Tudo mudou. As ruas das grandes cidades estão vazias, as pessoas não se amontoam nos shoppings e parques nos fins de semana, as crianças e jovens não vão mais à escola, muitos não saem mais em direção ao trabalho. Para nós, brasileiros, não acostumados com guerras e grandes catástrofes, tudo isso está sendo terrivelmente assustador.
Por um lado, o medo de se contrair uma doença que já matou milhares no mundo. Por outro, o medo da crise econômica que a inação vai provocar. O que escolher: vidas ou dinheiro? Se escolhermos as vidas, podemos perdê-las posteriormente pela falta de dinheiro. Se escolheremos o dinheiro, perderemos as vidas de imediato.
E esse é apenas o princípio das dores (leia Mateus 24).
Nesse contexto, as igrejas também precisaram mudar. Com a proibição de amontoados de pessoas, os templos tiveram que deixar de fazer cultos com a presença física de fiéis e muitos passaram a transmitir seus cultos pela TV e Internet. Os mega (im)pastores, aqueles que investiram milhões na construção de templos nababescos com o propósito de atrair membros pela sua grandiosidade e ostentação, aqueles que para manter seu status de “papa” local precisam ameaçar semanalmente seus seguidores de maldições caso não lhes entreguem os dízimos e gordas ofertas, aqueles que têm o poder de manipular a vida dos seus seguidores em todos os campos, inclusive e principalmente em suas decisões de cidadania (como a escolha de quem votar para os cargos eletivos), esses se rebelaram contra a inicial vontade do Governo de proibir cultos abertos ao público. Ora, todo bom vendedor sabe que é muito mais fácil convencer o comprador no cara a cara, olhando nos olhos, do que tentando a venda por telefone, por exemplo. E esses “papas” são excelentes vendedores.
E fizeram o que lhes é esperado: foram para cima do Governo cobrar a volta dos cultos abertos ao público, desconsiderando os números trágicos como os da Itália, onde morrem atualmente quase mil pessoas POR DIA. Afinal, esses “papas” locais ajudaram a eleger o atual Governo, manipulando seus seguidores para votarem “certo”. E o Governo, que sabe que depende desse apoio espúrio, e também sendo pressionado por setores do Comércio, Indústria e Agronegócio, que também dependem de pessoas para continuar mantendo seus altos lucros, esse Governo acabou voltando atrás e classificando a atual situação como uma “histeria” e “gripezinha”. E mandou reabrir os (mega) templos ao público.
Mas o Poder Judiciário manteve seu fechamento.
O motivo da quarentena é apenas evitar que todo o mundo se contamine ao mesmo tempo, já que a contaminação é rápida. Se isso ocorrer, teremos a realidade da Itália, aliás muito pior, porque nem se compara um país desenvolvido com o nosso “em desenvolvimento”. Se as pessoas se mantiverem em quarentena, a contaminação ocorrerá aos poucos, e de repente até pode cessar, sendo possível aos hospitais atenderem a todos os que estiverem em estado mais grave. O remédio da quarentena é amargo, mas é necessário.
Mas para os “papas” locais, o lucro, digo, os fiéis DENTRO do templo é o que importa.
Nesses dias, as igrejas sem “papas”, os pastores sérios, esses têm incentivado seus fiéis a cultuarem em suas casas. E nessa situação Deus nos está ensinando que a discussão pífia “igrejados versus desigrejados” não tem sentido nenhum. A Igreja verdadeira não é um templo, não é seguir a um específico “representante de Deus”, não é levar o dinheiro da oferta para o “representante de Deus” orar com a mão em cima e profetizar as bênçãos financeiras que virão em troca. A Igreja verdadeira somos eu e você, guiados por pessoas como nós, mas que têm maior conhecimento da Palavra e que, mesmo assim, não se aproveitam desse conhecimento para nos manipular à sua vontade. A Igreja verdadeira está no templo, fora do templo, na minha e na sua casa, no local de trabalho, na escola, na rua. A Igreja verdadeira se manifesta onde os Filhos de Deus estão, pois independe de edifícios terrenos, dependendo do edifício na rocha construído em cada um de nós.
Esse é apenas o princípio das dores. Daqui para o Fim muita coisa vai acontecer, segundo a revelação feita ao Apóstolo (de verdade) João, ao profeta Daniel e segundo o próprio Cristo. Essa pandemia vai passar e outras advirão, assim como guerras, rumores de guerras e catástrofes naturais. Para passar por tudo isso, o ser humano terá que aprender a utilizar sua maior arma e defesa: o amor. A Deus e ao próximo.
Ontem assisti ao filme O Poço, no Netflix. Se puder, assista. Com pinceladas fortes, mostra o resultado de nossa sociedade pautada no egoísta amor a si mesma. Dessa mesma sociedade que não se importa com a morte de alguns – contanto que não seja dela mesma e de seus próximos. Dessa sociedade tão preocupada com os ganhos pessoais e tão despreocupada com o cuidado dos estrangeiros, órfãos e viúvas. Dessa sociedade tão próxima a Mamom e tão distante do verdadeiro Deus.
Irmãos e irmãs, nossa provisão vem de Deus. Peçamos a Ele, não apenas o necessário materialmente, mas o necessário espiritualmente também. Que Ele nos abra os olhos para a Verdade. Que Ele nos encha do tão grande Amor que Seu Filho teve por nós, ao entregar Sua vida para que pudéssemos hoje viver.
Que possamos agir como Ele agiu. Sejamos imitadores Dele.
Que combatamos o bom combate e guardemos a Fé.
Que Deus tenha misericórdia dos grandes pecadores que somos.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.
P.S.: Neste artigo comparei os (im)pastores a “papas” locais, por desejarem ser os reis de suas instituições religiosas e amarem o dinheiro acima de tudo, inclusive de vidas. Porém, o Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, a quem os “papas” locais invejam, nessa crise mundial agiu conforme a foto abaixo.
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