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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Heresias, heresias, negócios à parte: um desabafo pela saudade de um tempo que não volta mais


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Fonte: Site Expocristã
“Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem;
Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.
Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” – 1 Coríntios 5:9-11
“Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.
Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.
Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o,
Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” – Tito 3:8-11
Houve um tempo em que o que unia as mais diferentes igrejas cristãs era Jesus Cristo. Lembro-me de uma das aulas de catecismo católico, de quando criança. Alguém perguntou quais as religiões que seriam salvas, e o catequista disse que certamente os católicos, os crentes (naquela época acho que não era comum o termo “evangélicos”) e os ortodoxos. Ou seja, doutrinas que possuem grandes diferenças mas que entendem adorar ao mesmo Deus, reconhecendo Cristo como o Filho de Deus enviado à terra para a remissão dos pecados da humanidade.
Aquela era uma época mais poética, religiosamente falando. Os católicos eram católicos e os crentes eram realmente crentes. E esses últimos eram poucos. Lembro-me que havia uma colega de classe cuja família andava sempre com roupas cobrindo boa parte do corpo e andavam muito sérios, sendo referência de integridade. Naquela época, ser crente era ser honesto, era ser acima de qualquer suspeita. E era também um ato de negação, pois realmente negavam os prazeres do mundo, os bailinhos, Raul Seixas e o incipiente rock nacional, pilequinhos e namoros longos (que podiam se tornar algo mais íntimo). Alguns nem assistiam televisão!
igreja batista rolNão à toa, naquela época poucos eram os que se assumiam crentes ou evangélicos, pois ser crente era ser honesto, íntegro, mas também era ser chato, fora de moda, fora dos padrões. Era ser dedo-duro mesmo sem querer, pois como crente não mentia acabava sendo o escolhido pelos chefes para contar o que realmente acontecia no trabalho. Era ser um dos únicos na sala de aula a não colar naquela prova dificílima. Era ser o idiota que recusava uma grande oportunidade de negócio por não compactuar com a corrupção reinante.
Naquela época eu não era crente. E também os achava uns bobões, uns idiotas, uns fanáticos. Afinal, que mal havia em participar de uma matinê de carnaval ou mesmo em ouvir Mosca na Sopa no último volume?
Mas, se alguém precisasse vender fiado, para um crente venderia sem pestanejar. Eram bobões mas eram corretos em tudo.
O que me parecia beatice de crente hoje entendo como “temor e tremor do Senhor”.
Mas por que estou escrevendo isso?
Hoje, pelo site da Expocristã (para entender do que se trata clique aqui) descobrimos que a feira de comércio cristão do Apóstolo (?) Agenor Duque estará unida à FLIC, feira literária internacional cristã, que é da parte de grupos tradicionais protestantes. Na verdade, durante a Expocristã (que carinhosamente apelidamos de ExpoMamom) já havia alguns indícios dessa “união”, com estandes de presbiterianos e até da Universidade Mackenzie. E o Rev. Hernandes Dias Lopes dividiu o palco do Café de Pastores da Expocristã com figuras do naipe do tal Agenor Duque e Silas Malafaia.
Se levarmos em conta a absurda diferença doutrinária entre os presbiterianos e os neopentecostais, da qual a Igreja Apostólica Plenitude do Trono de Deus do Agenor Duque é expoente, essa união é no mínimo chocante. A IAPTD usa praticamente as mesmas estratégias da Igreja Universal do Reino de Deus, e essa última, tempos atrás, foi considerada SEITA pelos presbiterianos.
Está certo. O tal Agenor Duque não faz Fogueira Santa. Mas faz Campanha do Óleo Jeová Jireh e Portas Abertas e Vale do Sal e qualquer outra que sirva de desculpa para receber ofertas específicas, amaldiçoa os inimigos, usa técnicas de hipnose simulando milagres, faz profecias que se mostram enganos com o passar do tempo, enfia a mão no vinho da Santa Ceia para abençoá-lo, usa coroa de Rei Momo e senta em trono dourado, sua esposa dá os pés para os fiéis tocarem em troca de ofertas, dão total e irrestrita ênfase à diabólica Teologia da Prosperidade. Para virar uma IURD (da qual o Agenor Duque é oriundo e de onde aprendeu as técnicas que usa agora em sua igreja, e na qual não precisa dividir as “bênçãos” com o Edir Macedo) só está faltando construir um segundo Templo de Salomão (neste blog e na Internet há muitos artigos denunciando todas essas práticas infelizes).
Assim, se os presbiterianos precisam rebatizar quem vem da IURD e da Mundial do Poder de Deus, também deveriam rebatizar quem vem da IAPTD. E claro, NÃO DEVERIAM SE ASSOCIAR COM UM LÍDER DE UMA SEITA.
Mas são novos os tempos! Hoje crente não é mais crente, é evangélico. Hoje crente, ou melhor, evangélico, pode e deve se envolver com todos os prazeres do mundo. Pode mentir (sempre por um bom motivo, claro!), pode roubar (pois vivemos na Graça e Deus perdoa), pode matar (valoriza o testemunho de arrependimento), pode trair e coçar, só não pode ser homossexual (porque este é o único pecado que as igrejas realmente levam em consideração caso o fiel não seja um grande dizimista).
Heresias, heresias, negócios à parte. A “lojinha” (seja tradicional, seja neopentecostal) precisa continuar vendendo – e bem.
E assim, vemos igrejas de vertente tradicional ajudando igrejas pseudo-cristãs em sua falsa pregação do Evangelho. Quanto mais lucros, mais espaço na mídia e mais templos para enganar ainda mais pessoas.
Como diria alguém: "tá serto".
Só que não.
Fora isso, embora seja lugar-comum, precisamos nos lembrar que estamos em ano eleitoral, onde os negócios com o Sagrado prevalecem em troca de poderio humano. Nesta semana tivemos o presidente Michel Temer conversando com alguns líderes de grandes ministérios e lhes “pedindo oração”, ou seja, negociando o apoio deles à famigerada Reforma da Previdência (que prejudicará os mais humildes, não os que, como o presidente, recebem fortunas de aposentadoria). E como esses grandes líderes não têm aliança com Deus, mas sim com seus próprios interesses, deixarão de defender os humildes para apoiar o desejo dos poderosos.
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É que os tempos são outros. Crente não é mais crente, é evangélico. E quem gosta de pobre é sarjeta, o bom mesmo é comer o melhor desta terra (mesmo que à custa das necessidades dos outros).
Heresias, heresias, negócios à parte.
Será que um dia voltaremos a ser crentes em Cristo? Daqueles livres das amarras da religiosidade, daqueles que podem denunciar o mal, o pecado e todo o tipo de corrupção sem temer que doa em nosso bolso ou que haja diminuição no faturamento?
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.



ttps://estrangeira.wordpress.com

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ICP e Agenor Duque - a apologética brasileira e suas alianças

ICP e Agenor Duque - a apologética brasileira e suas alianças


                 "Que tempos os nossos, e que costumes"!!! 

Quem diria, o Instituto Cristão de Pesquisas, que teve seu surgimento no Brasil sob os estímulos do grande apologista americano Walter Martin (aliás, a escola teológica do ICP recebia esse nome) com seus dias iniciais com respeitadíssimo Paulo Romeiro, com o incansável guerreiro da fé Natanael Rinald (hoje com o Senhor) com participação do erudito Assembleiano Esequias Soares, agora ver, esse Instituto que foi o quartel general da apologética Brasileira pelos idos de 1990, com parceria com a Igreja Plenitude do Trono de Deus, do apóstolo Agenor Duque, cujas praticas são reconhecidas por todos, heréticas, é inacreditável. 

  • Comercialmente - isso é legitimo. Eles possuem todo o direito. E se esse é apenas o interesse, ok. Bons negócios! 



Mas a considerar o que o ICP se propõe, à luz da ortodoxia cristã, seria ver uma aliança entre Moisés e Faraó. 

Já há muito tempo isso acontece - e me incomodava. Me lembro da primeira vez que vi o palestrante do ICP no programa do Agenor Duque, eu quase tive um colapso... olhei diversas vezes, esfreguei os olhos... a miragem não se desfez. Eu esperei alguém comentar isso, mas 'o silêncio dos bons' é ensurdecedor. Me decepciona a omissão de outros em relação a isso. Mas a credibilidade é anexada a imparcialidade. A vocês, que por razões estranhas ficaram em silêncio até agora, deixa eu dizer uma coisa;

Aqui no meu blog, sempre mexi com as feridas da minha própria denominação. Busque no blog o que eu já disse sobre maçonaria, o academicismo, sobre um pastor com práticas ecumênicas, o problema do Mackenzie com a receita federal, essas feridas em minha denominação IPB, que para mim é ainda uma das melhores - mesmo com tais erros. Fiz isso às custas de ter meu nome repudiado por doutores e pastores de minha denominação no trabalho apologético - ainda que sempre defendi e defendo a IPB. Mas já que eu critico outras corporações religiosas, eu sempre achei que isso deveria ser feito, se eu quero ter um trabalho transparente. 

Fica a dica aos apologistas, não trabalhe contra sua denominaçãomas não esconda os erros que ela comete. É bom para ela, e louvor ao Deus da verdade! Temos os pecados de Davi, a desavença de Paulo com Barnabé, e com Pedro, os pecados da igreja de Corinto, das igrejas da Ásia, pois estão ali, na cândida Escritura! E quando errarmos, assumamos tais erros.

Agora ver o silencio dos apologistas em relação a ICP e Agenor Duque, e eles sabiam disso - pelo menos eu mesmo falei para um instituto muito conhecido, é decepcionante

Deus nos fortaleça na verdade, ainda que ela nos incomode!


Porque nada podemos contra a verdade, 
senão pela verdade. 
2 Coríntios 13:8


FONTE: Ministério Cristão de Apologética

http://mcapologetico.blogspot.com/2018/01/icp-e-agenor-duque-apologetica.html?spref=bl

domingo, 21 de janeiro de 2018

Evangelização no próximo sábado;


        No próximo sábado, dia 27 de janeiro estaremos anunciando o EVANGELHO PURO E SIMPLES, no centro de São Paulo (próximo ao Teatro Municipal) a partir das 14:30 hs. Contamos com você para nos ajudar nesta missão.

      Também será uma oportunidade  de  conhecermos você que acompanha este movimento e mantermos momentos de conversa e comunhão e  planejarmos novas estratégias para propormos a Volta ao Evangelho puro e Simples.
                                            Qualquer dúvida entre em contato;






sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Batalha Espiritual (Somente para os fortes)

Batalha Espiritual (Somente para os fortes)




Por Ruy Cavalcante

Poucos temas dentro do cotidiano evangélico brasileiro me parecem tão controversos quanto a chamada “batalha espiritual”. A questão se dá pelo fato de ser um assunto que está sempre em voga, mas a maioria parece ignorar completamente os fundamentos básicos do tema.

É incrível como se proliferam seminários, congressos e encontros sobre Batalha Espiritual Brasil a fora, ao mesmo tempo em que parecem se distanciarem cada dia mais do cerne da questão. Na maioria das vezes não existe preocupação alguma com as verdades bíblicas referentes a isso, voltando-se apenas para soluções imaginárias e extravagantes, na expectativa de que funcionem. Soluções de ideologia pragmática, porém sem nenhuma efetividade.

Vou direto ao ponto.

Batalha espiritual existe sim, e a bíblia fala bastante sobre ela. Temos sim um inimigo, a saber, satanás (I Pe 5:8), e ele é feroz. Outra coisa importante é que podemos vencê-lo, havendo para isso necessidade de ação.

Posto isso, resta afirmar algo que parece ser completamente ignorado por boa parte da igreja evangélica brasileira, que é o fato inequívoco de que esta batalha não se vence com retiros espirituais, cultos de libertação, veredas antigas, exorcismos, atos proféticos, quebras de maldições, utensílios consagrados, óleos ungidos ou coisas do tipo que só encontram fundamento na capacidade criativa e imaginária do povo.

Sim, a batalha existe e ela é terrível, porém vencemo-la da maneira mais simples possível, haja vista haver apenas uma arma nessa guerra. A Espada. O Evangelho.

Nada de soluções mirabolantes e fardos dificílimos de carregar a fim de vencermos nossa batalha contra satanás. Permita-me fazer uma simples analise do texto áureo utilizado pelos “grandes” arautos da batalha espiritual no Brasil, e nele poderemos observar claramente a simplicidade dessa questão. Eis o que o apóstolo Paulo diz aos efésios, para que vençam a batalha:

Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade, vestindo a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. (Efésios 6:13-17)

Sem maiores elucubrações teológicas, eis uma lista dos “utensílios” da armadura, necessários para a vitória cristã nesta disputa, seguidos de seus significados.

  • Cinto da verdade (A verdade é a Palavra de Deus – Jo 17:17);
  • Couraça da Justiça (A justiça de Deus é o cumprimento de sua Palavra – Sl 119:142);
  • Evangelho da Paz (O Evangelho é a própria Palavra – Ef 1:13);
  • Escudo da fé (A fé é gerada quando ouvimos Palavra – Rm 10:17);
  • Capacete da salvação (A salvação se dá por meio da fé [Ef 2:8], e a fé é gerada pela palavra – Rm 10:17);
  • Espada do Espírito (A própria palavra, única arma nessa batalha).

Percebeu que tudo gira em torno da Palavra?

Isso acontece porque somente o Evangelho é o poder de Deus para salvação (Rm 1:16), todo o resto é COMPLETAMENTE ineficaz, inócuo, inútil. Quebras de maldições e seminários de libertação e de batalha espiritual são sem sentido. Precisamos da compreensão de que tudo já foi feito por Cristo na cruz. 

Como então se quebra uma maldição? Pregando o Evangelho por um lado, e recebendo-o, pelo outro.

Como se liberta alguém da opressão maligna? Pregando o Evangelho por um lado, e recebendo-o, pelo outro.

Como pode o homem vencer a batalha contra satanás? Pregando o Evangelho por um lado, e recebendo-o, pelo outro.

Vejamos outro texto importante, também do Apóstolo Paulo, mas desta vez dirigindo-se aos coríntios: 

Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo; e estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida a vossa obediência”. (II Co 10:3-6)

Nossas armas não são carnais, mas poderosas em Deus. Quem é o poder de Deus para salvação? Acho que o leitor começou a compreender, não é mesmo?

Estas armas quebram raciocínios contrários ao conhecimento, à verdade de Deus, e levam cativos os pensamentos à obediência a Cristo. Somente o Evangelho é capaz de realizar estes feitos na mente humana, tornando-a cativa a Cristo, mentes renovadas, metanoia.

Tratam-se de ações puras (e simples) do Evangelho. É Cristo quem vence a batalha por nós, e é seu evangelho que nos entrega “de mãos beijadas” a vitória. 

Eis uma das razões pela quais ritos e exorcismos precisam ser continuamente renovados, e seminários se proliferam a todo instante, pois carecem de sentido e afastam o povo do Evangelho, uma vez que este acaba se tornado um simples adorno das reuniões.

Portanto eu insisto, o Evangelho não é para adornar ou simbolizar que somos de Cristo. O Evangelho é a solução definitiva e eficaz não somente para a disputa contra satanás, mas para a salvação indissolúvel do ser humano!

Assim, pregue o Evangelho e vença a batalha!


***
Há muito mais o que se dizer a respeito de batalha espiritual, e muitas outras perspectivas pelas quais este assunto pode ser abordado. Para quem desejar aprender um pouco mais, indico duas obras bem interessantes e de fácil leitura:

VARGENS, Renato. Batalha Espiritual - Respostas as perguntas frequentes sobre o conflito dos crentes com Satanás. Campina Grande: VCP Editora, 2014.

ARAUJO, Marco Antonio; CHAVES, Osvaldo; MARTINS, Luiz Fernando; MENEZES, Silas Batista; SILVA, Adriano Conceição. A grande batalha espiritual: Verdades e mentiras sobre a luta da luz contra as trevas em pleno século 21. E-book. (disponível gratuitamente através do excelente blog Apenas, de Maurício Zágari - Clique aqui para baixar)



http://intervalocristao.blogspot.com.br/2017/01/batalha-espiritual-somente-para-os.html

sábado, 23 de dezembro de 2017

O perigoso precedente aberto pelo MPT no caso das cartilhas da Hirota Foods Supermercados


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Em comemoração ao Dia da Família, a rede Hirota Foods Supermercados distribuiu aos seus clientes uma cartilha com devocionais do pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes. Porém, após denúncias o Ministério Público do Trabalho decidiu pela suspensão da distribuição (que por si só já havia se encerrado, pois abrangeu apenas o período próximo ao Dia da Família).
Para quem achava que o Brasil goza de liberdade religiosa, eis aí um perigoso precedente do contrário.
Vejamos.
Liberdade religiosa implica em se poder expressar a fé livremente. Como o Estado é laico, obviamente não é oportuno expressar uma ou outra fé nos equipamentos públicos, pertencentes ao Estado. Assim, fere a laicidade do Estado tanto um culto evangélico como um ritual vudu durante as atividades do órgão governamental, pois ou se dá espaço para todas as demonstrações religiosas, ou não se dá espaço a nenhuma, sob pena do Estado privilegiar essa ou aquela religião. Se o Estado brasileiro não fosse laico, aí seria outra história.
Porém, se o Estado é laico, os cidadãos não são. É direito de todos terem ou não terem uma religião. Até os servidores públicos podem ter sua fé, a ser expressada fora das dependências governamentais. Da porta do governo para fora, a Constituição Federal nos garante o direito de livre expressão da fé.
O caso da Rede Hirota é emblemático. A rede de supermercados não tem qualquer ligação com o governo, sendo uma empresa privada. Seus donos devem professar uma fé, aparentemente evangélica. Por professarem tal fé, decidiram através de SUA empresa, do SEU espaço, distribuir a cartilha com devocionais que, obviamente, pregam a crença que seguem ou que consideram a ideal. Mas aí alguém não concorda com pontos dessa crença e levam o caso ao Ministério Público do Trabalho (do Trabalho???), que resolve por suspender a distribuição, como se o mercado estivesse errado. E o mercado, por sua vez, para não perder clientes é praticamente obrigado a emitir “sinceras desculpas” pelo ocorrido.
Vivemos o tempo absurdo do “politicamente correto”. O que inicialmente poderia ser positivo, inibindo formas de bullying, por exemplo, com o tempo se mostrou uma patrulha contra os que não são do “mundo”. Hoje não podemos usar frases racistas, o que é maravilhoso, mas também não podemos falar do pecado, da perversão, dos valores que essa sociedade moderna está jogando no lixo supostamente em prol da felicidade e da união mundial.
Mesmo no âmbito puramente religioso já não é possível discutir aborto, homossexualismo, poligamia, corrupção, idolatria sem ser taxado de fundamentalista ou coisa pior. Veja que não estou falando em concordar ou discordar, apenas em discutir! Isso porque a religiosidade que o “mundo” nos permite, nesse momento de Era de Aquários e busca por uma unidade mundial, é a religião cantada por Raul Seixas: “faça o que tu queres que é tudo da lei”.
Milhões morrem no mundo todos os dias das mais diversas causas. Mas basta um terrorista matar dez ou vinte na América ou na Europa que a imprensa nos entope com informações de como o fundamentalismo religioso é prejudicial. No que concordo plenamente, diga-se de passagem. O problema não são essas informações, mas a motivação por trás delas.
Engana-se quem pensa que tentam demonizar apenas os muçulmanos. A grande imprensa tenta demonizar, aos poucos e pelas beiradas, as religiões que não se curvarão a um Governo Único. E essas religiões são as monoteístas: muçulmanos, cristãos e judeus. As demais aceitarão um Governo Mundial de bom grado, seja por crerem que o que importa é a paz mundial (espíritas e demais religiões espiritualistas), seja por crerem já em várias divindades, então mais uma, menos uma não fará a menor diferença, conquanto que o mundo conquiste a tão esperada paz.
A demonização dos muçulmanos é fácil, pois os fundamentalistas entregam o prato pronto e cheio. A demonização dos judeus é um pouco mais trabalhosa, foi tentada várias vezes durante a história e atualmente se dá no enfoque de “lobo mau” frente aos pobres palestinos. Já a demonização dos cristãos se dá dividindo-os em duas frentes: dos “que nem parecem cristãos” por serem gente boa, que aceitam a tudo e a todos, e dos “fanáticos”, os que vêem pecado em todos mas são hipócritas com seus próprios pecados. E, após dividi-los, o mundo aprova os do primeiro grupo (como o Papa Francisco ou evangélicos liberais) e desaprova os do segundo (alguns justamente, como boa parte da Bancada Evangélica e lideranças pastorais a eles ligados, e alguns injustamente, apenas porque não respaldam totalmente a doutrina do “politicamente correto”).
Embora o Brasil seja de ampla maioria cristã, intriga saber que o “nem parece cristão” ou “nem parece evangélico” tornou-se um elogio. Culpa do péssimo exemplo que muitos que se dizem cristãos demonstram, culpa da omissão de outros (que preferem ser “politicamente corretos” a desagradar o mundo que os cerca) e culpa também da manipulação que, aos poucos, viabilizará a perseguição conforme as profecias bíblicas.
A Rede Hirota ousou distribuir cartilhas onde o aborto e o homossexualismo são tratados à luz das Escrituras Sagradas e foi punida por isso. Tivesse distribuído cartilhas com fotos de casais homossexuais se beijando e atores globais com cartazes “Meu corpo, minhas regras” e nada teria acontecido. Caso alguém se sentisse ofendido e denunciasse, as autoridades competentes arquivariam o processo por julgá-lo improcedente. Afinal, vivemos o século XXI, a diversidade, a canção de Raul Seixas, o vale-tudo pela felicidade pessoal aqui e agora. Os cristãos têm que respeitar e aceitar o mundo. Mas o mundo não tem que aceitar ou respeitar os cristãos. Ao mundo, total liberdade de ação e de pensamento. Aos cristãos, apenas a liberdade de pensar e agir conforme o mundo.
Na porta da minha casa recebo publicações das Testemunhas de Jeová e, mais raramente, do Universo em Desencanto. Em alguns estabelecimentos comerciais me deparo com imagens de santos católicos e até com discretos altares budistas. Volta e meia espíritas tentam me demonstrar a racionalidade de sua fé. E nunca cogitei denunciar ninguém por isso.
Hoje foi a Rede Hirota. Amanhã será eu ou você, pois:
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.
Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.” –  João 15:18-21
Aproximamo-nos do Fim. Estejamos vigilantes. Busquemos a santificação. Busquemos o Alto.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.

Fonte: estrangeira.wordpress.com




terça-feira, 31 de outubro de 2017

A CORROMPIDA IGREJA EVANGÉLICA ATUAL PRECISA DE UMA NOVA REFORMA


                


                 
                      Hoje, celebramos os 500 anos da Reforma Protestante. Esse grande avivamento na Igreja de Cristo, iniciado pelo monge alemão Martinho Lutero, mudaria não apenas o Cristianismo, mas toda a história da civilização ocidental. Eu poderia dizer muita coisa sobre o assunto, mas como sou um inveterado pessimista (como bem conhecem os mais próximos), falarei sobre a violação sistemática que igrejas ditas protestantes (ou evangélicas) cometem contra os cinco grandes princípios da Reforma, inteiramente baseados nas Escrituras e fielmente apregoados pelos grandes teólogos protestantes ortodoxos dos últimos cinco séculos. Muitos crentes vivem sendo guiados por supostas revelações, estão tomados pelo medo de perder a salvação (como Lutero antes de conhecer a graça de Deus) e idolatram homens (como os leigos ignorantes de sua época faziam). Vejamos os cinco pontos e as violações cometidas:

SOLA GRATIA – SOMENTE A GRAÇA

O que significa? Que somos salvos apenas pela graça de Deus, não tendo méritos ou qualidades em nós mesmos.

TEXTO BÍBLICO:
                "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois  salvos)"Efésios 2:5

                Um dos grandes líderes da teologia da prosperidade afirma em uma de suas obras que todo homem merece ser salvo. Mesmo em meio aos arraiais conservadores, é comum a velha crença de que o homem, por si é bom. Assim sendo, a importante doutrina do pecado original, outrora vigorosamente defendida por Agostinho, é totalmente esquecida. Já vi pregadores pentecostais afirmarem que as crianças nascem totalmente puras (Sl 51.5).
                Na  verdade, as Escrituras dizem que todos pecaram (I Re 8.46; Rm 5.12), que, por natureza, estamos mortos no pecado (Ef 2.1; Cl 2.13), somos inimigos de Deus (Cl 1.21), e com nossos juízos corrompidos pelo mal (Is 64.6). Quando nossos pais caíram no Éden (Gn 3), todos nós caímos. Mas para que ninguém diga que Deus é injusto ao condenar-nos por pecados cometidos num tempo antiquíssimo por um casal, sabemos que, a cada dia, juntamos a este pecado original uma multidão de pecados pessoais, que nos fazem dignos da morte eterna. Assim sendo, o homem é mal, e totalmente depravado. Não no sentido de que faça todo o mal imaginável, mas porque todas as áreas de sua vida estão corrompidas pelo pecado.
                Lancemos fora de nosso meio esse evangelho "light" que diz que o homem é bom (Gn 8.21), que pode por suas próprias forças vir à Deus (Jr 13.23). Essa heresia, chamada de pelagianismo, já foi refutada por Agostinho a mil e seiscentos anos. E os reformadores foram enfáticos em condenar suas premissas.

SOLA FIDE- SOMENTE A FÉ

O que significa? Que somos salvos ao depositar totalmente nossa confiança em Cristo, de forma verdadeira, e não por nossas boas obras ou cumprimento da lei.

TEXTO BÍBLICO:
                     "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei".(   Romanos 3:28)

                Essa doutrina é frequentemente violada nos púlpitos das igrejas brasileiras, principalmente pentecostais e neopentecostais. A principal queixa de Lutero contra a Igreja medieval residia no fato de que esta havia se tornado uma religião de méritos. Apregoava que a salvação vem, sim, primeiramente da graça de Deus, mas que devemos conservá-la por nossa obediência e boas obras. Para mim, tudo aquilo que nós protestantes consideramos errado na Igreja de Roma tem origem nessa meritocracia. Ora, é óbvio que, se a fé em Cristo não me basta, tenho que me apoiar em vários pilares para garantir a minha salvação: a hierarquia da igreja, aqueles que foram mais fiéis do que eu em vida , os corpos destes santos, objetos ungidos, e todo excesso sacramental e eclesiológico da Igreja Romana.
                O herege Edir Macedo é um claro exemplo de pastor (pastor?) que nega a "sola fide". Recentemente, afirmou que a salvação pela graça, mediante a fé (Ef 2.8), é uma doutrina diabólica. Ele já dava mostras de ser um semipelagiano em vários artigos que escreveu. Muitos pastores afirmam que somos salvos apenas se tivermos uma perfeita obediência. Assim, se cometermos alguns "pecados" (como jogar videogame, torcer para um time de futebol, ir à praia,etc.), perdemos a salvação. Ora, isso é a meritocracia de Roma levada ao extremo. Ao menos em Roma, os fiéis tem a hipótese da purificação no fogo do purgatório caso morram em algum pecado não muito grave. Mas em nossas igrejas, infelizmente, em minha denominação, muitos pastores não dão a mínima chance para quem cai em pecados (que, muitas vezes, nem pecados são!).  A doutrina da salvação pela fé apenas nos garante que a manutenção de nossa salvação não está em nossas frágeis mãos, mas no cuidado divino (Fp 2.13; Rm 8.30-39; Jo 10.28,29; Fp 1.6). Nenhum de nós tem capacidade para cumprir plenamente os mandamentos de Deus. A obediência de Cristo cobre a nossa desobediência. Não perderemos a salvação por cometer qualquer erro. Devemos, sim, ser obedientes aos mandamentos, mas por amor à Deus e ao próximo, e não por medo de perder a salvação.

SOLA SCRIPTURA - SOMENTE A ESCRITURA

O que significa? Que as Escrituras inspiradas (os 39 livros do Antigo e os 27 do Novo Testamento) devem ser a única fonte de doutrina, prática e dogmas cristãos.

TEXTO BÍBLICO:

                "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de  bom  grado receberam a  palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas eram assim (At   17.11)
                 
               As Escrituras são a nossa única regra de fé. Apesar de andarem de um lado para o outro com a Bíblia debaixo do braço, muitos evangélicos colocam ao lado dela, como regras de fé, a tradição de sua denominação e supostas revelações e profecias que ouvem na igreja. Eu creio que o dom de profecia, revelações e coisas do tipo ainda existem em nossos dias (I Co 12), mas jamais podem ser colocadas ao lado da Bíblia para se estabelecer uma crença. Algumas vezes, essas "revelações"  e "ensinamentos celestiais" são absurdos, negando doutrinas importantes. Podemos ouvir coisas como: "Deus falou pro irmão fulano que mulher que corta cabelo não vai para o céu" (negação da sola fide); "O irmão tal teve uma visão de que o missionário sicrano é quem vai chamar os nomes daqueles que entrarão no céu" (negação do solus Christus); e outras aberrações teológicas deste naipe. As regras, catecismos, usos e costumes de nossas igrejas devem passar pelo critério da confirmação bíblica. A mesma coisa com supostas revelações.
               
             Outro ponto que merece destaque é o fato de que muitos pastores distorcem as Escrituras para provar suas teses. Houve o caso de um documento de  certa igreja afirmar que os irmãos não poderiam usar barba pelo fato de que José se barbeou para ir à presença de Faraó(!). As Escrituras necessitam de ferramentas interpretativas, e é muito importante para o cristão (especialmente para os obreiros) conhecerem essas ferramentas através da teologia.


SOLUS CHRISTUS- SOMENTE CRISTO

O que significa? Que apenas Cristo pode conduzir o homem a Deus, e que a teologia cristã deve girar em torno de sua pessoa e obra.

TEXTO BÌBLICO:

                "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo  homem". (ITimóteo 2:5)

                Os evangélicos costumam criticar duramente os católicos por colocarem Maria e os santos mortos como mediadores ao lado de Cristo. Vivem gritando por todos os cantos a passagem da epístola paulina, de que há um só Mediador entre Deus e os homens, Mas, na prática, muitos deles praticam uma obediência cega a seus líderes, dizendo que perderão a salvação caso não o fizerem, que o líder é o ungido de Deus, tendo uma relação especial com o Senhor, por isso devem se colocar sob a"cobertura espiritual" do bispo ou apóstolo. Conforme o exemplo que eu citei no ponto anterior, em certa igreja pentecostal alguém teve a revelação de que seria seu líder quem chamaria os nomes dos que entrarão no céu. Em outro caso, um membro de uma igreja neopentecostal afirmou que o apóstolo beltrano é o enviado de Deus para nos salvar. Além de colocarem homens mortais entre eles mesmos e Deus, muitos evangélicos criam toda uma superstição em relação a objetos ungidos (água, rosas, sabonetes,etc.) como meios de graça e da benção divina.

SOLI DEO GLORIA- GLÓRIA SOMENTE A DEUS

O que significa? Que devemos fazer tudo para a glória de Deus, e que apenas Ele é digno de louvor supremo, adoração e obediência irrestrita.

TEXTO BÍBLICO:

                "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para   glória de Deus"(I Co 10.31)
                 
                A Bíblia nos diz que toda a glória pertence a Deus, e que devemos fazer tudo para a sua glória. Mas o que vemos em nosso meio é que muita coisa é feita para a glória do homem. Geralmente, aqueles que violam o "soli Deo gloria" são os mesmos que violam o "solus Christus". Assim sendo, as pessoas seguem toda sorte de orientação espúria de seus líderes (Jr 29.9; At 5.29), e acabam fazendo a obra para eles, e não para Deus. Desprezando o sábio conselho de João Batista (Jo 3.30), esses líderes querem aparecer, como outrora o mago Simão (At 8.9). Tenho a impressão de que muitas igrejas neopentecostais, quando seus líderes morrerem, acabarão, pois a tanta ênfase em suas figuras, que eles se tornam o núcleo em torno do qual se aglutinam seus fiéis.

                Portanto, vemos que muitas das igrejas ditas "protestantes", precisam resgatar os princípios da Reforma, a fim de pregar ao mundo o verdadeiro e puro Evangelho de Cristo. As igrejas de hoje vivem impondo medo nos fiéis com ameaças de perdição eterna para aqueles que não cumprirem os mandamentos humanos e terrenos de seus líderes, muitas vezes baseados em supostas revelações e num uso distorcido das Escrituras. Precisamos urgentemente de uma Reforma, pois essas igrejas estão no mesmo buraco (ou ainda mais fundo) do que a Igreja Católica Romana do século XV.