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Muitos nos procuram querendo comprar uma camiseta do movimento pela ética evangélica, Nós não comercializamos camisetas, mas quem quiser ter uma basta pegar o modelo e mandar fazer no local de sua preferencia: http://exemplobereano.blogspot.com.br/2014/02/camisetas-do-movimento-pela-etica.html

domingo, 20 de outubro de 2013

Manifestação pacífica no Festival Promessas 2013 em São Paulo

blog65Na semana passada houve, em São Paulo, a gravação de parte do programa Promessas da Rede Globo, com a apresentação do Ministério Livres para Adorar e da banda australiana Hillsong United. O show ocorreu na Chácara do Jockey com ingressos que variavam de 50 a 120 reais, fora o estacionamento oficial (que cobrava 40 reais por veículo).
Estávamos em seis pessoas. Estendemos nossas faixas em frente à entrada das pistas comum e premium, onde já havia uma multidão querendo entrar.
A entrada em si era um show (de horror) à parte. Havia grades de metal para limitar a quantidade de pessoas, que a partir de um ponto entravam quase que em fila indiana. Na entrada dessas grades um homem estava em pé, fazendo sinal para as pessoas passarem. A cena me lembrou o gado indo para o matadouro, com o peão cutucando o gado para ele entrar naquele corredor fininho que leva para seu destino final. No vídeo abaixo essa cena está bem clara.
blog66Tudo bem que, fosse qual fosse o show, provavelmente a logística seria a mesma. Mas, em se tratando de um show gospel, a simbologia da cena me soou bastante forte e intrigante.
Ficamos no local das 17 às 19 horas, e nesse período vimos passar uma grande multidão. Já boa parte dessa multidão aparentemente não nos viu, pois estava muito empolgada em entrar logo e na frente dos demais, para conseguir um bom lugar onde pudesse visualizar o show. Alguns dessa multidão se dispuseram a virar o pescoço em nossa direção e ler as faixas, e desses que leram muitos aparentaram não concordar com a mensagem. Mas uns poucos refletiram e compreenderam o que estávamos fazendo ali.
Não somos contra shows. Eu mesma gosto muito de música, principalmente de MPB e rock nacional. Porém, uma coisa é ir a um show para se divertir. Outra coisa é ter que, como evangélico, usar do nome de Deus como desculpa para ir a um show se divertir.
blog68Sim, muitos dos que estavam ali frequentam denominações que têm aparência de moderninhas (para conquistar os jovens) mas que proíbem qualquer participação em manifestações artísticas não-evangélicas. Eu mesma, quando me converti a uma igreja na época ligada ao modismo G12, tive que jogar fora meus cd’s do Djavan, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e afins, pois eram “do mundo” e poderiam me trazer “maldições”.
Para essas denominações, o jovem só pode se divertir com músicas que falem de Deus. O “porém” é que os fiéis não podem se misturar com o “mundo” no quesito música, por exemplo, mas seus líderes se misturam e até se conformam com o “mundo” naquilo que é mais ultrajante ao Evangelho: na politicagem em busca de poder terreno e nos métodos de mercado para “fidelizar e rentabilizar” os clientes, ou seja, para prender o fiel à denominação e fazê-lo doar o máximo possível de bens para que a denominação e seus líderes prosperem cada vez mais.
blog69Gostaria que me mostrassem na Bíblia onde Deus instituiu o louvor com o intuito de divertir os fiéis ou de trazer honra e glória aos cantores. Até onde entendo, o louvor é para Deus, e Ele não divide Sua glória com ninguém. Porém, está em andamento a 2a. fase de votação do Troféu Promessas, a premiação da Rede Globo aos melhores artistas gospel (à propósito, o Livres para Adorar concorre na categoria Melhor Grupo). Tem até uma categoria bastante bizarra em se falando de artistas que dizem louvar a Deus: categoria “Pra Curtir”. Mas me digam, qual o critério para a escolha de um “MELHOR” no louvor a Deus? Artista que leva mais pessoas à aceitarem a Cristo? Artista com mais unção, fogo e poder?
E qual a valia, para um verdadeiro adorador, de uma premiação dessas? Jesus, a quem dizem crer e seguir, não ensinava que quem quer ser o maior tem que servir o menor? Por que os artistas gospel anseiam em ser os maiores entre os homens (e não só os artistas, mas os líderes gospel principalmente)?
“Ah, mas os artistas gospel precisam se manter! Por isso têm que cobrar cachê mesmo, e se é cachê alto é porque não é fácil manter toda a estrutura para shows!”
blog70Quem nos dá a resposta para essa falácia gospel, de que quem prega o Evangelho tem que viver (MUITO BEM) dele é Jesus e o apóstolo (de verdade) Paulo:
E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Mateus 8:20
Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.
Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.
Mas seja assim; eu não vos fui pesado mas, sendo astuto, vos tomei com dolo.
Porventura aproveitei-me de vós por algum daqueles que vos enviei? 2 Coríntios 12:14-17
Estávamos na porta do Festival Promessas porque show é show, e não deve ser espiritualizado, como se fosse sinônimo de avivamento (se fosse, o Brasil já estaria avivado há pelo menos 2 anos, já que essa é a terceira edição do Promessas em rede nacional de televisão); porque o verdadeiro louvor ocorre a cada dia em nossas vidas, quando nossos corações, transformados pelo Espírito Santo, são canais para atos de amor e justiça; porque de Deus não se zomba, Ele não é tema ou desculpa para que alguns lucrem sobre os demais; porque no Reino de Deus o maior deve ser o menor, não o contrário, como prega o mundo do espetáculo mundano e gospel.
blog71Havia lá pessoas sinceras? Sim. Mas mesmo os sinceros muitas vezes precisam ter seus olhos abertos, para não serem vítimas dos lobos escondidos entre o rebanho. Que Deus abra os olhos do Seu povo para a triste realidade em que se encontra boa parte da igreja brasileira, afinal pessoas sinceras (e outras nem tanto) estão sendo usadas por lideranças evangélicas mancomunadas com os grandes poderes deste mundo, que tencionam apenas dinheiro e poder, quando o Jesus que dizem servir ensinava justamente que o desejar riquezas era algo terrivelmente perigoso, pois “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.” Marcos 10:25
De Deus não se zomba. Os que hoje estão ganhando rios de dinheiro às custas do santo nome de Deus não sabem o que lhes aguarda. Que caiam em si enquanto é tempo, se arrependam e se voltem aos caminhos do Senhor.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
blog72
Adicionando comentário (exemplobereano): 

Um fato a destacar, foi o atraso para o início do show, algo comum em eventos gospel mas que foge do padrão "globo". De quem foi a culpa. rs
Fico imaginando 15.000 pessoas ( maioria cristã evangélica) doando entre   R$50,00 a R$120,00  (valor do ingresso) para obra missionária em países fechados ao evangelho ou mesmo para combate a miséria no nosso pais. Isso sim poderia ser chamado de louvor e adoração a Deus.
Apesar de poucas pessoas terem lido nossas faixas, alguns entre estes poucos fizeram um esforço para ler pois estávamos do outro lado da rua e as letras não eram tão grande. Sei que este esforço, gerará reflexão e a reflexão gerará mudança.
Quando foi a última vez que alguém ouviu uma pregação sobre o texto de Amós 5 num culto na "igreja" ou quantos leram este texto em casa ( muitos nem sabem que este livro esta na bíblia e alguns recusavam crer que o texto estava na bíblia)? Creio que atingimos nosso objetivo ao levar esta mensagem na faixa pois  o texto é totalmente auto explicativo e pertinente ao evento. Eu diria que pregamos a dezenas (talvez centenas) de pessoas que leram o texto uma mensagem pouco pregada por ai.
Destaco ainda uma atitude de uma jovem que marcou nosso  dia. Após ler o texto ela dirigiu o olhar para nós e simulou com as mãos como se segurasse um punhal voltado ao coração e desse um golpe. Ela entendeu a mensagem e cumpriu-se ali o texto que diz que a palavra de Deus é penetrante como espada.

sábado, 5 de outubro de 2013

Estaremos no dia 12/10 no Festival Promessas em São Paulo

 

blog54A       Globo tem anunciado em seus intervalos, aqui em São Paulo, a realização do seu show anual “Festival Promessas”. Assim como no ano passado, esse show está acontecendo em algumas capitais do país com músicos diferentes. Provavelmente a edição que irá para a TV contemplará uma ou duas músicas de cada artista gospel.
Em São Paulo se apresentarão, no dia 12 de outubro (sábado) a partir das 17 horas, o pastor Juliano Son (do Ministério Livres para Adorar) e a banda australiana Hillsong United. O show será na Chácara do Jockey, com ingressos variando de R$ 50,00 a R$ 120,00.
É um show? É. Você pode escolher assistir ao Hillsong, ou pode ir no show da Beyonce. Até pelo fato de boa parte do público não entender nada de inglês, tanto as músicas da Beyonce quanto as do Hillsong são bonitas e podem nos emocionar.
O diferencial gospel pode ser o pastor Juliano Son, cuja teologia não conheço, mas sei que seu ministério tem um trabalho muito bacana no resgate de crianças em risco de prostituição. Eu mesma gosto de algumas músicas da banda, em especial do hit gospel ”Vai valer a pena”, cuja letra acho muito bonita.
Mas… tudo será um show, seguindo o formato dos shows da Rede Globo, com a renda revertida para a Rede Globo e o pagamento de um cachê pré-estipulado para os artistas. Não se engane quanto a isso.
Assim, se você, cristão, quer apenas assistir a um show vá. Não espiritualize o evento. É um show, um entretenimento. Não é um avivamento espiritual, não é um grupo de louvor a Deus. É um show, que tem fins de lucro para a emissora que o patrocina e de maior visibilidade e lucro para os artistas que participam (tanto em São Paulo como em qualquer lugar do Brasil). Aparecendo na Globo, aumentam as vendas dos cd’s (gravados na Som Livre, braço fonográfico da Globo), dando ainda mais lucro para os artistas e para a emissora em questão.
blog55A Rede Globo não é boba, precisa conquistar os evangélicos para que sua audiência (e seus lucros) não caiam. Até na novela das 9 inventou um núcleo sem nenhuma expressão, mas gospel (as duas técnicas de enfermagem da clínica da novela). para tentar cativar esse público. Mas não, a Globo não virou cristã. Apenas segue a lógica do mercado, seduzindo e conquistando novos públicos para seus produtos de qualidade moral extremamente duvidosa.
No dia 12 de outubro nós, do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira (MEEB) também estaremos lá na Chácara do Jockey. Mas não, não vamos gastar R$ 50,00 para assistir aos shows gospel. Vamos apenas estar à porta do evento estendendo nossas faixas, para abrir os olhos daqueles que pensam estar ali para um avivamento, para engrandecer e adorar a Deus. Que eles possam reconhecer que, se estão ali, é simplesmente para proporcionar para suas almas um entretenimento de qualidade (afinal terá o “padrão Globo de qualidade”) e para verem ao vivo os artistas gospel que admiram. Que busquem na Bíblia o que significa o verdadeiro louvor.
Se você quiser participar conosco, abaixo os desenhos para que possa confeccionar sua camiseta em qualquer loja de transfer. Encontre-nos na frente da Chácara do Jockey a partir das 15h.
Abaixo, um trecho de Amós capítulo 5, que demonstra que o verdadeiro louvor e adoração passa por se buscar a justiça e a retidão, não por externar uma adoração aparente através de cânticos em público.
“Buscai o bem, e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos exércitos, estará convosco, como dizeis.
Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juízo na porta. Talvez o Senhor, o Deus dos exércitos, tenha piedade do resto de José.
Portanto, assim diz o Senhor Deus dos exércitos, o Senhor: Em todas as praças haverá pranto, e em todas as ruas dirão: Ai! ai! E ao lavrador chamarão para choro, e para pranto os que souberem prantear.
E em todas as vinhas haverá pranto; porque passarei pelo meio de ti, diz o Senhor.
Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Ele é trevas e não luz.

E como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se, entrando em casa, encostasse a mão à parede, e o mordesse uma cobra.
Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? não será completa escuridade, sem nenhum resplendor?
Aborreço, desprezo as vossas festas, e não me deleito nas vossas assembléias solenes.
Ainda que me ofereçais holocaustos, juntamente com as vossas ofertas de cereais, não me agradarei deles; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados.
Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Corra, porém, a justiça como as águas, e a retidão como o ribeiro perene.” – Amós 5:14-24
A Globo está comprando os artistas gospel (através dos Troféus e Festivais Promessas, e dos contratos com a Som Livre), os líderes, políticos e empresários gospel (através da FIC – Feira Internacional Cristã e da aparição em programas da emissora), tudo isso objetivando comprar VOCÊ. Fique atento(a).
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça?
E que comunhão tem a luz com as trevas?
E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;
e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” – 2 Coríntios 6:14-18
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
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costas

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Marcha para Jesus (Jesus?) DIADEMA SP 28/09/13

Sábado, dia 27 de setembro de 2013 estivemos em mais uma chamada "Marcha para Jesus", desta vez
no município de Diadema, região do grande ABC em São Paulo.
Nosso objetivo ali foi propor aos participantes da marcha: "Voltemos ao evangelho puro e simples, o $how tem que parar". Com esta proposta esperamos ter lavados alguns a refletir sobre o que é o evangelho e o que estão fazendo com ele em nossos dias.
Não tivemos nenhuma experiência muito diferente das demais marchas que participamos. Vimos muita gente a fim de se divertir, dançar e ver seus ídolos gospel. Vimos o povo sendo conduzido por lideres que buscavam poder político, aliás políticos  não faltaram ao evento, e no local da concentração final da marcha haviam várias faixas com políticos saudando ( e tentando faturar com isso) o evento.
Propaganda política.

Propaganda política 
Perante nossas faixas alguns foram indiferentes, outros fizeram "cara feia", mas muitas pessoas leram e entre estas alguns concordaram com o que estava escrito.
Um pastor deu glória a Deus e disse que o show precisava acabar mesmo, ainda não sei se ele foi irônico ou falou sério, mas como ele marchava num evento que estava mais para show, em direção a um  show, tiro minhas conclusões.
Destaco a falta de organização do evento, que começou as 10:00 horas e se estendeu até o inicio da noite, quando os "artistas gospel" mais famosos se apresentariam. Obvio que com isso muitos não marcharam e foram apenas para os shows. Quem quis de fato marchar para Jesus e participar do evento todo deve ter ficado muito cansado. Outro fato foi não calcularem a altura  os fios elétricos o que impediu que os caminhões percorressem todo percurso programado, mas estas coisas são detalhes.
Não sou contra shows de música gospel, mas acho que as coisas tem que ficarem bem claras e que o nome de Jesus não deve ser desculpa para isso. Não vi uma marcha para Jesus, alias nem sei o que seria uma verdadeira marcha e como ela seria, o que vi foi apenas pessoas marchando em direção a um show, promovendo suas igreja, lideres e ídolos e não Jesus.





Vídeo:





sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Existe idolatria entre os evangélicos?




A idolatria é o pecado mais mencionado na Bíblia. A decisão de pessoas se prostrarem diante de imagens, objetos e até de outras pessoas recebe mais condenação nas Escrituras que qualquer outra violação das leis divinas.







René Terra Nova e um obreiro ao seus pés.
Mesmo assim, os evangélicos não estão livres da idolatria. Pelo contrário, segundo alguns pastores, esse é um dos problemas espirituais menos reconhecidos pelos crentes de hoje.

Algumas imagens que foram divulgadas e comentadas recentemente nas redes sociais dão uma noção de como a idolatria está presente nas igrejas que historicamente sempre condenaram os católicos por se prostrarem diante de imagens.


O pastor Adenilton Turquete publicou um texto esta semana onde faz uma grave acusação contra as igrejas evangélicas, que “se renderam a idolatria e promove a idolatria, além de ter gerado milhares de igrejolas que infestam de heresias a nação brasileira. É critico, mas verdadeiro. Nos transformamos naquilo que mais combatíamos.

A idolatria tomou conta das igrejas evangélicas no Brasil. A conclusão é óbvia, as falsas profecias e a corrupção sacerdotal visma atender os anseios do publico. As igrejas estão a serviço da satisfação de seus clientes, gerando falsa esperança, entretenimento e manipulando a Palavra por meio da ilusão de uma falsa espiritualidade… muitos dos tais profetas e sacerdotes estão tomando a glória devida à Deus para si. Eles transformam a si próprios em ídolos, e são adorados como tal ”.



Turquete cita como exemplo o boneco do cantor Thalles, a imagem de um homem se prostrando diante do patriarca René Terra Nova e a “mão de Cristo” que foi usada em um retiro recente da Igreja Renascer.

Sobre essa última, os comentários no Facebook dão uma noção do quanto a questão incomoda: “O q é isso?? O bezerro de ouro do antigo testamento?? Estão virando idólatras agora?? Meu Deus!!”, escreveu uma usuária.

“Eu não acredito no que estou vendo! Meu Deus do céu, que é isso, misericórdia, é o fim de tudo mesmo, nem quando era católica vi tamanha loucura, e usam os mesmos argumentos usados para justificar as imagens católicas, eu estou pasma, isso é apostasia!”, asseverou outra pessoa.
 



A questão não é vista dessa forma apenas por aqui. O pastor e autor norte-americano Kyle Idleman lançou recentemente o livro, “Gods at War: Defeating the Idols That Battle for Your Heart” [Guerra dos Deuses: vencendo os ídolos que lutam pelo seu coração] onde examina a questão a fundo. Ele é pastor da megaigreja Southeast Christian Church, em Louisville.



“Idolatria parece algo tão primitivo. Tão irrelevante… mas é o problema número um abordado na Bíblia, e por isso devemos ter cuidado. Ídolo é tudo aquilo que toma o lugar de Deus, que se torna um fim em si mesmo, que ocupa o trono de seu coração… O coração é o campo de batalha dos deuses, pois tudo flui a partir dele”, escreveu.

Mesmo quando são objetos que remetem a Deus ou à fé podem gerar idolatria por sua capacidade de tirar o foco de Jesus, de onde emana todo o poder.

“Os ídolos tornaram-se mais difíceis de detectar nestes tempos modernos, por que não são mais como uma estátua de ouro ou de animais esculpidos, como os mencionados no Antigo Testamento. Estão presentes em todas as áreas da vida, existem ídolos como comida, sexo, diversão, sucesso, dinheiro, realização/carreira, família. Podem ser algum líder religioso ou artista gospel. Em especial quando o que eles falam contraria o que as Escrituras ensinam.”



Idleman explica que esse tipos de ídolos são os mais difíceis de detectar, por seu caráter subjetivo.

Qual seria a melhor maneira de impedir que isso aconteça? O pastor Turquete é categórico: “basta cada um fazer o exame da sua consciência e se voltar verdadeiramente para Deus e abandonar a idolatria e seus ídolos. Voltemos a viver o Evangelho. Porque dEle, por Ele e para Ele foram feitas todas as coisas…”.




Imagem de escultura em pano do cantor Thalles roberto



brincos na Andre Valadão #fépratodolado ... Um presentão, e entrega pra todo #Brasil.



Objetos judaicos usados na liturgia das igrejas evangelicas

Pontos de contato e patuás vendidos nas igrejas e lojas virtuais


Fitinhas no estilo "Senhor do Bomfim"


Arca da Aliança fake(falsa) em igreja evangélica





domingo, 22 de setembro de 2013

O “mega projeto social” de Silas Malafaia: ganhar dinheiro vendendo seguro para crente pobre

 

Página de abertura do site Vitória em Cristo (21/09/2013)
Página de abertura do site Vitória em Cristo (21/09/2013)
No programa Vitória em Cristo de hoje o filho do pr. Silas Malafaia declarou que seu pai anunciaria, no final, seu “mega projeto social” que abençoaria muitas vidas. Ao ouvir isso fiquei na expectativa, afinal será que Malafaia teria resolvido ajudar os desfavorecidos ao invés de ajuntar tesouros na terra?
Realmente seria um sonho o Malafaia mudar seu discurso da Teologia da Prosperidade de um dia para o outro. Seria um sonho vê-lo desprendido dos bens materiais em favor do próximo. Seria um sonho vê-lo vivendo o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. No final do programa, o próprio Malafaia explicou seu “mega projeto social” (assista ao vídeo abaixo, cerca de 17 minutos):
Pois é, o “mega projeto social” do Malafaia nada mais é do que sua parceria com uma seguradora para a venda de seguros de vida bem populares, propagandeados como algo “inédito” no mercado brasileiro.
Mas será mesmo?
O tal seguro de vida do Malafaia cobre apenas morte acidental em transporte coletivo (50 mil) e morte acidental (25 mil). Se você adquirir o seguro e tiver morte natural, ou decorrente de uma doença que poderá adquirir com o passar dos anos, seus beneficiários não receberão nada. Ora, é muito mais fácil morrer de morte natural ou por doença do que por acidente! Mas vamos lá…
Fora isso, o tal seguro inédito do Malafaia prevê desconto em farmácias e desconto em procedimentos médicos (consulta e exames). Como o tal seguro tem como público-alvo as classes D e E (que andam de transporte coletivo, uma das coberturas), mesmo com desconto é meio difícil esse pessoal poder usufruir de consultas e exames pagos. Mas ainda assim vamos lá…
blog52O tal seguro também tem cobertura residencial para incêndio, raio, explosão e implosão (50 mil). Ora, é sabido que seguro residencial é o mais barato possível, uma vez que as taxas de sinistro são baixíssimas. E como as coberturas anunciadas são as mais básicas possíveis, e esse tipo de seguro só cobre residências em alvenaria e que não estejam em reforma ou construção (e casa de pobre passa anos em reforma ou construção, até ser finalmente finalizada), muita gente que adquirir o tal seguro do Malafaia não poderá usufruir dessa cobertura, embora isso não tenha sido veiculado abertamente pelo tal (im)pastor.
A propósito, informações veiculadas abertamente não são o forte de instituições bancárias e securitárias. Normalmente, para garantir a venda, o vendedor apenas pincela os benefícios do produto em questão, enquanto o consumidor apenas assina enormes contratos com letras pequenininhas e termos jurídicos que inviabilizam, para muita gente, entender o que realmente está comprando. Aí, na hora do sinistro, do desespero, após anos e anos pagando pelo produto, muitas vezes o consumidor acaba ficando no prejuízo por não ter atentado para os “poréns” que impedem o pagamento do seguro.
Assim, como bom vendedor que é, o Malafaia expôs apenas as vantagens e deu o telefone e o site para a contratação do seguro, que custa R$ 9,99.
Cá para nós, esse preço está bem alto, levando em conta que não cobre morte natural. As instituições financeiras brasileiras também possuem seguros direcionados para o público de baixa renda, contendo assistências adicionais à cobertura de morte mais utilizáveis e por preços melhores:
BB Seguro Vida
Cobertura de morte natural e acidental, indenização extra
Assistências pessoal em viagem, desconto em farmácia (isso não é inédito, Malafaia!), chaveiro residencial e auxílio-funeral de R$ 3.000,00.
Preço: R$ 8,39 por mês
Vida da Gente (CEF)
Cobertura de morte natural e acidental.
Assistências funeral, check-up lar, auxilio alimentação de R$ 1.000,00 em caso de sinistro, assistência viagem, 4 sorteios mensais de R$ 15.000,00.
Preço: R$ 9,26 por mês
Como para garantir a venda vale tudo, vale até chamar a parceria entre o Malafaia e a tal seguradora de “Rede Abençoadora”. Afinal, se está abençoando é porque é algo de Deus. E, se é algo de Deus, os crentes não podem perder essa chance!
Muito triste ver essa sutil mistificação de um reles negócio entre empresários (Malafaia e a seguradora) para melhor vender entre os crentes mais humildes. Sim, pois os crentes bancarizados já possuem seguros de vida dos bancos onde recebem seus salários ou guardam suas economias. Ou, se ainda não possuem, é porque assim decidiram, pois os bancos não se cansam de ofertar esse tipo de produto, que traz muita rentabilidade e ajuda a alavancar os pornográficos lucros que anunciam no início de cada semestre.
blog7O que mais me assusta é que a venda de seguros gospel é só a ponta do iceberg malafaiano. Lembram-se que tempos atrás esse pastor se vangloriava de vender seus produtos nas revistinhas do Avon, mas talvez por conta de ameaça de boicote por parte dos homossexuais a parceria foi rompida? Meses depois o Malafaia anunciou sua própria “avon gospel“.
Pois é, o Edir Macedo (IURD) já possui seu próprio banco, o Banco Renner. Alguém duvida que num futuro não muito distante seja esse o objetivo do Malafaia? Hoje são seguros de vida gospel, amanhã previdência, depois o céu (ou melhor, o inferno) é o limite.
O pior é que não podemos nem mais nos escandalizar com o Malafaia, afinal, meses atrás, ele mesmo disse na abertura da FIC (Feira Internacional Cristã) que tudo isso “é business“…
Quanta tristeza!!! Quando pensamos que os líderes evangélicos brasileiros chegaram no fundo do poço da idolatria e da heresia, eles pegam a pá e cavam mais um pouco. O problema é que multidões têm seguido esses lobos devoradores, e junto a eles estão caindo cada vez mais fundo.
Que Deus abra os olhos do seu povo, e não permita que os Seus sejam feitos comércio:
“E também houve entre o povo falsos profetas, como  entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente  heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si  mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções,  pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com  palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença,  e a sua perdição não dormita.” – 2 Pedro 2:1-3
Voltemos ao Evangelho puro e simples,

O $how tem que parar!


FONTE:     www.estrangeira.wordpress.com

sábado, 21 de setembro de 2013

Evangelho puro e simples sendo anunciado no Rio de Janeiro.

Nossos irmãos do RJ, representantes do movimento pela Ética evangélica brasileira, em ação no largo da Carioca, ontem 20/09/13, propagando o Evangelho Puro e Simples de Jesus. Que o Espirito de Deus venha despertar a muitos para a verdade que liberta e salva.
Que mais seguidores de Jesus, deixem o conforto dos lares e mesmo dos templos e saiam a buscar os perdidos onde eles de fato estão.
Que a mensagem pregada realmente seja o Evangelho de Jesus, sem precisar retirar ou acrescentar nada a ele.

Se você é de Rio de Janeiro entre em contato com nossos irmãos e participe da próxima propagação do evangelho por lá. Se você está em São Paulo entre em contato e participe conosco , pois também temos compromisso de anunciar o evangelho puro e simples por aqui. Para você de outros lugares convoque outros irmãos e vá para as ruas com esta mensagem, provavelmente você não contará com uma multidão de pessoas dispostas a estar com voce, mas dois ou três com a vida repleta da graça fará a diferença.



Se me amais, guardai os meus mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.




domingo, 8 de setembro de 2013

Que shekhinah é essa ?

... por pedrasclamam

Antes havia neste blog um artigo que contava a verdade sobre a palavra Shekhinah. Porém, de forma misteriosa essa informação desapareceu. Por isso estou trazendo-a novamente para apreciação de todos.

Que shekhinah é essa?

Uma análise da origem e uso da palavra shekhînah no vocabulário e hinologia evangélica contemporânea

INTRODUÇÃO

Palavras hebraicas, aramaicas e gregas são frequentemente utilizadas pela mídia evangélica, de forma escrita, cantada, nomes de grupos musicais, lojas evangélicas, palavras em camisetas, livros, etc. Entretanto, na maioria das vezes, são cometidas diversas gafes ao representarem essas palavras, que apesar de escapar à vista dos mais leigos, causam transtornos aos que conhecem essas línguas.

Mesmos editoras evangélicas de renome têm cometido erros absurdos em suas publicações[3]. Sinceramente, não sabemos quem culpar: o autor, que desconhecendo as línguas originais, para fazer bonito, cita alguma palavra ou expressão de forma absurda; a editora, também para fazer bonito, quer transcrever com caracteres gregos e hebraicos as palavras da Bíblia; algum revisor que pensa conhecer grego e hebraico, e para fazer mais bonito ainda, transcreve as palavras com caracteres gregos e hebraicos [4]; ou quem sabe podemos culpar o computador por transcrever erradas as palavras nas línguas bíblicas.[5] Os absurdos seriam inumeráveis e fugiria ao escopo desse simples ensaio, o que nos interessa é o uso indiscriminado da palavra hn”ykiv. , popularmente pronunciada como Shekinah , na verdade teria de ser lida shekhînah [6]. Há nomes de ministérios, músicas e até utilização da mesma em comentários sobre a Bíblia sem que ao menos alguém pergunte: Em que versículo da Bíblia aparece essa palavra? Ou : De onde vem essa palavra e o que significa? Como parece que ninguém faz essa pergunta os “levitas” gostam de fazer letras com a palavras hebraicas, logo, o povo canta sem conhecimento.[7]

1 – shekhînah na Bíblia

Não há na Bíblia Hebraica a palavra shekhînâh, simplesmente não ocorre nem uma única vez, o que seria razão suficiente para tomar cuidado com o termo. Ora, se não ocorre na Bíblia como é que veio a fazer parte do vocabulário de nossa hinologia? Realmente não tenho como responder essa pergunta satisfatoriamente, mas posso levantar pelo menos uma hipótese: suspeito que alguém descobriu essa palavra em algum comentário bíblico que por sua vez deve ter tido algum contato com tradições judaicas que usam essa palavra, como mais abaixo veremos, e como ninguém foi verificar na Bíblia Hebraica, ou por falta de capacidade ou por preguiça, assim, a palavra, meio que por tradição, foi associada à presença divina e incorporada mais tarde em vários livros e hinos evangélicos.

A palavra que mais se aproxima de /shekhînah/ na Bíblia hebraica e que realmente tem a mesma raiz é o verbo /shâkhan/ [8], também /shâkhen/, tendo o significado de habitar, residir, morar , aliás, a palavra /shekhînah/ foi tirada dessa raiz, justamente por causa do significado, ou seja, a /shekhînâh/ foi associada à habitação, à presença de Deus. Entretanto a habitação de Deus ou presença de Deus é o /mishkân/, o Tabernáculo, que representava a presença divina no meio do povo de Israel.

Há alguns ainda que dizem que /shekhînâh/ significa A Glória da presença de Deus, ou simplesmente a Glória de Deus, ou presença de Deus; outra vez devemos corrigir, a palavra para Glória na Bíblia Hebraica /kavod/, significando abundância, honra, glória. Essa palavra é a que sempre ocorre para se referir à Glória de Deus. Vejamos abaixo alguns exemplos do uso dessa palavra na Bíblia Hebraica:

Êx. 16.7

E amanhã vereis a glória do SENHOR, porquanto ouviu as vossas murmurações contra o SENHOR… [9]

Êx. 40.34 Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo;

1.1 – A presença de Deus,

O termo utilizado para presença na Bíblia hebraica é lifney, que significa diante de, na presença de, é uma preposição em hebraico, veja os exemplos abaixo:

Sl 68.4 (68. 3 em português)

Mas alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria.

Uma outra tradução possível seria ao invés de na presença de Deus, diante de Deus.

Sl 114:7

Treme, terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó.

Sendo assim, não é usada a palavra shekhînah para presença na Bíblia Hebraica e sim a preposição lifney, mas então de onde vem essa estranha palavra?

2 – A origem da palavra shekhînah

Como já verificamos que a palavra shekhînah não é de origem bíblica resta-nos verificar a origem de tal palavra. É verdade, como já vimos acima, que a palavra shekhînah é da mesma raiz do verbo bíblico /shâkham/ habitar, residir, morar. Todavia, tal palavra não faz parte do vocabulário da Bíblia Hebraica, mas é uma criação posterior da teologia rabínica e mais usada pelos místicos cabalistas com acepções estranhas à teologia evangélica cristã e por isso mesmo deve-se evitar usá-la. Para comprovar que tal palavra tem sentidos perigosos e é de uso posterior na teologia rabínica, vejamos as citações abaixo:

/shekhînâh/ Residência real, realeza (…) esp. Shechinah, Presença Divina, inspiração sagrada. (Êx. 25.8) [10]

O texto de Êx. 25.8 no original hebraico é o seguinte:

Êx. 25.8 farão para mim um santuário, e habitarei no meio deles.

Aqui, na Bíblia Hebraica, é utilizado o verbo /shâkhan/ no perfeito do qal na primeira pessoa do singular e a forma indica uma ação completa no futuro, ou seja, farão e eu habitarei, na narrativa hebraica a ação é vista como já realizada. [11] Mas não ocorre nesse texto a palavra shekhînah. Por que, então o autor acima faz referência a esse texto?

A referência é que em o Targum de Ônquelos [12] traz a seguinte tradução para Êx. 25.8:

Êx. 25.8 e eles farão diante de mim um santuário e farei habitar minha shekhînah no meio deles

Podemos entender, pela citação acima e por outras ocorrências da palavra shekhînah no Targum, que a mesma surgiu dessas traduções aramaicas e assim se desenvolveu toda uma teologia rabínica com base nessas traduções.[13] Outra prova de que a palavra é de desenvolvimento posterior encontramos na seguinte citação:

Deus habita no céu. Para indicar sua presença e manifestação na terra, em época posterior se emprega com muita freqüência a palavra shekhînah (o ). Assim, por uma parte, se mantém plenamente a transcendência de Deus, e por outra, se expressa sua presença terrena. A shekhînah se manifesta especialmente no santuário e em determinadas circunstâncias consideradas mais, ou menos sagradas. Serve como exemplo Ex 25.8, TM, <>; no Targum de Ônquelos <>. [14] [15]

Essa tradução do texto da Bíblia Hebraica para o aramaico do Targum de Ônquelos gerou posteriores interpretações judaicas e um desenvolvimento teológico místico cabalista, como podemos também verificar abaixo:

(…) Outros eufemismos foram também imaginados como substitutos do antigo nome YHVH. A mais importante designação rabínica da presença de Deus no mundo é Shechinah, baseada na expressão bíblica de que Deus reside (shachen) no meio de seu povo, no Tabernáculo (mishkan) durante a peregrinação no deserto e em Sua Casa no monte Sion. Mas a aplicação da Shechina é ampliada para estender-se à relação de Deus com a história e todo o comportamento moral-religioso. Um midrash explica que embora a Shechinah viesse à terra ao tempo da criação, em conseqüência dos pecados do homem – os de Adão, Caim, a geração do dilúvio, e assim por diante – , a Shechinah retirou-se a céus cada vez mais altos, para ser de novo trazida à terra pelos patriarcas e outros homens justos (Num. R. XIII:2). Quando Israel aceitou a Torah no Sinai e levou adiante instruções para o culto de Deus construindo o Tabernáculo, Deus estava de novo plenamente presente: Porque o Santo, abençoado seja Seu Nome, estava sozinho em Seu mundo, Ele ansiava por morar com suas criaturas em regiões terrenas, mas não o fez. Contudo, tão logo foi construído o Tabernáculo e o Santo, bendito seja Ele, fez Sua Shechinah residir no mesmo e os príncipes vieram trazer sua oferendas, o Santo, abençoado seja, disse “Seja escrito que neste dia foi criado o mundo” (Num R. XIII:6). [16] (…) Os rabis usam o conceito da Shechinah para designar a proximidade de Deus aos homens em vários momentos de santidade extra. Por exemplo, a Shechinah está presente quando homens estudam a Torah (Pirkei Avot 3:3), quando rezam juntos (Pirkei Avot 3:9), quando sábios tomam conhecimento de doutrinas esotéricas (B. T. Ag. 14b). A Shechinah é atraída por atos especiais de hospitalidade, benevolência e lealdade. Juízes que proferem veredictos justos fazem a Shechinah deter-se em Israel” (B. T. San 7a). [17]

(…) A Shechinah é um termo designativo de Deus com a conotação e proximidade palpável e amor protetor (a “radiação da Shechinah”, as “asas da Shechinah”). A mais alta bem-aventurança do justo é gozar a radiação da Shechinah no Mundo Porvir (B. T. Ber. 17a). Converter um gentio ao judaísmo é pô-lo sob as asas da Shechina (Mekhilta, II 186). A décima sefirah, Malkhut, tem um elaborado simbolismo próprio. É a Rainha, a sefirah especificamente feminina; é também o correlativo divino do povo de Israel. A décima sefirah é o canal entre o mundo divino e os inferiores não divinos. [18]

Percebe-se claramente que o surgimento e o desenvolvimento teológico da palavra shekhînah foi algo que se deu no meio rabínico, se desenvolveu, assumiu conceitos místicos preocupantes.

Considerações Finais

As línguas bíblicas são muito importantes para o aprofundamento teológico e correto entendimento das palavras inspiradas que o Espírito Santo de Deus escolheu utilizar para revelar a Sua Santa Palavra a nós. Todavia, a falta de conhecimento profundo dessas línguas tem gerado um uso indiscriminado das mesmas a ponto de até mesmo palavras que não fazem parte do vocabulário do homem bíblico começarem a fazer parte da hinologia e do vocabulário evangélico de nossos dias. Este breve estudo tem como objetivo alertar para que tenhamos mais cautela ao utilizarmos palavras gregas e hebraicas em nossa hinologia, propagandas, nomes de ministérios, etc. Ao utilizarmos palavras que não conhecemos devemos consultar pessoas amplamente capacitadas para termos certeza de que estamos usando um vocabulário que condiz com a teologia bíblica sadia.

Notas

[1] Tabelas extraídas de RIBEIRO NETO, José. Hebraico para Principiantes. São Paulo: Emunah Editora, 2005, p. 9-10 [2] os quadrados são só representação das consoantes hebraicas os sinais vocálicos são os que estão abaixo dos quadrados [3] Um famoso dicionário de uma conhecida editora, saiu simplesmente com o alfabeto hebraico completamente errado, imagine quem usar tal dicionário e tentar aprender hebraico com ele. [4] às vezes tento descobrir como determinados revisores, autores ou editoras chegaram àqueles conjuntos de caracteres, pois não significam nada, nem em grego, nem em hebraico nem em aramaico, a não ser que esteja em alguma língua que eu desconheça e que use esses caracteres, mas com certeza não estão na Bíblia Hebraica ou Grega e muito menos Aramaica. [5] Por incrível que pareça, algumas pessoas acham que basta escrever a palavra em português no editor de texto e depois mudar o tipo de letra para a fonte hebraica e automaticamente o computador transforma a palavra do português para o hebraico, grego e aramaico, ainda bem que não, se assim fosse, meus quinze anos de estudos das línguas bíblicas e de Teologia seriam inúteis. [6] A pronúncia do khaf /kh/ não existe em português e seria o equivalente ao espanhol /j/ em hijo, é um som de um r bem forte [7] Os. 4.6 “…‘ky-atah hadda”ata ma’astha ve’emas’kha mikahen ly…” “porque tu o conhecimento rejeitaste, eu rejeitarei a ti sacerdote diante de mim” (Tradução Literal) – a partícula ky indica o motivo pelo qual o povo está perecendo, é pelo fato do sacerdote ter rejeitado o conhecimento, e visto que era tarefa do sacerdote a transmissão e ensino da lei (Lv 10.11; Dt 17.8-13), o povo sofria por causa do erro de seus líderes corrompidos, cuidado para os que se autodenominam ou são denominados levitas. [8] Há ainda o nome /shekhaneyâh/ em I Cr 3.21, traduzido em nossas Bíblias como Secanias e que significa “YaHWeH habita” [9] Almeida Corrigida Fiel [10] Marcus JASTROW. A Dictionary of the Targumim, The Talmud Babli and Yerushalmi, and The Midrashic Literature, p. 1573b [11] Alguns autores chamam de perfeito profético, outros evitam essa terminologia e preferem dizer que a forma é qatal com sentido de ação completa no futuro, Para maiores detalhes consulte: HARPER, William Rainey. Elements of Hebrew Syntax by an Inductive Method. 6.ª ed. New York: Charles Scribner’s Sons, 1901, pgs. 51-92; também CABTREE, A. R. Sintaxe do Velho Testamento. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, s/d, pgs. 54-123; e ainda DAVIDSON, A. B. Introdutory Hebrew Grammar: Hebrew Syntax. 3.ª Ed. New York: Charles Scribner’s Sons, 1924, pgs. 144-203, ou ainda COWELEY, A. E. Gesenius’ Hebrew Grammar. Second English Edition. Oxford: Clarendon Press, s/d, pgs. 309-341; e com maiores detalhes em JOÜN, Paul. Grammaire de L’Hebreu Biblique. Roma: PIB, 1947, pgs. 289-358 este mesmo livro foi traduzido para o Inglês com o título: A Grammar of Biblical Hebrew. Roma: Editrice Pontificio Istituto Biblico, 2000, o volume II parte três trata da sintaxe, pgs. 353-651. Há também o livro WALTKE, Bruce K. et alli. An Introduction to Biblical Hebrew Syntax. Winona Lake, Indiana, USA: Eisenbrauns, 1990, obra já traduzida (louvado seja Deus ! J) em português como introdução à Sintaxe do Hebraico Bíblico. São Paulo: Cultura Cristã, 2006 [12] O Targum de Ônquelos é uma tradução do texto da Bíblia hebraica para o aramaico feita, provavelmente no II séc. d. C., para maiores detalhes sobre as traduções aramaicas chamadas targumim confira Edson de Faria FRANCISCO. Manual da Bíblia Hebraica, p. 406-419 [13] Outras referências em que ocorre a palavra shekhînah nos targumim são: (Êx. 20:21; 25:8; 29:45s; 33:3, 5, 14, 20; Lv. 26:12; Nm. 35:33; Dt. 1:42; 31:17s; 32:20, 40; 2 Sm. 7:5f; 1 Re. 6:13; 8:16; 9:3; 11:36; 2 Re. 21:4, 7; 23:27; Is. 1:15; 5:5; 17:11; 28:10; 48:15; 54:8; 56:5; 57:17; 59:2; 60:13; 66:1; Jr. 2:7; 7:12, 15; 14:10; 15:1; 16:18; 33:5; Ez. 7:22; 36:5; 37:27; 38:16; 39:7, 23s, 29; 43:7, 9; Os. 2:5, 25; 5:15; 9:12; 11:9; 13:14; Jl 2:27; 4:17; Sf. 3:7; Ag. 1:8; Zc. 2:9, 14s; 8:3; Ml. 3:12; Sl. 132:14; Ct. 5:1; 6:11) [14] Ernest JENNI; Claus WESTERMANN. Diccionario Teológico Manual Del Antiguo Testamento. Tomo II, p. 1135-1142, vocábulo !kv [15] A transliteração foi adaptada para a que estamos utilizando para evitar confusões [16] Robert M. SELTZER. Povo Judeu, Pensamento I: A experiência judaica na história, p. 265 [17] Robert M. SELTZER. Povo Judeu, Pensamento I: A experiência judaica na história, p. 266 [18] Robert M. SELTZER. Povo Judeu, Pensamento II: A experiência judaica na história, p. 433

Bibliografia Utilizada

SELTZER, Robert M.. Povo Judeu, Pensamento I, II: A experiência judaica na história. Rio de Janeiro: A. KOOGAN editor, 1990 JENNI, Ernest; WESTERMANN, Claus. Diccionario Teológico Manual Del Antiguo Testamento. Tomo II. Madrid: Ediciones Cristiandad, s/d FRANCISCO, Edson de Faria. Manual da Bíblia Hebraica. 2.ª Ed. São Paulo: Vida Nova, 2005 JASTROW, Marcus. A Dictionary of the Targumim, The Talmud Babli and Yerushalmi, and The Midrashic Literature. London/New York: Luzac & Co./ G. P. Putnam’s Sons, 1903 RIBEIRO NETO, José. Hebraico para Principiantes. São Paulo: Emunah Editora, 2005 HARPER, William Rainey. Elements of Hebrew Syntax by an Inductive Method. 6.ª ed. New York: Charles Scribner’s Sons, 1901 CABTREE, A. R. Sintaxe do Velho Testamento. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, s/d DAVIDSON, A. B. Introdutory Hebrew Grammar: Hebrew Syntax. 3.ª Ed. New York: Charles Scribner’s Sons, 1924 COWELEY, A. E. Gesenius’ Hebrew Grammar. Second English Edition. Oxford: Clarendon Press, s/d JOÜN, Paul. Grammaire de L’Hebreu Biblique. Roma: PIB, 1947 WALTKE, Bruce K. et alli. Introdução à Sintaxe do Hebraico Bíblico. São Paulo: Cultura Cristã, 2006

Fonte: Cristiano Site Teológico
    via: pedasclamamwordpress