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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

É Natal! E igrejas se unem para… conseguir assinaturas para um novo partido político???


aliancapelobrasilQueria que o título deste artigo fosse diferente. Queria que as diversas denominações se unissem pela causa comum do Evangelho, de levar as Boas-Novas aos famintos e necessitados material e espiritualmente, mas não. Igrejas evangélicas não se unem, principalmente quando se trata de fazer alguma ação social, pois cada qual quer, para si, apenas para si, a honra e o reconhecimento por ter ajudado X famílias com cestas básicas ou por ajudar a manter uma instituição de caridade ou que cuida de dependentes químicos.
Ou seja, em sua maioria igrejas evangélicas só ajudam para propagandear essa ajuda e/ou para justificar, junto a seus membros, os constantes pedidos de ofertas. E enquanto isso, igrejas que realmente se preocupam com a ação social e a vêem como parte de sua missão deixam de expandir essa ajuda porque não tem quem as apoie, nem mesmo a outra igreja que fica na mesma rua ou no mesmo bairro. Afinal, para que ajudar o trabalho do outro, se podemos fazer nosso próprio trabalho e ficar com todos os louros?
Mas uma coisa tem unido muitas igrejas nesses últimos – e  profetizados – tempos: a política.
Em torno da política, igrejas históricas, pentecostais e neopentecostais têm se alinhado. Afinal, o Brasil precisa de um governo “evangélico”, que expurgue a corrupção e traga de volta os valores tradicionais. Para isso, vale tudo, até influenciar a membresia para agir conforme os interesses das lideranças.
Sim, interesses. A luta pela corrupção e a volta aos valores tradicionais é apenas a justificativa que os líderes evangélicos utilizam junto a seu público. Mas, se seus interesses não fossem ouvidos e atendidos, não haveria apoio a nenhum governo humano.
E quais são esses interesses?
Demonstraremos com algumas notícias recentes, mas não se engane, esses interesses se perpetuam há vários mandatos e promovem o apoio gospel inclusive em governos de esquerda (que hoje são demonizados, mas ontem eram ovacionados pelos evangélicos e antes de ontem eram do demo também – o discernimento evangélico muda de acordo com as circunstâncias e com os interesses, enquanto o Deus que dizem servir, Esse não muda):
Sobre esse último “interesse” é que gostaria de tratar nesse artigo mais especificamente.
bolsonaroculto
“Emissários da bancada evangélica no Congresso fizeram uma proposta chegar aos ouvidos de Jair Bolsonaro, informa a Crusoé.
Em troca de dois ministérios de peso em uma futura reforma, eles se comprometeriam a filiar à Aliança pelo Brasil pelo menos 5 milhões de pessoas.” (fonte: O Antagonista)
A filiação de pelo menos 5 milhões de evangélicos ao partido que o presidente está fundando para si não será induzida por conta da luta pela corrupção (agora em risco, com as fortes denúncias contra o filho número 01 de Bolsonaro) e nem pela defesa de valores tradicionais, mas pura e simplesmente em troca de 2 ministérios com grande importância no atual governo.
ISSO É COISA DE DEUS?
Segundo o site Folha Gospel:
“O partido de Jair Bolsonaro, Aliança pelo Brasil, vai contar com o apoio das igrejas evangélicas para coletar as 491 mil assinaturas exigidas para lançar a legenda, faltando menos de quatro meses para concorrer nas eleições municipais de 2020.
Líderes religiosos de distintas denominações estão sendo mobilizados pelo titular do Poder Executivo para legalizar o novo partido.   
Também os militares estão sendo instados a apoiar o processo de formalização da nova sigla.   
O presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab), bispo Robson Rodovalho disse ao jornal O Globo que Bolsonaro ‘merece essa ajuda’. 
‘Vou ajudar. Estou à disposição. A visão que o presidente (Bolsonaro) tem pelo Brasil merece esse gesto de apoiamento’, afirmou Rodovalho ao jornal O Globo.
Líder da Sara Nossa Terra, denominação com 2 milhões de fiéis em 1,2 mil templos no país, o bispo informou já ter sido procurado por um mensageiro de Bolsonaro e que uma das estratégias será atrair apoio durante os grandes eventos da igreja.
Nas igrejas, os cultos são rápidos e o ajuntamento de pessoas não é tão numeroso, com exceção de templos muito grandes. Mas, como precisa de muitas assinaturas para validar, penso que os eventos, que duram alguns dias, seriam mais proveitosos’, explicou Rodovalho. [grifo nosso]
Silas Câmara (deputado federal do Amazonas pelo Republicanos) diz que, se convocado para ajudar na criação do Aliança, vai trabalhar a favor da coleta. Silas afirmou que não vê problemas em auxiliar na coleta de assinaturas, e que vê boa vontade das lideranças de diferentes igrejas em ajudar o presidente.
‘Não vejo nenhum problema. Eu ajudarei, se for convocado. Se precisar, eu ajudo com alegria’, disse Silas Câmara.
Com tom menos efusivo, Samuel Câmara, irmão de Silas Câmara e líder da Assembleia de Deus de Belém, por sua vez, também se disse disposto a ajudar Bolsonaro na criação do partido, mas deixou claro que os evangélicos ‘jamais perfilarão em um só partido’ e que qualquer gesto não significará apoio incondicional ao governo ou ao presidente.
‘A igreja é também um grupo social que tem vontade política. E, no quebra-cabeça de hoje, as pessoas que gostam do Bolsonaro vão acompanhar isso. E elas estão dentro da nossa igreja. Então, não criaríamos dificuldade. Mas não faria disso uma bandeira (política).’
O Aliança pelo Brasil anunciou, no último domingo no Twitter, que começará nesta semana a coleta de assinaturas para sua fundação. O desafio é o prazo curto no calendário: a sigla precisa de todas as assinaturas até 4 de abril do ano que vem para ter o registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e assim lançar candidatos aos cargos de prefeito e vereador.”
A coisa é tão nefasta que até Silas Malafaia, aquele mesmo que vendia “unção financeira dos últimos dias (mas que até agora não foi entregue)” por R$ 900,00, que prometia a compra da casa própria em troca da doação, para ele, do valor de 1 aluguel e que chamou de trouxas aqueles que ofertam a Deus por amor, foi contra essa maracutaia toda em nome de Deus:
“Ficam aí uns puxa-sacos querendo fazer graça para ganhar cartaz, gente que quer aparecer na mídia, então tem que arrumar uns negócios para aparecer”. (fonte: Coluna do Chico Alves – UOL)
Se até o Malafaia, que indica candidatos a vários cargos políticos, está chamando de NEGÓCIO essa união entre igrejas evangélicas para a obtenção de assinaturas para o partido que Bolsonaro vai chamar de seu, quem somos nós para contrariar?
ISSO É COISA DE DEUS???
E o mais triste de tudo: essa anatemática união de igrejas evangélicas ocorre justamente próximo à comemoração do nascimento Daquele que veio ao mundo para nos trazer uma mensagem totalmente diferente: de amor a Deus e ao próximo, de busca de santidade, de negação ao Eu e aos interesses do Eu em prol do cuidado dos necessitados e marginalizados.
Infelizmente, eu e você não veremos as grandes emprejas se unindo neste Natal para fazer algo em prol da comunidade. Mas as veremos unidas, usando o espaço de culto em igrejas e eventos ditos gospel para induzir os fiéis a se filiarem ao tal partido. Nós as veremos unidas em prol da concretização de seu projeto de poder político terreno. O culto a Deus será roubado e transferido em muitos lugares, nessa época de Natal, para um culto ao partido Aliança pelo Brasil, e o sacrifício exigido por esse mito/ídolo/deus é a assinatura num formulário que nem precisa ser lido, apenas assinado, assim obedecendo cegamente à ordenança do representante de deus aqui na terra, daquele que não pode ser criticado para não se cair no pecado de “rebeldia”, afinal detém o pomposo título de pastor/bispo/apóstolo/patriarca/querubim semideus ungido.
E essas igrejas, ou melhor, emprejas ainda têm coragem de falar mal de Constantino! HIPÓCRITAS!!! DIABÓLICAS!!!
Sai dessas Babilônias, povo Meu!
Quer fazer e/ou participar da política? Faça e participe, só não coloque o Santo Santo Santo Nome de Deus no meio dessa sujeirada toda.
pobreza
Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus.
Romanos 8:19
Afastem de mim o som das suas canções e a música das suas liras.
Em vez disso, corra a retidão como um rio, a justiça como um ribeiro perene! 
Foi a mim que vocês trouxeram sacrifícios e ofertas durante os quarenta anos no deserto, ó nação de Israel?
Não! Vocês carregaram o seu rei Sicute, e Quium, imagens dos deuses astrais, que vocês fizeram para si mesmos.
Por isso eu os mandarei para o exílio, para além de Damasco”, diz o SENHOR, o Deus dos Exércitos é o seu nome.
Amós 5:23-27
Que o Espírito de Deus traga a verdadeira essência do Natal aos nossos pecaminosos corações, e que essa essência se traduza em atos de Amor, de Coragem e de Justiça.

Voltemos (não é votemos!) ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.


www.estrangeira.wordpress.com

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Quando a religiosidade toma o lugar da obediência a Deus


Quando a religiosidade toma o lugar da obediência a Deus

Ao longo da história, em vários lugares, em diversas ocasiões, o povo de Deus substituiu a obediência pelos rituais religiosos. Foram zelosos na observância de preceitos externos e descuidados com a obediência, para a qual esses rituais apontavam. Praticaram a religiosidade para agradar a eles mesmos e não para o Senhor. O profeta Zacarias, trata desse solene assunto no capítulo sete de seu livro.

De Betel foram enviados mensageiros a Jerusalém para perguntarem aos sacerdotes e profetas que estavam na Casa de Deus, se deveriam continuar a chorar com jejuns, no quinto mês, como era seu costume há tantos anos. É nesse contexto que Deus ordena Zacarias a falar a todo o povo e aos sacerdotes, que nos setenta anos de cativeiro babilônico, o jejum que praticaram não foi para Deus. De igual modo, eles comeram e beberam para eles mesmos. Deus estivera ausente de suas atividades comuns bem como de suas práticas religiosas.

O profeta Zacarias, então, aproveita o ensejo para relembrar o povo que voltara do cativeiro, as mensagens que foram anunciadas pelos mensageiros de Deus a seus pais, quando a cidade de Jerusalém ainda vivia em paz e as cidades ao redor eram habitadas.

Naquele tempo, o que Deus requeria do povo? Apenas um ritual religioso? Apenas um jejum de abstinência de alimentos e pranto? Não! A mensagem de Deus era clara: “Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo” (Zc 7.9,10).

Zacarias faz questão de registrar que seus pais não quiseram atender à voz de Deus. Ao contrário, rebeldes deram as costas para Deus e não acolherem a mensagem dos profetas. Zacarias chega a dizer que seus pais fizeram o seu coração duro como diamante para não ouvirem a lei nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, por intermédio dos profetas.

A consequência? Veio sobre eles a grande ira do Senhor! Porque Deus clamou ao povo e o povo não quis ouvi-lo, quando veio o cerco de Jerusalém e o povo foi levado cativo para a Babilônia, Deus também não ouviu o seu clamor. Ao contrário, eles foram espalhados como um turbilhão por entre todas as nações e a sua terra foi assolada atrás deles.

O cativeiro babilônico foi uma prova clara de que a religiosidade sem obediência pode levar a grandes desastres. De nada adiante jejuar e lamentar se isso não é feito para Deus. De nada adianta comer e beber se isso não é praticado para a glória e Deus. De nada adianta preservar rituais religiosos, se na prática desses rituais ainda se deixa de executar juízo verdadeiro, deixando de mostrar bondade e misericórdia, cada um a seu irmão. De nada adianta ser muito religioso e ao mesmo tempo oprimir a viúva, o órfão, o estrangeiro e o pobre. De nada adianta ser zeloso dos rituais sagrados se no coração se intenta o mal contra o próximo.

A religião dos preceitos sem uma vida rendida a Deus e sem a prática do amor ao próximo não passa de um simulacro de espiritualidade. Esse tipo de religiosidade, ainda que externamente possa impressionar os homens, não pode agradar a Deus. Aquele que sonda os corações requer a verdade no íntimo. Ele não se contenta com performance, pois conhece as motivações. Ele não aceita rituais religiosos, ainda que os mais sagrados, se esses estão apartados da correta relação com ele e com os irmãos.

Fonte
hernandesdiaslopes.com.br - Rev. Hernandes Dias Lopes 
 via:PC Amaral  https://www.pcamaral.com.br/

sábado, 26 de outubro de 2019

Expo Cristã 2019: o verdadeiro espetáculo de horror

Neste ano, quem visitou a Expo Cristã se deparou com zumbis, bruxos, monstros, bonecos ameaçadores e muitas caveiras. Isso porque a feira de negócios gospel se instalou no Anhembi, no Pavilhão 1, enquanto que no Pavilhão 2 ocorria a Feira Horror 2019, onde se lembravam dos clássicos de horror no cinema, televisão, games e cultura pop.

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Mas o verdadeiro horror pudemos ver foi dentro da própria Expo Cristã. E ele começou na quinta, dia da Cerimônia de Abertura, anunciada com toda a pompa e circunstância com a ilustre presença do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.
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Enfim, éramos quatro usando as camisetas do “Voltemos ao Evangelho puro e simples, o $how tem que parar”. Chegamos às 7:45h, uma vez que pelo anúncio o evento começaria às 8h. Lá chegando, poucas pessoas esperavam a abertura do portão principal. E, ao lado, a já conhecida “Sala Vip”, uma porta que leva a um espaço que só pode ser acessado por pastores renomados e políticos.
Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas. – Romanos 2:11
Ficamos entre a porta principal e a porta vip. O portão principal se abriu, as pessoas foram entrando e chegando. Aos poucos os vip também foram chegando, em bem menor quantidade. Quem era vip de verdade entrava rapidamente, nem precisava se apresentar. Quem não era mas queria ser ficava um tempão na fila tentando argumentar, e por fim desistia e entrava pelo portão dos meros mortais.
Passado um tempo, entramos (pelo portão dos pobres, é óbvio!). A Cerimônia de Abertura ocorreria no fundo da feira, num palco que construíram para os shows gospel que haveria durante todos os dias. Lá também havia um setor vip, devidamente cercado com grades, coberto por tapetes vermelhos e ostentando cadeiras de metal trabalhado com assento almofadado. Fora desse setor, os pastores pobres tinham a seu dispor as velhas e conhecidas cadeiras de plástico de sempre em cima do carpete preto.
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Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores. – Tiago 2:9
Logo percebemos que os organizadores esperavam muito mais gente do que realmente veio. O tempo passava e o espaço não lotava. Em certo momento, surgiu uma multidão de pessoas, uma comitiva gigantesca que devia prenunciar o “deus” dessa feira: eram os “acompanhantes” do Prefeito de São Paulo Bruno Covas, a maior autoridade política ali presente, já que os organizadores “levaram um chapéu” do Presidente Bolsonaro. Nem o Governador “arroz de festa gospel” João Dória compareceu. Assim, restou à multidão se apegar ao prefeito.
Mesmo com baixa lotação, às 10 horas finalmente a tal cerimônia começou. Foi uma mistura de Santo e Profano. Houve um vídeo evangelístico, um quarteto e uma orquestra com músicas de louvor, mas também houve uma cantora que parecia mais querer mostrar seu potencial vocal do que efetivamente louvar, além dos cansativos discursos de pastores e políticos, com seus eternos “agradeço a fulano, sicrano, beltrano blablabá”,
Mas o Profano se sobressaiu sobre o Santo.
No vídeo a seguir, temos algumas cenas da Cerimônia de Abertura. Fica bastante claro quem era o “senhor” naquele lugar.

O ápice do evento foi quando o Presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo Eduardo Tuma (não confundir com o Eduardo Cunha, como o fez o Bispo Rodovalho) anunciou três atos da Prefeitura e da Câmara com isenções em favor das igrejas evangélicas. Foi o momento em que o público aplaudiu mais. E o terceiro ato, que versava sobre o perdão de todas as dívidas de construção e regularização de igrejas evangélicas a partir de 2014 beneficiava especialmente a Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Edir Macedo, cuja construção do Templo de Salomão – inaugurado em 31 de julho de, obviamente, 2014 – estava imersa em irregularidades.
Só para você sentir o tamanho da coisa:
“A construção do Templo de Salomão levou a Igreja Universal do Reino de Deus a empenhar mais de R$ 680 milhões na obra, e agora, a denominação do bispo Edir Macedo pode ser obrigada a arcar com mais R$ 100 milhões de multas cobradas pela prefeitura de São Paulo.” – Fonte: Gospelmais
Enfim, é ou não é para aplaudir de pé, igreja?
O discurso com todas essas isenções e rapapés está no vídeo que indicamos acima. O dinheiro DEVIDO que essas igrejas deixarão de pagar à prefeitura não será revertido para melhorias na saúde, educação, acessibilidade, segurança, moradia e manutenção da cidade. Mas, em troca, o Prefeito Bruno Covas e os Vereadores como Eduardo Tuma já terão os votos dos fiéis garantidos nas eleições do ano que vem.
Mas não só de política vive o Reino do Gospel. Também teve propaganda de banco. No caso, o Banco Santander que, como bem lembrado pelo Nei, no ano passado foi demonizado por esses mesmos (im)pastores por ter patrocinado a exposição Queermuseu. Por conta da polêmica na época, muitos pastores e crentes encerraram suas contas no banco para boicotá-lo.
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Mas, passado um ano, o Santander se “santificou” ao apoiar financeiramente a Expo Cristã, teve seus pecados perdoados pela distribuição de dinheiro e agora é a instituição financeira recomendada para gerenciar as contas das igrejas evangélicas do Brasil.
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A Expo Cristã, neste ano, teve muito menos expositores e ocupava um espaço muito pequeno. O que fez algum volume foram as atrações “Arca de Noé”, “Coliseu” e outras. No mais, pouquíssimas livrarias, muitas lojinhas de roupas e bugigangas gospel, uma concessionária com carros de luxo, uma empresa de Inteligência Artificial. Não havia os estandes do Malafaia, Marcos Feliciano, Estevam Hernandes e outros que costumam ser figurinha carimbada nesse evento. A coisa estava bem “pobrinha”, embora gospel que é gospel não possa admitir uma derrota dessas.
Voltamos à feira no sábado para desfilar com as frases em nossas camisetas, e como é o mais do mesmo não vale a pena comentar. Só lamentar.
Concorda conosco que o verdadeiro horror estava no Pavilhão 1 e não no Pavilhão 2?
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Que Deus nos abra os olhos para a Verdade.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Ofertas ou investimentos: sobre a arrecadação nas igrejas


dinheiro no bolso
Antes de iniciar este artigo, sugiro que assista ao vídeo a seguir (apenas 24 segundos):

Sempre que buscam por apoio financeiro, as igrejas apelam para versículos bíblicos com as palavras “dízimo” e “oferta”. Por serem expressões bíblicas, soa como um ordenamento o fato do fiel transferir parte (ou todo, dependendo da “campanha” – exemplo Fogueira Santa da IURD) do seu salário ou patrimônio como doação para instituições religiosas. Porém, em muitas igrejas o objetivo bíblico dessas doações não é observado (servir aos irmãos mais necessitados), sendo os valores arrecadados investidos na reforma e construção de catedrais nababescas, na compra de jatinhos, iates, helicópteros, haras, fazendas, empresas, bancos, enfim, no enriquecimento pessoal dos seus líderes.
Como o objetivo dessas igrejas não é converter o pecador, mas fidelizar fiéis financiadores, o ensino do porquê dos dízimos e ofertas também é adulterado. Biblicamente falando, o dinheiro deve ser usado para ajudar os necessitados e, como necessitados que são, não poderão retribuir ou devolver o valor doado. Sim, biblicamente falando o dinheiro ofertado é literalmente uma doação, ou seja, uma cessão sem se esperar retorno, sem se esperar nada em troca. Essa lição só quem se converte verdadeiramente a Deus pode compreender, pois deixa de buscar benefícios para si para se alegrar em beneficiar o próximo.
Porém, os fiéis financiadores fidelizados não recebem ensinamento bíblico que promova neles uma conversão de mente. Assim, continuam com a mesma mentalidade de antes de frequentar a denominação. E essa mentalidade é a reinante no mundo: o importante é lucrar, é se dar bem, é ser mais esperto, é ser melhor do que o outro, é ter e não ser. E, com essa mentalidade, uma pessoa não consegue entender que precisa perder algo para ajudar a outra pessoa. Mas entende – e muito bem! – que só vale a pena perder algo se isso for por pouco tempo e com a promessa de remuneração maior mais adiante.
Peço licença para que assista a mais um vídeo antes de continuarmos este artigo (apenas 1 minuto e 27 segundos):

O (im)Pastor Silas Malafaia, mesmo com bigode, já não tinha papas na língua e expôs, de forma bastante clara, os ensinos dessas igrejas fidelizadoras de fiéis financiadores. Para ele, quem oferta biblicamente, sem buscar nada em troca além de agradar a Deus é “trouxa”. E trouxa é sinônimo de mané, idiota, otário e bobo (outras expressões muito usadas por esse impastor para tratar seus adversários de forma pejorativa) e de pessoa que é facilmente enganada, segundo o site Significados.
Mas voltemos ao primeiro vídeo, com o Apóstolo (?) Valdemiro Santiago da Igreja Mundial do Poder de Deus. Nesse vídeo, bem mais recente do que o do Malafaia, o líder já não usa a expressão “oferta”. Fala em “investimento”, palavra que, em si, já traz todo o significado que tanto agrada a fiéis financiadores: a promessa de ter um retorno financeiro superior ao valor inicialmente investido num negócio. E isso é esperado num “negócio”, não numa igreja.
Mas essa é a mentalidade do mundo. Por essa mentalidade, milhões são ganhos e milhões são perdidos diariamente. Pessoas investem suas economias numa financeira que oferece taxas mais altas do que a concorrência, mas não se importam com os riscos, já que só têm olhos para o retorno prometido. É um jogo onde os espertos ganham e os demais saem perdendo. E, aplicado nas igrejas, é um jogo onde os que têm mais fé (os impastores) ganham mais e os que têm menos fé ($) ganham menos ou nada ganham.
Peço licença para um último vídeo (apenas 3 minutos e 31 segundos):

O Apóstolo (?) Estevam Hernandes começa ameaçando o fiel: “você vai querer viver de migalhas? Você vai querer ficar nessa situação?”, sendo que pouco antes ele dava o exemplo de um fiel que, mesmo desempregado, se virou para conseguir o dinheiro para a oferta. Afinal, se não tem dinheiro, que peça emprestado. Mas tem que ofertar para sua Igreja Renascer em Cristo para então conseguir que o líder religioso coloque a “unção” (que obrigaria Deus a escancarar as janelas do céu) sobre o fiel. E, aproveitando sua experiência anterior como vendedor, Estevam Hernandes trabalha com contagem regressiva de unção, para dar a impressão de que a oferta imperdível está acabando e assim forçar a quem possa ter alguma dúvida a correr para o telefone e finalizar o negócio com a empreja.
Sim, empreja. Essas não são igrejas. São emprejas.
Deus, o Verdadeiro, não se compraz com a venda do Seu Santo Santo Santo Nome. Jesus, o Cristo, tratou a chicote os que mercadejavam no templo.
Deixo algumas passagens bíblicas para reflexão:
A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo. –  Tiago 1:27
Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. – 1 Timóteo 6:6-12
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;
Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres;a sua justiça permanece para sempre. –  2 Coríntios 9:6-9
Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum.
Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um.
Unidos de coração freqüentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação. – Atos 2:44-47
Se você está fazendo “negócios com deus” por ouvir os falsos ensinos de algum pastor, arrependa-se, saia dessa Babilônia e converta-se inteiramente a Cristo. Oferte por amor numa igreja que cumpra os princípios do Evangelho. Ajude aos necessitados, àqueles que não poderão lhe recompensar. E estará juntando tesouros no céu.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. – Mateus 6:19-24
As emprejas são as igrejas de Mamom. Não sirva ao senhor errado.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.