel Temer. Apesar de horrível, tudo isso já era esperado. Mas o que mais intriga, e que é o cerne deste artigo, são os trechos a seguir:
“O terceiro encontro com Temer, segundo Funaro, foi uma reunião de apoio à candidatura de Gabriel Chalita (PMDB) para a Prefeitura de São Paulo. Ele diz que o encontro foi na Assembleia de Deus do bairro Bom Retiro, com a presença dos bispos Manoel Ferreira e Samuel Ferreira.” (fonte: Revista Veja)
michel6Encontrar-se numa igreja evangélica não tem nenhum problema. Porém, a cúpula do PMDB foi a uma igreja não para um culto, mas para uma “reunião de apoio” a um candidato a prefeito de São Paulo, o católico Gabriel Chalita. Ou seja, era um evento especial, fechado, com o objetivo puramente político. E com o aval dos papas dessa igreja.
E lembrando, essa igreja, que antes era do Jabes de Alencar, agora é do Samuel Ferreira, também dono da ADBras, que é a mesma que tem (ou tinha) Eduardo Cunha como fiel dizimista e ofertante. E a ADBras é a mesma que, tempos atrás, foi acusada de lavar parte do dinheiro de Eduardo Cunha, no caso uns 250 mil reais (fonte: UOL Notícias). E vale lembrar que seu papa, o agora Bispo Samuel Ferreira, foi acusado na delação da JBS de receber 1 milhão de dólares de propina em 10 parcelas de 100 mil dólares, numa conta nos Estados Unidos (por que será? – Fonte: G1 Notícias).
michel4Enfim, Eduardo Cunha é (ou era) membro da igreja certinha para seu (falso) caráter cristão.
Outros trechos da delação de Lúcio Funaro que merecem destaque neste artigo são os seguintes (a partir de 3:15 minutos):
“O Eduardo, ele funcionava como se fosse um banco de corrupção e de políticos. Ou seja, todo mundo que precisava de recursos pedia pra ele e ele cedia os recursos, e em troca mandava no mandato do cara, era assim que funcionava” (3:27 minutos).
“O dinheiro vivo chegando em minha mão, eu distribuía pra quem eu tinha que pagar, e nesse caso era o Eduardo Cunha que fazia o repasse para quem era de direito dentro do PMDB, que eram as pessoas que apoiavam ele dentro do PMDB”. “Que eram?” “Henrique Meireles, Michel Temer, todas as pessoas. A bancada que a gente chamava de bancada do Eduardo Cunha” (4:14 minutos).
No vídeo acima, a partir do minuto 1:40, vemos Lúcio Funaro delatando que a bancada evangélica sempre votava seguindo Eduardo Cunha, e que esse “esquema” se iniciou em 2009, justamente com a ascensão de Cunha. Em 2:40 minutos, Funaro revela que Eduardo Cunha tinha influência no PSC (Partido Social “Cristão” – aspas nossas), na Bancada Evangélica e no PMDB, e com todos esses em suas mãos, Cunha tinha um poder de barganha muito grande na Câmara dos Deputados, podendo “negociar” com empresários interessados a aprovação ou a rejeição de projetos de leis e medidas provisórias. Esse “esquema” é explicado a partir de 4:30 minutos.
Aí fica a dúvida: a Bancada dita Evangélica seguia (obedecia) ao Eduardo Cunha por ver nele um homem de Deus, ungido, santo e cheio de discernimento? Ou o faziam porque, assim como os demais deputados que o seguiam, havia, segundo Funaro, o recebimento de propinas advindas dos empresários que tinham interesses nesse ou naquele projeto de lei?
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Muito grave tudo isso. Diria até abominável, se a delação se confirmar. Afinal, se alguém se diz seguidor de Jesus Cristo, é até aceitável que cometa um ou outro pecado. Porém, é incompreensível que viva em tão grande corrupção.
Dias atrás houve também a votação de uma medida provisória, o novo Refis, que seria o refinanciamento de dívidas tributárias de empresas. Para as igrejas, os deputados deram dois benefícios a mais, segundo a Época Negócios:
“A primeira prevê perdão de dívidas tributárias com a Receita Federal de igrejas, entidades religiosas e instituições de ensino vocacional sem fins lucrativos. A remissão vale para débitos inscritos ou não na Dívida Ativa da União, inclusive aqueles objeto de parcelamentos anteriores ou que são alvo de discussão administrativa ou judicial.
A segunda emenda favorável às igrejas estabeleceu isenção de cobrança de tributos da União incidentes sobre patrimônio, renda ou serviços para igrejas e instituições de ensino vocacional. A isenção valerá por cinco anos para entidades que exerçam atividade de assistência social, sem fins lucrativos.”
michel7As igrejas já possuem isenções fiscais, por seu caráter de entidade sem fins lucrativos (para muitas, pelo menos em tese, não na prática). Além disso, o Brasil passa por um dos mais difíceis períodos de sua história econômica, com altos índices de desemprego, grandes quedas na produção e com os entes da União sem caixa para tratar das mínimas questões. O Estado do Rio de Janeiro amargou falta de dinheiro até para o pagamento de aposentados e servidores ativos. Não há como arcar com os gastos para a segurança, saúde, moradia, educação nas mais diversas regiões do país.
Com o desemprego e a queda na produção, obviamente caiu também a arrecadação através dos impostos. O Refis seria uma alternativa de renegociação para que o governo possa receber valores atrasados e assim investir (e não propinar, por favor) no que é necessário. É claro que também é uma tentativa do governo de se aproximar do empresariado, ao facilitar a renegociação de dívidas. Apesar da necessidade do governo de angariar fundos, os líderes e políticos evangélicos não conseguem se sensibilizar e buscam, através de negociatas travestidas de votações no Congresso, não pagar nem o que antes lhes era devido. Mas eu e você precisamos pagar, sim senhor!
Cabe aqui um adendo: você viu algum líder evangélico, mesmo de igrejas tradicionais, denunciando isso? Será que a mudez geral se deve ao fato de que todos, isso mesmo, todos, serão no final “beneficiados”?
E pensar que Jesus, o Cristo, pagava impostos sem reclamar e sem necessitar, mas para dar e ser exemplo para os verdadeiros cristãos!
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Seja nas delações de Funaro, seja nos esquemas para a aprovação das vantagens gospel no Refis, o que vemos é que muitos líderes evangélicos são capazes de qualquer coisa para ter, no futuro, um presidente da mesma religião. E qualquer coisa, para muitos desses líderes, significa propinar, roubar, mentir, enriquecer às custas do Erário e dos fiéis. Para eles, o fim justifica os meios.
Lembremos de Jesus, quando chamou os fariseus de sepulcros caiados: limpos por fora e podres por dentro. Lembremos das admoestações de Jesus em Mateus 23, quantos ais!
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Certa vez, uma jovem seguiu o Apóstolo (de verdade) Paulo por muitos dias, bradando que ele e os demais eram servos do Deus Altíssimo (Atos 16:16-18). Porém, o Apóstolo (de verdade) Paulo era cheio do Espírito Santo e teve discernimento de Deus. Embora a jovem falasse a verdade, estava tomada por um espírito maligno, que foi prontamente expulso pelo Apóstolo.
O que acontece nas igrejas hoje, que líderes e políticos evangélicos são totalmente enganados por seres como o Eduardo Cunha? Cadê o discernimento dos espíritos? Cadê a prudência?
Ou será que não foram enganados e se aliaram de caso pensado?
pobreza-e
Tudo isso é para se pensar. Funaro deu 13 horas de depoimentos, que podem ser assistidos na íntegra no Youtube. Tive que assistir a muitas horas, pois se você pesquisar no Google “bancada do Cunha” e “bancada evangélica”, não achará absolutamente nenhuma notícia. É como se tivessem orquestrado um cala-boca gospel. Mas assistindo aos vídeos, outros gospel são citados, como o Garotinho e o Pr. Everaldo, e isso provavelmente também não sairá na grande imprensa. Amanhã inventarão algum meme na internet e essa delação, assim como a da JBS e a da Odebrecht, cairá no esquecimento. E os “esquemas” continuarão, com direito a testemunhos nos púlpitos de como “deus” abençoou que apareceu um bom dinheiro para ajudar na reforma do templo.
Nojo. Por muito menos, Jesus expulsou os mercadores do templo. E nós, pelo caminhar da carruagem, acabaremos reelegendo os mesmos indicados de sempre por nossos (im)pastores.
O mais triste é que muitos evangélicos sabem de tudo, mas mesmo assim apoiam suas lideranças e instituições, pois tudo vale em prol do “reino”. Até mesmo corrupção em nome de Jesus.
Será que ninguém mais está vendo isso? Onde estão as vozes para denunciar a iniquidade em parte das igrejas evangélicas brasileiras? Por que estão caladas?
Simples: muitas lideranças e muitas instituições são sustentadas por esse “sistema”. Ninguém quer perder sua parcela dentro do sistema corrupto.
Estamos a cerca de 2 semanas dos 500 anos da Reforma Protestante. O que temos a comemorar é que as Escrituras, como sempre, estão certas:
“E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” – Mateus 7:14
lutero solamente
Igreja Evangélica Brasileira, formada por mim e por você: arrependamo-nos enquanto é tempo.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.

Fonte:
https://pedrasclamam.wordpress.com
https://estrangeira.wordpress.com

domingo, 8 de outubro de 2017

: Após 500 anos de reforma, o que mudou?

Em Outubro deste ano faremos 500 anos da "Reforma Protestante" Reforma esta  iniciada por Martinho Lutero em 31 de outubro de 1517, que pregou 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. 

O documento desafiava diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, propondo uma reforma no catolicismo romano.  Ficamos a pensar, após 500 anos o que mudou nas igrejas protestantes? Será que o termo protestante se aplica nos dias atuais? Bem pelo contrário não vemos mais essa nomenclatura 'Protestante' sendo usada como outrora. É possível que tenha ainda alguns remanescentes oriundos da reforma em nossos dias. Seja um crente Reformado: Examine sua Bíblia

Solus Christus????

O que estamos vendo, principalmente em nosso País em relação a igreja evangélica - me refiro a grande maioria e principalmente as "igrejas Neo-Pentecostais" e as milhares de igrejas pentecostais - é que cada vez mais diminuem as diferenças das práticas outrora do catolicismo romano. Hoje não podemos mais falar da idolatria católica romana, pois temos objetos sagrados e venerados nas diversas denominações. Para essas denominações JESUS não é mais suficiente Salvador, ou seja, Ele perdeu totalmente a suficiência. O que vai te abençoar hoje é: O sal grosso, a arruda, a meia ungida, a tolha suada do tal Após-tôlo, a água benta, a arca da aliança, o shofar, a chave, o tijolo, a caneta e tantos outros milhões de objetos que não caberiam nessa página. 

Outro Evangelho 
Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho. Gálatas 1:6

Os que deveriam manter-se firme na Palavra e no Evangelho de Cristo, protestando contra heresias e doutrinas do diabo, tem praticado, envergonhado os verdadeiros cristãos protestantes.  Práticas bizarras se espalham cada vez mais dentro dessas instituições ditas evangélicas. O que eles fazem superam o Catolicismo Romano do século XV. 

Igrejas viraram empresas, os membros mercadorias e Pastores investidores
Hoje é descarado o comércio da fé dentro dessas "igrejas". Impossível ouvir, acompanhar um sermão deles sem que eles não falem em Lucros, Chantagens, Ameaças e muito dinheiro. Tudo gira em torno de lucros: quem muito oferta, muito recebe, quanto maior for o "sacrifício" dos 'fieis' ($), maior são as bençãos conquistadas por eles. Segundo os falsos após-tôlos, os falsos profetas, falsos bispos, falsas 'pastoras', o tema principal é: Doem tudo, digo, tudo o que você tem para que sejam prósperos.

Vergonha alheia 

Eu tenho vergonha desses vendilhões. Eu tenho vergonha do que vejo todos os dias na TV ao que se refere as práticas desses líderes em suas igrejas. Modismo, amuletos, práticas espiritas, símbolos judaicos, falsos testemunhos, Curas fabricadas, tudo em torno da denominação. Partidarismo puro. Quanto maior o marketing, maior o números de fieis que virão fazer parte.

Temos hoje na Tv aberta um show de quem cura mais, quem realiza mais "Milagres". Super-Heróis, que pregam outro evangelho, arrastam multidões e chegam a dizer: Se esta obra não é de DEUS porque cresce tanto? Mas os verdadeiros são poucos.

Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Gálatas 1:8

Milhares são enganados pela cobiça de serem "Abençoados, Prósperos e Ricos".
Porque são enganados?? 

Não examinam nas Escrituras, aliás nem conhecem o livro que carregam debaixo de seus braços. Erram por falta de conhecimento. Fazem conforme ditam os tais falsos "Após-tôlos".

Eis que o meu povo está sendo arruinado porque lhe falta conhecimento da Palavra. Oséias 4:6

E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade;
também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.. 2 Pedro 2:2-3

Louvado seja DEUS que diante esse quadro caótico Brasileiro existe algumas igrejas tradicionais Como: Presbiteriana, Congregacional, Batistas, Luterana e outras no meio pentecostal. Algumas raridades das Assembléia de Deus e pouquíssimas igrejas que não abrem mão das escrituras e tem clamado por uma REFORMA na igreja Brasileira.

Onde estão os cristãos protestantes???? Se você é um protestante não se conforme no que tem acontecido. Fale, proteste, se preciso for, denuncie.

Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria

Por Pb Josiel Dias
http://josiel-dias.blogspot.com.br

domingo, 1 de outubro de 2017

O mal da dependência institucional religiosa

Por: Paulo Siqueira

Mundo“Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o Maligno não o toca.
Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno.” – 1 João 5:18,19
Sei que muito gente vai se enfurecer com este artigo. Ou melhor, já devem estar enfurecidos só pelo título. Porém, esta é uma reflexão de quem acompanha a vida institucional religiosa desde criança, pois minha vida institucional da qual tenho lembrança se inicia aos 6 anos no catecismo católico.
Sempre tive minhas pulgas atrás da orelha, como diz o dito popular. Já na infância, minha mãe me alertava a tomar cuidado com o pároco da comunidade, pois o mesmo era dado a muito vinho. Na minha adolescência, fiz parte dos então iniciados grupos carismáticos porque acreditava que esses estavam mais próximos da Bíblia do que os católicos convencionais. Na minha conversão para o protestantismo (no meu caso, para o pentecostalismo), sempre me assustava com toda a mística envolvendo a igreja. Isso nunca me atrapalhou, pois sempre estive mais envolvido com a prática do que com as teorias, e nunca me deixei estimular pelos dogmas, preferindo as ações de misericórdia e solidariedade.
Uma das primeiras intrigas que tive com o “sistema institucional religioso” foi quando era professor de escola dominical em uma pequena congregação num bairro extremamente miserável da periferia de minha cidade natal. Tinha quase trinta alunos que chegavam às aulas nos domingos pela manhã, algumas crianças nuas, descalças, sujinhas, famintas, e algumas com somente uma peça de roupa. A maioria, filhos de pais envolvidos no alcoolismo, drogas, em todo o tipo de violência. Eu então trabalhava no período noturno e pela manhã me dirigia para essa escola com sacolas e sacolas de alimentos, roupas, calçados e brinquedos arrecadados durante a semana entre colegas de trabalho, vizinhos e amigos.
Então fui comunicado pela igreja-sede de que eu deveria incluir na classe da escola dominical da congregação as “revistas” exigidas pela instituição. Então comentei: “as crianças não têm roupas, não têm o que comer, como comprarão a revista?” E o irmão superintendente disse: “Paulo, são as regras da igreja!” E então descobri, a partir disso, que a instituição religiosa tem suas falhas, e falhas gravíssimas.
Assim como nesse exemplo, muitas são as perguntas que todo aquele que vive dentro do sistema religioso tem dentro de si e muitas vezes guarda calado.
Nessa história que referi, não adotei as revistas. Mas, aos poucos fui adquirindo bíblias para as crianças, ao ponto de todas as crianças terem uma bíblia. Ou seja, eu comprei uma grande briga com a instituição, pois quebrei a regra. E essa quebra de regra só não me trouxe grandes consequências porque a congregação cresceu, se tornou uma igreja (pois os pais e responsáveis pelas crianças, vendo a transformação que o Evangelho proporcionava em seus filhos, passaram a também frequentar a congregação).
Ou seja, a congregação cresceu, deu frutos. Sendo assim, a quebra de regras foi desconsiderada.
Porém, essa não é a realidade da igreja. A igreja vive sob um sistema pesado na sua dogmática, na sua eclesiologia, onde as regras falam muito mais alto do que a sensatez, a misericórdia, a solidariedade, o amor. Muitas vezes, as regras falam até mais do que a própria razão. E muitas vezes, até mais do que a própria fé.
Estamos no mês em que comemoramos 500 anos da Reforma e é uma boa lembrança nos referirmos aos motivos que levaram Lutero a afixar suas teses. Não é de hoje que o sistema institucional religioso está doente, decadente, ferido e ferindo a muitos.

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Dentro do versículo que descrevemos no início, a segunda parte é a que mais nos vem à lembrança. Porém, a primeira parte nos refere sobre a questão do “nascido de Deus”.
Em João 3, Jesus diz a Nicodemus que importa nascer de novo, pois aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. E aqui em 1 João temos que o que realmente é nascido de novo o Maligno não lhe toca. E por que digo isso?
Porque todos aqueles que vivem ou fazem parte do sistema religioso e vivem as mentiras, as armações, as hipocrisias do sistema vivem uma vida de pecado.
Tenho visto, após décadas vivendo no sistema religioso, que muitos são os que vivem os pecados institucionais em troca de salários, em troca da casa pastoral, em troca de um carro, em troca de mestrados e doutorados, ou seja, todas as benesses do sistema. Porém, eles não se atentam de que o que realmente importa nessa vida é o estar em Cristo, como Paulo diz em 2 Coríntios 5: 17: aquele que está em Cristo nova criatura é. Ou seja, uma nova criatura que não se alimenta, que não se veste, que não usufrui dos favores do mundo. E isso inclui os favores institucionais.
Os milhões de desigrejados são vítimas das feridas provocadas pelo sistema religioso. Um sistema que vai coexistindo com a mudez e a conivência dos seus participantes. É muito fácil apontar as falhas do catolicismo, as falhas do espiritismo, mas é preciso entender que o sistema evangélico também é repleto de falhas: falhas doutrinárias, ético-morais, sociais, políticas. Porém, o grande mal é o corporativismo institucional, alimentado por todos aqueles que de certa forma vivem do sistema.
Há alguns anos encontrei um contemporâneo de faculdade teológica. Dialogando com ele, apontei-lhe o porquê dele ter aderido à Teologia da Prosperidade mesmo tendo todo o conhecimento teológico. Ele subitamente interrompe meus argumentos com a pergunta: “quantas vezes você foi para Israel?” Sinceramente, não acreditei estar ouvindo aquilo. E depois veio a outra: “que carro você tem?”
Ou seja, essa pessoa a qual me refiro não só havia sido engolida por um desvio doutrinário. Essa pessoa estava equivocada quanto ao seu novo nascimento.
Tenho enfrentado isso nos últimos anos. Depois que comecei a fazer parte do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira e passei a denunciar os problemas da instituição evangélica, sou confrontado com os valores deste mundo. Muitos, quando sabem dos meus problemas de saúde, encontram argumentos para confrontar as verdades bíblicas. É preciso entender que a Igreja só tem sentido de existir se ela for o reflexo de Cristo descrito na Bíblia.
Só há um sentido da prática dogmática da Igreja: se essa dogmática for o reflexo de Cristo na Bíblia. A grande essência de um pastor, de um líder frente a uma comunidade religiosa não está no salário, nas viagens ou no carro, mas sim nos frutos do Espírito que a convivência dos santos proporciona.
A Igreja não é uma empresa. A Igreja não se fundamenta nos lucros. A Igreja é uma instituição totalmente espiritual, apesar de palpável. Para isso, é preciso que os que dela fazem parte vivam uma espiritualidade real, em Cristo. Por isso, ela é o contrário do mundo. Enquanto o mundo jaz no Maligno, a Igreja e os que dela fazem parte são de Deus e vivem os Seus valores. Isso deve ser manifesto com integridade, com transparência, com verdade, não com hipocrisias e mentiras.
A Palavra de Deus nos diz que todo obreiro é digno do seu sustento. Porém, a partir do momento em que o sustento se torna o motivo de eu estar na igreja isso passa a ser um profissionalismo, e aí os valores que norteiam minha vivência são totalmente institucionais.
Há muitos pastores puramente institucionais. Verdadeiros profissionais da fé. Jesus chama a esses de mercadores ou mer-ce-ná-rios. Sim, isso mesmo. Mercenários da fé.
O mercenário é aquele que atua, que age simplesmente pelo pagamento, sem se importar com a essência, os valores e as consequências do trabalho a ser realizado. Essa é a razão de tantas igrejas, apesar de cheias, não produzirem verdadeiros nascimentos em Cristo.
Essa é a razão pela qual, apesar do crescente número percentual de evangélicos, o Brasil ainda sucumbir diante da corrupção, da intolerância, da prostituição, da violência. Reflexos de uma igreja que vive mais os valores do mundo do que os valores de Deus.
Por isso João faz questão de lembrar que o mundo jaz no Maligno.
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A Igreja não depende de verbas públicas, a Igreja não depende de favores políticos, a Igreja não depende de ter um grande empresário. A Igreja depende de Deus, e para isso precisa viver Seus valores descritos na Palavra de Deus.
Sei que muitos não conseguirão ler essa reflexão. É mais fácil ignorar. É mais fácil viver os luxos do que ser confrontado com as verdades. Porém, como o título desse blog é As Pedras Clamam, estou aqui como uma pedra que clama, clamando por justiça, clamando por santificação, clamando por mais de Deus e menos do homem.
Espero que os que chegaram até aqui na leitura desta reflexão possam se sentir aliviados, pois apesar de fazerem parte de uma instituição religiosa, estão com as vestes limpas. Ou senão, que esta reflexão possa levar ao arrependimento e até, se possível, ao abandono do pecado.
Isso mesmo, abandono!
“Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.” – Mateus 5:29,30
Você está sendo radical, irmão!!! Do que que eu vou viver? Onde vou trabalhar?
Verdade. Porém, é preciso lembrar que essa vida é passageira, mas o inferno será eterno.
“Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.” – Mateus 18:6
Eu poderia citar mais versículos, como por exemplo o capítulo todo de Mateus 23 ou Ezequiel 34, textos esses esquecidos por muitos.
Muitos devem estar horrorizados deste texto. “Como pode falar mal da instituição?”
Não. Estou falando contra os que fomentam a mentira, a hipocrisia, aos mercadores da fé que transformaram a Igreja num balcão de negócios. Há muitos homens e mulheres que não se venderam ao deus deste mundo. Há muitos mesmo. Porém, o número de mercadores cresce a cada dia.
Esta reflexão tem por intenção despertar os que pecam, pois assim age o Espírito Santo de Deus, sempre no propósito de chamar o homem à consciência, e assim o levar ao arrependimento. Não seremos salvos segundo nossa formação teológica, segundo nosso cargo ou posição dentro do sistema religioso, ou pelo quanto nos adequamos aos valores deste mundo, mas seremos salvos mediante o reconhecimento, em vida, do sacrifício de Cristo no Calvário.
Não viva em mentiras, pois o Pai da Mentira é o diabo. Mesmo que ele lhe pague um bom salário, esse salário pode ser sua ruína, pois o salário do pecado é a morte.
Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

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