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segunda-feira, 27 de junho de 2011

MARCHA PARA JESUS EM SP: VISÃO BÍBLICA DÚBIA, POLITICAGEM PATENTE!

(Foto: Monica Alves/AE)

Para quem gosta de visual, alegorismo, demonstração de poder e  influência motivacional,  a Marcha para Jesus 19a. edição ocorida ontem em São Paulo pode ser considerada  a melhor de todas já realizadas. Os números indicados de três milhões de pessoas(**) marchando e dez trios elétricos pintam um quadro que a primeira vista é algo tremendamente  expressivo e que mostra a força da unidade evangélica. Que se diga de passagem, a participação de muitas igrejas evangélicas, o número delas somente participando não pode ser traduzido por unidade, pois é sabido que a maioria das igrejas hoje com excelentes discipuladores, não aceitam como um todo, por exemplo, a infiltração da política na marcha e práticas espurias e sem fundamentos biblicos.

A marcha tem uma visão biblica dúbia porque é pautada em cima de citações do Velho Testamento, mais especificamente a da palavra dada por Deus a Josué para marchar em volta de Jericó para consquistar a cidade. Isto não dá base biblica de prática para os nossos dias. Em nenhum momento há uma instrução sequer da parte de Jesus ou dos apóstolos para a organização de uma marcha, de onde emanaria poderes que seriam exercidos sobre potestades e principados. Esta é uma visão de batalha espiritual barata e epeculativa. Batalha espiritual se faz com gente preparada, que respeita trânsito, que se comporta decentemente em suas caravanas e acima de tudo "na atitude profética maior" sobre o lugar que pisa fundamenta-se em "disciplina, conduta e bons modos".

A prática de atitudes espúrias na marcha é um ponto que deveria ser melhor analisado por cada lider que libera sua igreja para participar de um movimento que quer dar a denominação de "marcha da fé" a esta passeata. Veja a aberração que se chega:"fiéis levam pedidos na sola do pé durante a marcha". Declarações de fiéis à Marcha, (percebe?), dão conta que receberam estabilidade financeira e familiar, deixaram de fumar, e até a casa que era bagunça agora reina a paz".  Isto equivale a dizer que estes "fiéis" não estão agindo por fé, antes tentando ajudar a Deus a conceder a benção. Deus é soberano em seus atributos e não é movido por pedidos colocados dentro de tênis ou sapatos. Isto cheira religiosidade imposta por um deturpado ensino biblico. Ninguém precisa comprar com sacrificios o que já foi conquistado na cruz e isto tem nome:"anulação dos efeitos redentivos da morte de Cristo na cruz". A cada ano os pedidos se tornam mais sofisticados, porque o modismo difundido pela marcha avança célere a cada ano. Só para ilustrar veja a foto abaixo.                  

(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

Se não bastasse a falta de base biblica para esta marcha, o pior vem sucedendo a cada ano,  a infiltração politica na marcha que vai minando a mente dos seus participantes. Isto não é politizar, isto é sedução eleitoreira. A coisa chegou num grau tamanho na marcha deste ano que Silas Malafaia(que não é politico, mas sabe fazer politicagem) e Marcelo Crivella (senador e bispo da IURD) criticaram  veementemente o Supremo Tribunal Federal em decorrência das suas ultimas atitudes. É verdade que errou o STF, mas na marcha para Jesus, se é de Jesus não é lugar de fazer "politica" em cima destes erros. E a maior prova que a política existe, mesmo de caráter infiltrativa foi a declaração de Estevam Hernandes na coletiva pós-Marcha: “As pessoas têm liberdade política e de expressão. A marcha não é um evento político. São opiniões pessoais que a gente não tem como controlar"(***)

Para se ter idéia da pretensão de Silas Malafaia diante dos participantes da marcha, ele usou de um discurso tão inflamante e prolixo feito ao lado de Gilberto Kassab, Prefeito de São Paulo,  que depois quando questionado sobre o pesado pronunciamento, procurou amenizar dizendo "São Paulo é a cidade da diversidade".  Sem duvidas São Paulo como a maior cidade do Brasil é dona de uma diversidade fora do comum, mas isto não significa que um pastor que tem sua igreja no Rio de Janeiro possa falar em nome dos "evangélicos paulistas", ou melhor, na marcha tudo pode, ainda que se tente consertar depois.

Apesar de participar da Marcha, Kassab se posta bem mais do lado dos poderes constituidos, evidentemente  por afinição à política ou quem sabe mesmo por saber medir onde as palavras devem ser usadas. No caso do pronunciamento de Crivella, Kassab se limitou a usar no minimo a inteligência ao se posicionar que os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário precisam ter independência para exercer cada um suas funções. “O senador Crivela tem expressado seu sentimento no poder Legislativo. O Supremo é do Judiciário.”

Queira ou não o presidente da Marcha, use ou não de palavras visando tirar a conotação politíca patente, a Marcha para Jesus deste ano se patenteou naquilo que foi evidenciado na edição da lei que criou o dia para esta marcha, como a Marcha para as Urnas. Fé titubeante, base biblica não legitimada e politicagem formam a tríade de uma marcha que nasceu com um grande sonho em 1987, mas que tomou a rota da colisão com infiltração de interesses absconsos.


(**)(***)Segundo o www.creio.com.br(edição  23/6/2011 23:30:38)

Fonte: Pastor Vanelli:   http://pastorvanelli.blogspot.com/

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