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terça-feira, 15 de setembro de 2020

A série Greenleaf e a avaliação do Pr. Lucinho



Greenleaf: Temporada 1: Oprah Winfrey, Keith David, Lynn Whitfield: Amazon.com.br: DVD e Blu-rayA Netflix tem série chamada Geenleaf cujo enredo se concentra em uma igreja, seu pastor , sua família e seus inimigos e mesmo sendo uma obra de ficção ela consegue expor de forma visceral os bastidores de muitas igrejas e o dia dia de sua liderança.  Obvio que nunca devemos generalizar mas a obra mostra (por vezes exagerando, por vezes simplificando) o que ocorre em muitas igrejas.



Assistindo  as conversas  do líder da igreja com seus familiares não consigo deixar de pensar em muitos lideres brasileiros ( internacionais também, óbvios)  e fazer uma associação deles conversando em suas casas,  de  como se manipula a igreja e   como o poder leva estes lideres a deixarem o evangelho de Jesus em segundo plano dando prioridade ao dinheiro e poder.  Minha dúvida fica entre saber se estes lideres creem no evangelho,  mas o manipula em causa própria, por vezes até achando que são escolhidos de Deus e não fazem nada de errado ou se são ateus que viram na igreja e ministério um grande negocio. Acredito que acharemos muitos dos dois grupos.



No vídeo que posto a seguir vemos a analise que  um líder brasileiro, o pastor Lucinho, faz da série, onde ele diz que a obra demoniza  homens e mulheres de Deus ao associar todos personagens, inclusive o pastor, a adultério e roubos e que a série é um modo sutil de mostrar que a igreja nada mais é que um lugar para se arrecadar dinheiro. Para ele tudo não passa de um plano da Netflix que é progressista, , socialista e esquerdista ( só pensam nisso) de atacar o conservadorismo e de apresentar os pastores como lixo. Chega a dizer que isso é um ataque contra a igreja, esquecendo que o suposto ataque não é contra a igreja mas contra atitudes de parte de suas liderança.











Ele diz que mesmo entre os seguidores de Jesus tinham pessoas que agiam de forma errada e que na igreja não é diferente, mas que isso não representa todos como a série quer mostrar e que ele conhece poucos pastores ricos como o pastor da série, que entre mais de 15.000 pastores de sua cidade ele talvez encontrasse 10 ricos embora muito longe das riquezas apresentadas na história. Acredito que ele não conhece bem boa parte dos pastores, principalmente os presidentes e "donos" dos grandes ministérios, talvez ele não conheça nem os bem próximos a ele...



Para mim, a critica que ele faz da série comprova exatamente o que a série quer mostrar, lideres manipulando e o povo fechando os olhos.



Não vejo a série demonizando a igreja, vejo sim atitudes de lideres de igrejas demonizando o evangelho.  Lucinho, o mesmo que posta videos cheirando a bíblia , que prega vestido  de Chapolin  e que pertence a uma igreja governada por uma família rica e poderosa que  prega muitas heresias, prefere ver as criticas como algo demoníaco enquanto os motivos das criticas são relevados ou até negado.



Discordo da argumentação do pastor, também discordo de quem generaliza, sim existem muitos pastores e lideres, homens e mulheres de Deus pregando e vivendo o evangelho sem outros  interesses, mas pessoas como os apresentados na série não são exatamente exceções. Casos  de adultérios e outros pecados na área moral não são incomuns e na maioria das vezes são escondidos debaixo do tapete ou quando revelados  não tem as mesmas implicações, como que em casos apresentados pelos membros da igreja. O Poder financeiro também  não é novidade, famílias de lideranças se enriquecem pedindo dinheiro para "obra" de Deus. Muitos roubam na cara dura, outros se aproveitam de regras legais, mas imorais, para se enriquecerem com salários altíssimos e outros benefícios  que o cargo  oferece.  A pouco tempo atrás li sobre um pastor que trocava seu carro (geralmente Land Rover) 2 vezes ao ano, pastores que compram aviões,  mansões em condomínios de luxo em suas cidades, li também sobre  um líder  do nordeste brasileiro que  ganha a bagatela de 150.000 por mês e não contente criou um cargo na igreja para esposa que recebe "só cinquentinha,"  alem dos filho com alto salário e provável sucessor, alias filhos ganhando muito e sendo sucessores automático dos  pais no negócio (igreja) não é novidade neste meio, igreja viraram capitanias hereditárias, igual a dos Greenleaf onde o pastor quer toda família no ministério e em sua sucessão. Roubos e desvios também são comuns, basta ver os noticiários. Igrejas sendo negociadas e vendidas "com porteiras fechadas" também não são incomum. Dinheiro e dizimo é o principal tema das pregações nestas igrejas, muito delas verdadeiros impérios.



Não!!!!!  a série não demoniza a igreja, se há um demônio na historia ele esta na vida de quem deu a inspiração para obra, se existe um demônio na história ele esta nas atitudes dos lideres,  está nos bastidores ou mesmo dentro de igrejas de forma real.


Não! A série não demoniza "homens e mulheres de Deus". A série apenas mostra a realidade vivida por parte da igreja e suas lideranças ( até acho que pegaram leve diante da realidade que vivemos).  A série mostra a realidade nua e crua de como a "igreja" é vista: como empresas particulares de suas lideranças, mostra como o bem estar do líder supera as necessidades do povo e de como o nome de Deus é blasfemado por estes lobos ( previsto na bíblia). Quem demoniza a igreja não é série e sim os lideres gananciosos que  Pedro em sua 2ª. carta  no capitulo  2, versículo 3 cita:  "Que por avareza : fariam negócios de vós com palavras fingidas"


Cabe a Igreja verdadeira de Jesus mostrar o outro lado da moeda, mostrar que existem lideres sérios que foram chamados para servirem, ,não para dominar e explorar o povo. Simplesmente criticar a série não anula a realidade que ela apresenta.




                             Voltemos ao Evangelho Puro e Simples, o $how tem que parar.











Trailer: 1ª. temporada 

Trailer 5ª. temporada











domingo, 6 de setembro de 2020

Um Brasil evangélico? Mas e daí?

Tenho estado muito preocupado, ultimamente com o espírito de fanatismo que tem invadido a igreja evangélica no Brasil. Nesses 20 anos, também tenho estado muito alegre por ver que a igreja evangélica tem crescido muito e, com isso, muita gente está encontrando Jesus e, Nele, salvação, libertação, esperança e a possibilidade de uma vida melhor. Entretanto, angustia-me ver que, algumas vezes, esse crescimento, o qual tem o seu aspecto extraordinário, vem tomando contornos de algo não tão sadio, adoecido, estranho, que se assemelha à enfermidade, à patologia, redundando em evidências explicitamente fanáticas. Estamos vivendo, hoje no Brasil, um momento no qual precisamos definir o que queremos que aconteça em nossa pátria. Como povo de Deus, temos duas opções: a primeira é querer ver o Brasil evangélico; a segunda é ver o Brasil de Jesus. O que queremos? O Brasil pode ser evangélico sem ser de Jesus, como pode também ser de Jesus sem ser evangélico. E pode ser de Jesus e ser evangélico. Se tudo aquilo que fosse de Jesus tivesse que ser, necessariamente evangélico, Jesus só estaria tendo vez na História de 180 anos para cá, quando o “Movimento Evangélico” - tal qual o conhecemos hoje começou a existir. Se, para ser de Jesus o mundo tivesse que ser protestante, Jesus só estaria agindo e atuando nele de 500 anos para cá, quando da Reforma Protestante. Enfim, Deus tem meios e modos de fazer que a sua salvação entre no mundo sem, obrigatoriamente, ter que fazê-la evangélica. Digo isto, porque às vezes desenvolvemos esquemas religiosos que se tornam independentes de Deus e divorciados Dele, como uma coisa autônoma. Isso aconteceu com o movimento farisaico do judaísmo, que no início fora um movimento defensor do zelo pelas coisas de Deus, tornando-se, ao final, o “carro-chefe” que deflagou a morte histórica de Jesus. De igual modo, isto se verificou no cristianismo original dos apóstolos, do Novo Testamento, que 300 anos depois, foi “constantinizado”, transformando-se num movimento de natureza política com vistas à unificação do Império Romano. A Igreja em decorrência disso foi paganizando, até que ela mesma criou um dos movimento mais escuro da história da civilização humana (a Idade das Trevas) do ocidente, com as Cruzadas e o advento da Santa Inquisição, feitas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, utilizando a cruz e todos os demais elementos sagrados do cristianismo, ainda que o Espírito Santo, neles não estivesse presente, nos quais Jesus estivesse ausente e nos quais Deus não se manifestou, mas o diabo. Nós hoje, estamos vivendo um momento singular, quando vemos a fé espalhando-se pelo Brasil. Aleluia! No entanto, a pergunta que devemos nos fazer, com relação à expansão da fé neste país, é o que queremos que aconteça com o Brasil. Queremos vê-lo apenas tornar-se uma nação evangélica, tendo templos em todos os lugares, vendo a maioria das lideranças políticas confessando-se evangélicas, tendo muitos veículos de comunicação evangélicos, com uma boa parte dos recursos financeiros do país em poder daqueles que se dizem evangélicos, etc?... Mas, o Brasil vai continuar o mesmo! Na mesma miséria, com os mesmos casos de corrupção, com a mesma prática política...Talvez, até, pior, pelo fato de não haver mais nenhuma referência evangélica à qual se possa recorrer, não se tendo esperança de alguma coisa alternativa, porque o que era alternativo, acabou virando em algo associado ao que existe de pior no mundo, que por sua vez, passou a usar o nome de Deus para justificar suas ações. É isso, que queremos? E mais, que imagem a Igreja deve buscar construir? Ora, como não poderia deixar de ser, Jesus tem que ser a nossa referência, a nossa busca de reconstrução da imagem da Igreja. Primeiro, porque se somos cristãos, a referência é Cristo e não há nenhum outro. Não é um homem, não é um apóstolo secundário, não é um missionário fabuloso que viveu na Índia - é Jesus a referência. Segundo, se somos evangélicos temos que viver conforme o Evangelho de Jesus. Ora, Jesus desagradou vários grupos políticos e religiosos do seu tempo. Agradou ao Pai e agradou ao povo, que vinha trazendo a Ele, os perdidos, oprimidos, doentes, para serem, salvos, curados e libertos. Então, para uns, a sua imagem estava tremendamente desgastada, enquanto que, para outros, ela crescia em respeito e admiração. O problema da Igreja acontece quando o grupo com as características daqueles que antes odiavam Jesus, começa a aplaudir a Igreja hoje; enquanto o grupo que amava a Jesus, naqueles dias começa a repudiar a Igreja hoje. Ou seja, quando a gente vê pessoas com as mesmas posturas daqueles que, naqueles dias, repudiavam e odiavam as ações de Jesus, afinados com a Igreja hoje, e até liderando-a; enquanto aqueles que nos Evangelhos eram amigos de Jesus, e andavam com Ele, agora ficam longe, não querendo nem ouvir fale dele. Quando isso acontece é porque houve uma inversão radical de valores na Igreja, e ela não tem mais quase nada a ver como o coração do seu Senhor. E ainda, quando as pessoas dizem: "Jesus eu quero, só não quero a Igreja", é porque a Igreja virou anticristã. Postado há Yesterday por juberd2008 FONTE: Cristianismo radical https://juberdonizete.blogspot.com/2020/09/um-brasil-evangelico-e-dai.html

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A Igreja e as estruturas de poder

Até o terceiro século, a Igreja de Jesus enxergava-se como peregrina e forasteira nessa terra. A perseguição que sofria não a permitia desenvolver outra imagem de si. Eles sabiam que não tinham poder e que nunca deveriam vincular as esperanças do Reino de Jesus com as estruturas imperiais. Entretanto, com o imperador Constantino, a relação entre Igreja e Estado mudou e, com isso, toda a sua teologia pública. Quem nos lembra disso é o historiador evangélico Mark Noll, deixando claro como que essa mudança alterou a história do cristianismo. É claro que o auxilio do Império fortaleceu a igreja e lhe deu paz para crescer. Contudo, as relações não eram unilaterais e o Império também colocaria cada vez mais suas mãos em assuntos da esfera eclesiástica. Os concílios ecumênicos, tão importantes para a doutrina saudável que temos, foram convocados pelos imperadores e não pelos bispos — visando a unidade política do império através da unidade doutrinária. Nessa história, a Igreja precisou avaliar constantemente os limites dessas relações. Um dos episódios que eu mais gosto nessa história é o do bispo Ambrósio expulsando do interior da igreja o imperador Teodósio — representado acima na pintura de Anthony van Dyck. Claramente era o pastor da igreja protegendo o rebanho da hipertrofia totalitária que o império sentia-se confortável em dar lugar. Em tudo isso, aprendo que a Igreja de Jesus precisa de muita sabedoria para expurgar de seu meio antigos desvios teológicos. Nossa teologia política precisa continuar sendo da igreja peregrina e forasteira que, assim como Abraão, espera a cidade de Deus descer do céu até aqui — cidade que foi arquiteta e será construída por Deus, e não por nenhuma força humana. Isso não nos livrará das relações com as estruturas de poder, mas nos permitirá nunca colocar nossas confianças nelas. A quebra de expectativas de muitos membros da igreja com seus candidatos e partidos políticos tem sua raiz em trocar a confiança do Criador pela criatura, não lhe rendendo glória, mas vangloriando-se dos impérios humanos, demasiado humanos. VEJA MAIS SOBREIgrejaPolítica COMPARTILHE Pedro Dulci Autor, Teólogo e Ministro Presbiteriano IPB FONTE; IRMÃOS.COM https://www.irmaos.com/