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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Reforma Protestante fracassou?


reforma

Há 500 anos da fixação das 95 teses na Catedral de Wittenberg por Martinho Lutero, ao olhar ao redor tem-se a impressão de que a Reforma Protestante fracassou. Nem a Reforma tem sido comemorada em muitas igrejas, mas festas imitando o Halloween, a nova modinha brasileira. Sim, já existe até o Halloween gospel, como também micareta gospel (para o cristão que quer se fantasiar na mesma época que o mundo), assim como Festa das Nações em tempos de Festas Juninas (para o fiel comer comidas típicas sem culpa e sem se misturar com o mundo).
O movimento reformador (que não surgiu do nada em 1517, mas já existia séculos antes) propunha a revisão de doutrinas da Igreja Católica Apostólica Romana, buscando conformar-se com os ensinos de Jesus Cristo. Com o passar do tempo, adentrou-se na igreja rituais pagãos, a busca por benefícios para os sacerdotes, a venda do perdão dos pecados (indulgências) e o envolvimento sacerdotal com o Estado, buscando aumentar seu poderio sobre os fiéis e toda a sociedade da época. Cada movimento reformador buscou lutar contra aquilo que achava inconveniente ou mesmo herético. E o preço pago por isso foi muitas vezes torturas e mortes dolorosas.
Assim como os cristãos se multiplicaram apesar dos martírios, os protestantes também se multiplicaram apesar da perseguição inquisitória. E chegaram aos dias de hoje, no Brasil se autodenominando evangélicos, embora haja na maioria pouco de Evangelho e muito pouco de protestantes.
reforma2O que dizer de uma igreja como a nossa, onde se vendem as bênçãos materiais e celestiais (uma venda de perdão de pecados mascarada, uma vez que se o fiel recebe as bênçãos pelas quais pagou prova que é “santo”, e por isso perdoado dos pecados)? O que dizer de uma igreja onde se proíbe “andar no mundo”, mas que replica o “mundo” para satisfazer a seus fiéis (festas sincréticas gospel, rituais de espiritismo gospel, idolatria gospel)? O que dizer de uma igreja que faz clara acepção de pessoas, tratando-as conforme o valor do seu dízimo e segundo o status que ocupa na sociedade? O que dizer de uma igreja na qual seus líderes se acham no direito de usurpar e usufruir das ofertas que deveriam ser destinadas à manutenção do templo e ao cuidado dos mais necessitados? O que dizer de uma igreja que deixa de confiar em Deus para confiar na força de políticos, por mais corruptos que eles sejam?
No Brasil não temos visto mártires atualmente. Talvez, por serem muito poucos os que se martirizariam em nome de Jesus. Talvez porque a pena de morte seja proibida em nossa nação. E talvez porque as igrejas no Brasil estão tão conformadas com o mundo que não apresentam risco nenhum ao “sistema capetalista”. Mas triste e incrivelmente há poucos meses presenciamos o quase martírio de não-cristãos por pessoas que se diziam cristãs. Veja o vídeo abaixo, de menos de 2 minutos:

Cadê a Igreja que transforma? Que converte o caráter? Que traz renúncia do mal? Que abre mão dos bens e prazeres desta terra em prol do Reino vindouro?
Cadê os frutos da Reforma?
Aparentemente, não há. Olhando para o mundo, e mais especificamente para o Brasil, a Reforma Protestante fracassou, deixando um legado ainda pior do que o que havia há 500 anos.
Reforma é ruim. Reforma incomoda. E cristão verdadeiro também tem que incomodar.
Alguns acham que incomodar é perseguir minorias. Muitos têm levantado bandeiras contra esse e aquele grupo social dizendo agir em nome de Deus. Ao mesmo tempo, ignoram plena e completamente toda a expressão de justiça, ao ponto de defender corruptos (que matam indiretamente a milhões de brasileiros), conquanto que esses se coloquem contra certos projetos.
O que esses não sabem é que a perseguição é uma das características do mundo, não dos seguidores de Cristo.
A Igreja Primitiva não incomodava por ser contra este ou aquele. Embora sempre contra o pecado, o que marcava a Igreja Primitiva era o amor que tinham entre eles, era a honestidade que tinham diante do mundo,  era a fé incondicional em Cristo Jesus. Fé essa capaz de lhes fortalecer frente às piores torturas e mortes. E o que mais incomodava na Igreja Primitiva era ela não se prostrar ao deus romano, no caso a figura do Imperador.
Atualmente nos colocamos contra os homossexuais, contra os adúlteros, mas aceitamos os corruptos como um mal menor e até necessário. E nos prostramos ao deus atual. Todos os dias. Em todo o tempo. E em “nome de Jesus” também, é claro. E por isso as igrejas brasileiras não incomodam ninguém.
_ Como assim, nos prostramos ao deus atual??? Nós servimos a Deus, a Jesus Cristo!!!
reforma3Sim, as igrejas brasileiras em sua grande parte servem a outro deus: a Mamom, ao dinheiro, que é o deus deste século. Vivem para e pelo dinheiro. Em seu credo, de forma escondida, pregam que tudo vem dele (do dinheiro), é por ele e é para ele. Oramos para ter dinheiro, precisamos de dinheiro para a evangelização e para a satisfação de nossos desejos mais ocultos, sem dinheiro não somos ninguém nessa sociedade desigual e o dinheiro tornou-se o termômetro de quão espiritual somos (quanto mais dinheiro, mais Deus abriu as comportas do céu e por conseguinte mais somos ungidos e espirituais). O que temos visto em boa parte das igrejas, as falsas promessas e profecias para aumentar a arrecadação de ofertas e a péssima destinação dessas nos mostra claramente a quem temos verdadeiramente servido. Quando precisamos nos aliar politicamente com o que há de mais sujo para conseguir “evangelizar”, mas na verdade para conseguir benefícios e até dinheiro, mostramos que nossa fé não está na provisão de Deus, mas no deus que temos servido.
A Igreja Primitiva não se prostrou ao deus romano. Se tivesse se prostrado, ninguém teria morrido. Se Lutero se prostrasse, continuaria com sua antiga fé e não teria sido perseguido. Se John Huss tivesse se prostrado, talvez morreria reitor, com todas as benesses que seu cargo permitia. Se Jesus tivesse se prostrado, receberia todos os reinos deste mundo e deles poderia usufruir livremente.
Mas, se assim fosse, Deus seria menor do que os deuses. E as pessoas não teriam a esperança da salvação.
Nossas igrejas se prostram diariamente ao deus deste século. Conformados ao “sistema capetalista”, somos incapazes de incomodar e de transformar o caráter de alguém.
A boa notícia é que a Reforma não acabou, pois reformas são sempre necessárias. Sempre haverá uma parte a ser consertada ou mesmo melhorada, embora boa parte das igrejas atuais devessem demolir seus credos e recomeçar do zero.
A Reforma não fracassou porque ela não terminou. Ela só terminará com a vinda de Jesus Cristo. Até lá, que nos reformemos a cada dia, em todo o tempo, com orações, súplicas, arrependimento e conhecimento das Escrituras Sagradas. Que possamos renunciar ao deus deste século e nos curvar diante do Deus Supremo. Que o Espírito Santo possa nos transformar por dentro, e que essa transformação transpareça para o mundo. Que possamos, como verdadeiros cristãos, incomodar e ser instrumento de transformação.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.

https://estrangeira.wordpress.com

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