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sábado, 2 de agosto de 2014

Manifestação pacífica no dia da inauguração do Templo de Salomão: O $how tem que parar!

“O que está escrito nessa faixa que está deixando o pessoal lá no outro lado tudo bravo?”

blog143Quinta-feira, dia 31/7, 6:15h. Há pouco havia chegado à calçada em frente ao Templo de Salomão, que seria inaugurado na noite deste mesmo dia, com a presença ilustre da Presidente da República, Governador de S. Paulo, Prefeito de S. Paulo e políticos, desembargadores, juízes, artistas, donos e representantes de grandes veículos de comunicação. Enfim, quem detém poder financeiro, político ou de influência midiática estaria ali, dando apoio, honras e glórias ao Edir Macedo, idealizador e dono da maior catedral gospel da América Latina.
Ao chegar ao local, estendi uma faixa com os dizeres de Atos 17.24-25:
O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas.
Em pouco tempo passei a ser abordada por pessoas na rua, que liam a faixa. Muitos compreenderam o propósito da manifestação e apoiaram.
Penso que nada é por acaso. Inicialmente pretendíamos confeccionar panfletos e distribui-los durante a manifestação. Porém, não houve tempo hábil para isso. E, por ser dia útil, todos os que gostariam de participar não puderam. Eu só participei porque consegui uma folga no serviço.
Onde a faixa foi estendida fica bem em frente ao Templo de Sataná…, digo, de Salomão. E bem em frente há um ponto de ônibus, e logo depois um farol (ou semáforo, para os não paulistas) que insistia em ficar vermelho quando os ônibus chegavam.
Grande providência divina!!! Os ônibus, muitos (pois é uma importante via de ligação entre a zona leste e o centro), paravam em frente à faixa. Daí todo o mundo nos ônibus se viravam para ler a faixa, e as reações iam desde faces em reflexão até apoios abertos, com sinal de positivo, buzinas por parte de motoristas, muitos tirando fotos com seus celulares. Mesmo se tivéssemos panfletos, naquele lugar, naquela situação, poucos seriam distribuídos.
Em todo o tempo, principalmente de manhãzinha, os “guardiões do templo” ficaram bastante atentos à nossa presença. Por volta das 7h, dois deles vieram falar conosco. Deu um certo frio na barriga, afinal “fisicamente” estava sozinha, embora Deus tenha me cercado de anjos (os espirituais, claro, e os humanos – fiscais da SPTrans e da CET, que estavam ali fechar a rua na hora necessária e moradores de rua e comerciantes próximos). Graças a Deus, vieram em paz. Foram educados, embora cegados espiritualmente pela aparente grandeza do monumento de pedra que eram obrigados a guardar.
Entre 7 e 9h houve um grande movimento de, penso eu, pastores, bispos e suas esposas. Passavam a todo o momento procurando táxis e carregando malas, além de ternos e vestidos em cabides (para não amassar). E os ônibus, abarrotados de pessoas indo para o trabalho, observando a faixa, além de muitos que pararam para conversar.
Um senhor se aproximou, dizendo ter participado da construção do tal templo, porém disse: “minha fé é inabalável”. E descreveu alguns absurdos que presenciou durante a obra e em cultos, pois tinha permissão para participar. Entre os absurdos, ele ouviu do próprio Macedo: “Deus escolheu essa casa para habitar”.
Católicos, evangélicos e até sem religião deram apoio aos dizeres da faixa. Também, não era para menos, afinal eram apenas versículos do livro que os que se dizem cristãos (e isso inclui os membros e líderes da IURD) deveriam seguir. Porém, em certo momento um rapaz chegou e me fez a pergunta que abriu esse artigo:
“O que está escrito nessa faixa que está deixando o pessoal lá no outro lado tudo bravo?”
Na calçada do templo, casais faziam “selfies”, homens e mulheres tiravam fotos suas em frente ao templo (em frente, pois entrar ali já é outra história). Percebia-se os pastores e suas esposas pelo grande esforço em parecerem elegantes e em conformidade com as normas do templo. Esses, praticamente sem exceções, cumpriam o mesmo ritual ao ler a faixa: homens e mulheres riam, só que as mulheres não apenas riam, mas gargalhavam ao longe. Cegos, cegos, tão cegos que, penso eu, não tinham noção de que estavam rindo das palavras contidas no livro que, em seus corações, dizem seguir. Do lugar onde estava, apenas tinha uma tristeza profunda por aquelas almas.
Alguns veículos de imprensa estiveram lá pela manhã e tiraram fotos da faixa. Porém, que eu saiba só saiu alguma coisa no jornal O Diário de S. Paulo. Abaixo, o vídeo da reportagem (menos de 3 minutos):
www.youtube.com/watch?v=_ASGa3aZPQk
Em certo momento, um senhor me perguntou: “não está cansada de segurar essa faixa?”, e eu respondi: “não, obrigada, estou bem”. E a resposta: “quando cansar, me avisa que eu seguro”.
Por volta de 11h, recebi uma garrafa de água mineral da parte de um dos fiscais da SPTrans, que me contou sua história em denominações cristãs e sua grande fé em Jesus, apesar de algumas igrejas.
E, às 11:30h, retiramos a faixa e fomos embora. Foi mais uma vez providência divina, porque minutos depois da minha saída o local onde me encontrava encheu-se de viaturas e motos da Polícia Militar, a ponto de eu achar que a bandidagem poderia trabalhar tranquila no resto do dia, pois boa parte da corporação estava ali, para proteger aquela obra faraônica e as autoridades e artistas que chegariam horas depois.
E, falando em horas depois, a Rede Record noticiou até cansar como foi a tal inauguração do Templo de Sata…, digo, de Salomão. Teve direito até a carregamento, via tapete vermelho, de uma réplica da Arca da Aliança. E, em meio à festa mundana e pagã com ares de espiritualidade, Jesus Cristo foi negado e crucificado de novo.
Como o propósito era apenas levar quem lesse as faixas à reflexão, e não afrontar ou confrontar os adoradores do novo templo, foi providencial termos ido pela manhã. Glorifico a Deus, pois permitiu que muitos lessem a faixa e refletissem sobre sua mensagem. E O glorifico por ter me permitido estar ali, logo eu, grande pecadora e insubmissa que sou. Como um dia Ele usou uma mula para exortar um pecador, nessa manhã do dia 31/7 Ele me permitiu ser um poste para estender Sua Palavra. E O glorifico por ter me dado forças para permanecer ali.
A Deus, toda a honra e toda a glória para sempre.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar.
blog24

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