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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Marcha para "Jesus" em Belém PA: Povo é convidado a refletir sobre o Evangelho.

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Graças a Deus, nem tudo está perdido no meio evangélico. Existem aqueles que não servem ao "deus do mercado gospel" e estão preocupados em fazer a chamada igreja refletir sobre o verdadeiro evangelho, puro e simples.no parÁ ALGUNS IRMÃOS ESTIVERAM PRESENTES NA CHAMADA MARCHA PARA JESUS(?) VISANDO LEVAR O POVO A REFLEXÃO. ( Fonte : MATUTARE )

POR QUE A “MARCHA PARA JESUS” NÃO ME REPRESENTA


Todos os anos ocorre em várias cidade do Brasil a chamada “Marcha para Jesus”. É um evento que é organizado um grande parte por igrejas pentecostais e neopentecostais. Durante a marcha é percorrido um trecho da cidade e são realizadas orações por temas importantes da atualidade, tudo isto acompanhado por eufóricos trios elétricos.
Na cidade de Belém, a marcha foi realizada dia 28 de Maio percorrendo os principais pontos da cidade de Belém, saindo da escadinha do cais do porto seguindo Av. Presidente Vargas, Av. Nazaré até São Braz.
Em um primeiro momento, olhando os anúncios dos organizadores, a marcha parece conter motivos “nobres” e preocupação com o futuro moral e social do Brasil, entretanto, com um olhar mais atento, percebe-se intenções mais latentes das igrejas a frente da organização do evento.
Geralmente essas igrejas são adeptas de uma teologia da prosperidade, são teonomistas (imposição FORÇADA de valores cristãos em uma sociedade não cristã), tem alguma ligação com políticos evangélicos ou partido político. Detectando esses pontos é possível verificar que a tal “Marcha para Jesus” acaba transformando-se na “Marcha do orgulho evangélico” (como bem disse Marcos Botelho).
E qual o problema disso? O problema é que uma grande quantidade de pessoas viram massa de manobra nas mãos de pastores-políticos (existe isso?) para atingirem objetivos como: Eleger candidato X Por que ele “representa o povo de Deus” (como se Deus precisasse de político para defender seu povo e seu reino Espiritual), e aumentar suas fortunas através da extorsão por conta do poder que se tem sobre os fiéis.
Traduzindo em termos: boa parte do câncer da igreja evangélica brasileira é reproduzido e fortalecido nesses eventos, com líderes carismáticos, de linguagem popular, usando a histeria coletiva e a força da multidão como reforço de um sentimento de certeza. Como se por serem muitos e terem líderes influentes, detém a razão sólida pela qual marcham de lugar nenhum para nenhum lugar.
Cansados de ficar de braços cruzados em casa, um grupo de amigos cristãos se reuniu para tentar fazer a grande massa pensar:
Confeccionamos cartazes simples, mas com mensagens bem diretas no
intuito de provocar reflexão sobre o tipo de cristianismo que as pessoas
estão vivendo, sem ofendê-las, sem machuca-las, sem ‘bate-boca’ apenas
levamos os cartazes em silêncio, contrastando com a multidão festiva e
emocionada. Esperávamos tanto uma receptividade pacífica como também
alguma hostilidade contra nós. Felizmente, a reação das pessoas foi de
surpresa, parecia que a maioria nunca tinha visto frases como aquelas,
vimos rostos estarrecidos, surpresos, pensativos e alguns bravos
também :p. Tivemos apenas duas pessoas que geraram pequenos problemas,
mas nada grave, também recebemos abraços e palavras de apoio de outras
pessoas. No final, duas pessoas que iam pela primeira vez na marcha
acabaram juntando-se aquele pequeno exército porque reconheceram como
justas as nossas reivindicações e isso foi muito bom :) – Ademar Albuquerque

PORQUE COMO ESTÁ ESCRITO, O NOME DE DEUS É BLASFEMADO ENTRE OS GENTIOS POR CAUSA DE VOCÊS! (RM 2:24)

Foi uma mistura de tristeza e indignação. Apesar de a marcha contar com vários cristãos de corações sinceros, toda aquela multidão estava servindo de massa de manobra e trampolim para os pastores e artistas ‘gospeis’. Mas o que esperar de um evento que tem como objetivo demarcar território evangélico em um jogo político contra o movimento LGBT? A democracia brasileira permite esse tipo de manifestação, entretanto, fica a pergunta: Será que nós evangélicos precisamos mesmo demarcar território? Porque tanta indignação contra homossexuais havendo pecados tão hediondos dentro das próprias igrejas? Há um livro que já está sendo esquecido que diz que ‘o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça’ e ‘ a nossa luta não é contra carne nem sangue’ – Diego Neri  

JESUS VEIO PARA TIRAR O SEU PECADO, NÃO A SUA INTELIGÊNCIA!

Porque entendemos que o Evangelho precisa ser simples e só faz sentido no outro. A marcha concentra esforços e recursos em um evento que se esgota em si  e é vazio de sentido. Se a marcha é para Cristo, porque as pessoas correm atrás de trios elétricos ao invés de pensarem em soluções para os problemas da cidade? Por que os cristãos participantes da marcha não estão seguindo em direção aos mais necessitados? (Tg 1:27) – Vitória Mendes

A “Marcha para Jesus” não nos representa porque desonra os cristãos que dia a dia têm feito suas marchas silenciosas renunciando a si mesmos para viver o evangelho digno, não nos representa porque desonra os cristãos que têm marchado para a morte em países onde são perseguidos e não possuem liberdade religiosa. A Marcha para Jesus não nos representa porque desonra o sacrifício do nosso Senhor, que foi por amor e não por dinheiro!
Muito se tem falado de evangélicos na mídia. Mas são esses os cristãos que a sociedade precisa? Assim como Lutero se levantou contra a venda de indulgências, está na hora dos verdadeiros seguidores de Cristo se levantarem contra a manobra política, e serem o verdadeiro espelho visto pela sociedade.
“Uma marcha silenciosa que acontece no nosso dia a dia. Silenciosa, porém eficiente e suficiente.” Ailton Gonçalves D. Filho
“A verdadeira ‘Marcha para Jesus’ não acontece com data marcada, guiada por trios elétricos, ao som de gritos de guerra, mas acontece todos os dias, pelas ruas, avenidas, corredores de supermercados, shoppings, bancos, onde gente conquistada pelo amor de Jesus são conduzidas com evidência do poder do Evangelho.” Hernandes Dias Lopes

VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES!

Clique nas fotos abaixo e confira:

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Eu vi Marjoe Gortner no Ato Profético (digo, patético) em favor do Brasil

(por:  estrangeira.wordpress.com)


114Ontem, dia 01 de junho, alguns líderes evangélicos levaram seus rebanhos para um ato dito profético em Brasília. O que poderia ser profético se mostrou patético, pois o mote do tal ato (organizado pelo CIMEB, cujo presidente é Silas Malafaia) era o combate à corrupção. E partindo de onde? De lideranças religiosas que estão, até o pescoço, envolvidas com a politicagem e a sacanagem dela decorrente.
Em entrevista à BBC Brasil, o (im)pastor Malafaia disse sobre o evento palavras patéticas:
“BBC Brasil – O que significa o termo profético?
Silas Malafaia – Um ato profético é fazer declarações sobre o futuro de um país. Profecia é coisa que ainda vai se cumprir, correto? É algo que vai acontecer e que se antecipa. Nós vamos declarar que o Brasil vai ser próspero, vai ter paz e vai ficar livre da corrupção, da crise econômica. Isso tudo é profético. 
[Nota da blogueira: se a situação melhorar, foi culpa do ato profético. Se a situação piorar, esquece-se do ato profético.]
BBC Brasil – Então sua profecia é que crise econômica e corrupção vão terminar junto com o governo.
Silas Malafaia – Isso aí. É isso aí. É isso aí mesmo. O ato profético é para isso, é para declarar que a corrupção vai acabar, que toda a bandalheira vai ser exposta, que não vai ter derramamento de sangue, porque os ‘esquerdopatas’ têm o DNA da baderna, da desordem.
[Nota da blogueira: mudou o governo sob as bênçãos de Malafaia e cia., mas a corrupção continua a rodo, com gravações comprometedoras de membros do atual governo pipocando todos os dias nos jornais. Além disso, há políticos enrolados em corrupção e apoiados por Malafaia e cia. (como Eduardo Cunha). Então…]
BBC Brasil – Não parece é difícil bancar uma profecia de fim da crise econômica e da corrupção, pastor?
Silas Malafaia – Não é difícil, não, rapaz. Na Bíblia, em épocas em que Israel vivia períodos de crise e fome, levantava um profeta que dizia que viria um tempo de paz e prosperidade. E aquilo tudo mudava. Então nós conhecemos esta prática. Agora, eu, além de liberar a palavra profética, vou ‘sacudir a roseira’ sobre o que está acontecendo, não tenha dúvida.
[Nota da blogueira: Malafaia durante anos trouxe Morris Cerullo e Mike Murdock para arrancar dinheiro dos fiéis em troca de “unções financeiras dos últimos dias”. Tal unção não veio, todo o Brasil entrou na crise, mas o dinheiro “pego voluntariamente” dos fiéis, esse nunca foi devolvido. É que não existe ainda um Procon para profecias falsificadas.]
[…]
BBC Brasil – Para este ato profético, vão trazer fiéis?
Silas Malafaia – Acredito que muitos pastores vão mandar ônibus com gente de vários lugares do Brasil.
BBC Brasil – Mas o senhor critica CUT e MST por trazerem militantes para protestos.
Silas Malafaia – Aqui, meu filho, é cada um por si. Eu não pago nada, não pago lanche, porcaria nenhuma.
[Nota da blogueira: um dos slogans de Malafaia e cia.: “para os amigos tudo, para os inimigos os rigores da lei”.]
Tal ato, na desculpa mais do que esfarrapada de servir para profetizar o fim da corrupção no Brasil, na verdade não passou de uma parca demonstração de poder. Os líderes religiosos precisam negociar com os políticos para angariar benesses para suas denominações e para si mesmos (concessões de rádio e tevê, terrenos para construção de templos faraônicos, leis que mantenham e até aumentem a isenção de impostos para igrejas e pastores, etc). Mas, para negociar apoio aos políticos em troca de projetos que lhes sejam favoráveis, é necessário mostrar que têm controle de um grande número de votos. E aí entra o tal “ato profético em favor do Brasil”.
Mas você pensa que isso é de hoje?
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Malafaia entre dois políticos.
Na verdade, todos os anos o (im)pastor Malafaia e outros líderes evangélicos têm como mostrar a quantidade de votos que detém. É através das Marchas para Jesus, evento que mistura o Sagrado e o profano, Deus e a politicagem, oração e shows e entretenimento gospel. Nesses eventos, os líderes apresentam os políticos com os quais firmaram acordos ao público, e apresenta o tamanho do público a esses políticos.
Só que nesse ano entrou a crise…
E com a crise, nesse ano a prefeitura do Rio de Janeiro não pode “apoiar” ($$$) a Marcha do Malafaia, a Marcha para Jesus no Rio. Mas, sem a Marcha, como mostrar o rebanho para o abate eleitoral? Simples, inventando outro evento. Em tempos de crise, dividindo o palco e os gastos com outras lideranças evangélicas. Para uni-las, uma causa “nobre”: o combate à corrupção, tema bastante em voga. E o resto, você já sabe.
116Nos anos 60/70, um pastor fazia muito sucesso nos Estados Unidos. Seu nome: Marjoe Gortner. Começou como uma criança prodígio, provavelmente o primeiro “menino-pastor” que pregava com entonação e traquejo de adulto, tendo sido ordenado aos quatro anos de idade. Muitas pessoas doavam para seu ministério, astutamente amestrado e explorado por seus pais. Porém, um dia o menino cresceu e também seu gosto pelo dinheiro que vinha de forma tão fácil. E aí, só foram crescendo os truques dos quais usava para simular poder, com destaque para a retórica e a hipnose, e as quantias que arrecadava a cada culto.
117Mas um dia sua consciência pesou. Queria largar a vida dupla, a vida oculta, o teatro que fazia na igreja e que enganava a muitos. Mas como abrir mão do dinheiro, e pior, como se abrir para as pessoas? Decidiu transformar sua última cruzada evangelística num documentário, que em 1972 chegou a ser premiado com um Oscar. Nesse documentário, Marjoe mostrou de forma aberta e assustadora todo o teatro que os estelionatários da fé fazem em busca do meu e do seu dinheiro. Assim como Marjoe no documentário, esses falsos pastores não têm o menor temor do Deus que dizem pregar – se tivessem, não fariam negócios descaradamente em Seu Santo Nome.
O mais triste de tudo: mesmo ganhando um Oscar e, assim, certa notoriedade, tal documentário continua anônimo. Tão anônimo que, após ele, muitos outros Marjoes apareceram nos Estados Unidos: Morris Cerullo, Mike Murdock, Benny Hinn, Creflo Dollar, Kenneth Copeland, Joel Osteen entre outros. Os novos Marjoes continuaram e continuam enganando multidões que, fascinadas pelos seus falsos prodígios, obedecem cegamente a todas as instruções vindas desses líderes religiosos, aumentando assim seus impérios financeiros e eclesiásticos.
Abaixo um trecho do documentário, com legendas em português. O documentário completo está no Youtube, só que em inglês. Quem sabe alguém não se entusiasma a fazer a tradução do documentário completo?

No Ato Profético (digo, patético) em favor do Brasil estavam lideranças como Silas Malafaia, Jabes de Alencar, Renê Terra Nova, Abner Ferreira, apóstolos (?) e políticos “simpatizantes”. E vendo as fotos, eu vi, tenho certeza que vi Marjoe Gortner. Não agora, aos 72 anos, fazendo palestras pelos Estados Unidos sobre como líderes inescrupulosos se utilizam da retórica para influenciar multidões. Mas com seus vinte e poucos anos, com seu jeito carismático, sua voz cheia de poder, sua pregação frenética, ávido por influenciar multidões para que sirvam aos seus propósitos.
O mais intrigante é que não vejo um Marjoe. Vejo vários Marjoes Gortners. E não só nesse evento, mas em muitos eventos e igrejas ditas evangélicas.
Preste atenção nas fotos. Você também não os vê?
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Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!


VIA: estrangeira.wordpress.com ( Vera Siqueira)