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quinta-feira, 30 de maio de 2013

JESUS, PASTOR DE PESSOAS E NÃO DE CONSUMDORES


ovelhasPor Nelson Bomilcar
A compreensão do pastoreio de Jesus pode ser libertadora nos dias de hoje, quando tantas pessoas, equivocadamente, são transformadas em consumidores pelo mercado da fé.
Jesus amou e morreu por pessoas. Jesus ressuscitou por pessoas. Ele deu sua vida em resgate de homens e mulheres que estavam perdidos em seus próprios delitos e pecados. Compadeceu-se de homens e mulheres que estavam condenados à morte por suas transgressões. Cristo amou e se entregou em sacrifício na cruz por causa da rebeldia e da desistência humana de andar, comungar e obedecer ao Criador. O Filho de Deus doou a vida eterna a pessoas que o receberam como Senhor e Salvador. No mistério e profundidade de sua graça, ele nos olhou como pessoas e ovelhas, dando-nos vida – e vida em abundância.
Como pastor, Jesus deu e dá sua vida pelas ovelhas e por seu rebanho. Somos, como igreja, comunidade e ajuntamento de pessoas que estavam prisioneiras em seus próprios medos, incertezas e angústias. Éramos cativos de mente e coração. O desespero e a incerteza diante da morte e da fragilidade da experiência humana nos atormentavam. Assim, pessoas comuns – com suas histórias, marcas, heranças e contextos – através de seu Espírito, têm escrito uma nova história onde fé, convicção, certeza e esperança se instalaram.
Tal compreensão pode ser libertadora nos dias de hoje, quando tantas pessoas, equivocadamente, são transformadas em consumidores pelo mercado da fé. De forma sutil e sorrateira por um lado, e agressiva por outro, essa dinâmica tomou conta da mentalidade evangélica no Brasil e no mundo. Devotos se transformaram apenas em consumidores e mantenedores desse mercado, travestido até na forma de igrejas locais coorporativas e estruturas empresariais. A lógica e o discurso são os mesmos do mercado: cantamos sobre a marca Jesus, escrevemos sobre ela, lançamos produtos temáticos. Já há até estudos de marketing acerca de características de gênero, classe social, faixa etária e necessidades de determinados grupos sendo usados para a criação de igrejas.
Grandes conglomerados comerciais de literatura e música chamadas de cristãs estão sendo engolidos com voracidade por empreendedores que, até bem pouco tempo, nem se importavam com a existência do tal segmento evangélico. Só que o Jesus de muitos pregadores, cantores, corporações e empresários não é necessariamente aquele apresentado na Bíblia, o Jesus eterno e histórico, o Emanuel, o Deus que se fez homem; aquele que veio como escravo e servo para proporcionar ao caído a salvação por meio da cruz, para anunciar o Reino de Deus e trazer graça, senhorio e juízo. Esse Jesus midiatizado não é o Jesus que trouxe ensino e valores de amor, compaixão, paz e justiça, e que nos deixou a missão de lhe fazer discípulos e seguidores.
O pastor Jesus, pastor de ovelhas, de gente, trata a cada um com pessoalidade, dignidade e importância. Ele nos ama como pessoas, ouve nossos relatos, está atento à nossa realidade e história. O pastor Jesus alimenta o faminto, sacia o sedento, limpa o imundo, cura os feridos, protege e conduz ovelhas. Jesus nos ajuda a dar significado ao pastoreio e a contextualizar esta vocação do acolhimento, do cuidado, do ensino e da formação espiritual. Os pastores não precisam perder o caminho da fé, assim como qualquer cristão em outra área profissional ou de atuação – uma fé que ganha contornos práticos de uma vida de serviço e de trabalho digno, mediante o suor do rosto. Fé no Deus trino, e não no mercado que fala sobre ele.
Muitos dirão que comércio pode ser feito com ética e honestidade, visando a legítimos propósitos. É verdade. Mas a chance de o mercado tirar do centro a essência e o alvo do Evangelho, de sua mensagem e obra, são muito grandes.
Pastores, escritores e artistas cristãos produzem em escala industrial coisas que se tornarão, invariavelmente, produtos de consumo: mensagens, livros, CDs, ensinos, palestras, DVDs… Tudo tem seu preço, e tudo acaba alimentando esse mercado da fé. Numa linha muito tênue, o negócio se torna a pessoa, o pregador, o cantor, o escritor, sua corporação, sua visão, sua estrutura criada. Assim, o que fazem torna-se um fim em si mesmo, e não um meio para atingir algo mais elevado.
No genuíno pastoreio, contudo, precisamos ser cuidadosos e íntegros. Não se pode perder de vista que cuidamos de pessoas, e não de consumidores. O mercado não é o nosso negócio, muito menos o propósito do chamado e vocação pastoral. Somos cuidadores e referenciais de Jesus para o rebanho de Deus, ajudando ovelhas a permanecerem no Caminho.
***
Nelson Bomilcar é músico, pastor, missionário, compositor, produtor, conferencista e escritor. Há 36 anos exerce seu ministério no Brasil e tem suas canções, parcerias, produções e arranjos presentes em inúmeros trabalhos da música cristã nacional.

Fonte: Cristianismo Criativo. Divulgação: Púlpito Cristão. Via: Púlpito Cristão

domingo, 26 de maio de 2013

Protesto pacífico na Marcha para Jesus do Rio de Janeiro - 25 de maio de...

Protesto pacífico na Marcha para Jesus do Rio de Janeiro - 25 de maio de...

Protesto marcha para Jesus no Rio de Janeiro: Primeiras fotos.

Protesto marcha para Jesus no Rio de Janeiro: Primeiras fotos.





Obs: Duas primeiras fotos portal terra.

Jesus não é Je$u$… Protesto pacífico na MARCHA PRA JESUS(r) em Curitiba

Via crentassos.


Saudações, amiguinhos…

No ultimo sábado, aconteceu aqui em na capital paranaense a MARCHA PARA JESUS, um evento muitissimo conhecido pelo Brasil e pelo mundo (GOSPEL) a fora.
Nos do blog dos crentassos e mais um bando de marginais irmãozinhos abençoados, estivemos participando da festa, junto com todo o povo evangélico, curitibano!
Abaixo segue as fotos da nossa participação!

Agora, falando serio.
Estivemos lá, cerca de 20 pessoas todos de LUTO e carregando faixas questionando a politica e a injustiça q na maioria dos casos, recebe “vista grossa” por parte dos evangélicos, em especial os líderes envolvidos na politica.
Muitos dos marchadores se chocavam com as frases e com a nossa postura de ficar ESTÁTICOS e com uma MORDAÇA na boca (simbolizando a postura dos lideres e da igreja de um modo geral) e ainda com um caixão e a faixa: “Se a igreja está viva, não sepultem o evangelho”, muitos at´nos tomaram por ATEUS ou até SATANISTAS (é, pasmem). Mas ao passar pela equipe, muitos paravam de dançar e pular ao som dos monumentais carros de som tocando os maiores sucessos da musica evangélica nacional e internacional, para, ao ler, refletir sobre o protesto… Alguns até nos aplaudiram e vieram nos parabenizar.
Eu fui abordado por varias pessoas, de varias religiões, pois cheguei no local do protesto antes da farra passar, e como disse a todos, o prfotesto não foi CONTRA A MARCHA, pelo contrário, eu acho q uma reunião de 200 000 (dados dos organizadores) cristãos, num mesmo lugar, poderia fazer um grande estrago no anti reino, mas enquanto nosso objetivo for apenas, TOCAR SHOFAR, DECLARAR PROFETICAMENTE OBJETIVOS MESQUINHOS E EGOISTAS ou LEVANTAR A BANDEIRA DE UMA OU OUTRA ORGANIZAÇÃO ECLESIÁSTICA… Me perdoem, mas continuarei marchando na contra mão desse sistema!
Mais textos sobre o assunto em breve.


Leia mais http://crentassos.com.br/blog/2012/05/jesus-nao-e-jeu-protesto-pacifico-na-marcha-pra-jesusr-em-curitiba.html#ixzz2UPP3p8yA 
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domingo, 19 de maio de 2013

Menos $how, Mais Cruz: Marcha para Jesus em Curitiba PR



Graças a Deus, sua Igreja esta viva, e não está alheia ao que acontece no mundo chamado gospel.
Pelo terceiro ano seguido, seguidores de Jesus da cidade  de Curitiba, Paraná estiveram na chamada "Marcha para Jesus" para denunciar o falso evangelho do $how e pedir o evangelho da Cruz.
No blog abaixo a experiencia de nossos irmãos no evento:


http://mr3110.blogspot.com.br/

Vejam as fotos de Douglas Resende:







E não esqueçamos, no próximo dia 25 tem a Marcha no Rio de Janeiro-RJ, dia 30 em Guaxupé-MG e no próximo mês de junho em São Paulo-SP. Alem de marchas em outras cidades. Nas cidades citadas, se Deus permitir, estará alguém fazendo a proposta pela Volta ao Evangelho Puro e Simples nas outras quem sabe você esteja lá. Entrem em contato.

sábado, 18 de maio de 2013

“O Brasil será do Senhor Jesus” x “O meu Reino não é deste mundo”


 

blog19“Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim? Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” - João 18:33-36
Está aberta a temporada de “Marchas para Jesus” no Brasil, ocorrendo cada semana numa cidade diferente (no próximo sábado, no Rio de Janeiro). Também está sendo amplamente divulgada uma “manifestação pacífica” em frente ao Congresso Nacional no início de junho, que se diz “em favor da liberdade de expressão, liberdade religiosa, vida e família tradicional”. E também vemos já há tempos a infiltração de evangélicos na política, sendo que agora temos até um pré-candidato gospel à Presidência, o Pr. Everaldo Dias Pereira do PSC (mesmo partido do Marco Feliciano), que inclusive está aparecendo já nas propagandas gratuitas na tv.
Qual a razão alegada para todo esse movimento evangélico em torno de demonstração de força e busca do poder?
Uma profetada gospel lançada anos atrás e repetida ”papagadaioscamente” pelos líderes gospel: O BRASIL SERÁ DO SENHOR JESUS.
Por que digo que repetem essa profetada como papagaios (sem pensar)? Porque essa profetada é totalmente contrária à profecia bíblica! Ora, a Bíblia não diz que o Evangelho reinará em nenhuma nação. Ao contrário, a Palavra de Deus diz que no final as coisas vão ficar bem difíceis para os poucos que permanecerem firmes na fé, e só com a volta gloriosa de Cristo os que sobrarem à sua direita serão do Senhor Jesus.
(Quem ler em sua Bíblia algo diferente disso, por favor, me mande a passagem, não apenas a maldição gospel contra minha vida por ousar tocar nos “ungidos do sinhô”).
Assim, por que tanta ênfase, por parte das grandes lideranças gospel-evangélicas, na tomada do poder da nação através dos seus políticos, e de demonstrar a força e a grandeza do rebanho gospel através de “marchas” e “manifestações pacíficas”?
blog20Porque o interesse não é mais apenas cumprir a vontade de Deus.
Jesus cumpriu a vontade de Deus. Quando preso injustamente, e perante a autoridade romana, Jesus poderia ter invocado sua autoridade espiritual infinitamente superior. Uma simples ordem faria com que poucos anjos destruíssem toda a nação. E, se quisesse, Jesus poderia ter sido aclamado Rei, com o slogan “Roma é do Senhor Jesus”.
Mas não foi isso o que Ele fez. Ele permaneceu manso, como um cordeiro, mesmo sabendo que Seu destino seria o matadouro. Ele não buscou a influência política de Nicodemus e de outros do Sinédrio que, mesmo em silêncio, fossem favoráveis à Sua causa. Ele não orquestrou um levante com Seus seguidores, que poderiam em Sua defesa fazer manifestações e atos a favor de Sua libertação.
Ele não fez nada disso. Apenas se entregou a Seu destino, pois
“Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” - João 3:14-21
blog21Se Jesus tivesse ouvido o chamado de satanás (“Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” – Mateus 4.9), teria sido aclamado Rei das nações. As nações seriam do Senhor Jesus, já naquele tempo. Mas a vontade de Deus não teria sido feita, e sim a vontade de satanás.
Pense nisso tudo e reflita: “O Brasil será do Senhor Jesus” é de Deus? Isso está de acordo com as profecias bíblicas para os últimos tempos? Ou apenas serve de plataforma para que líderes gospel afoitos por fama, dinheiro e poder terreno possam buscar seus objetivos aqui na terra, usando o rebanho que os segue na ignorância bíblica como massa de manobra, como “gado gospel”?
Pense nisso tudo, antes de ir na próxima “marcha para jesus” ou “manifestação pacífica” com interesses políticos implícitos. Pense se está fazendo a vontade de Deus, ou se está fazendo a vontade de satanás.
Jesus estaria nas marchas e nessas manifestações pacíficas com fins eleitoreiros? Jesus estaria buscando poder terreno, poder político, poder sobre quem tem outras religiões ou outras orientações sexuais? Ou estaria servindo Àqueles que são marginalizados?
A história já nos mostrou o resultado da união da Igreja com o Estado. Pense nisso.
Se possível, leia agora Apocalipse 2 e 3, onde estão as mensagens às sete igrejas.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!

Fonte: estrangeira.wordpress.com


segunda-feira, 6 de maio de 2013


Raízes históricas da teologia da prosperidade


Alderi Souza de Matos 

O evangelicalismo brasileiro apresenta características apreciáveis e preocupantes. Entre estas últimas está o gosto por novidades. Líderes e fiéis sentem que, para manter o interesse pelas coisas de Deus, é preciso que de tempos em tempos surja um ensino novo, uma nova ênfase ou experiência. Geralmente tais inovações têm sua origem nos Estados Unidos. Assim como outros países, o Brasil é um importador e consumidor de bens materiais e culturais norte-americanos. Isso ocorre também na área religiosa. Um movimento de origem americana que tem tido enorme receptividade no meio evangélico brasileiro desde os anos 80 é a chamada teologia da prosperidade. Também é conhecida como “confissão positiva”, “palavra da fé”, “movimento da fé” e “evangelho da saúde e da prosperidade”. A história das origens desse ensino revela aspectos questionáveis que devem servir de alerta para os que estão fascinados com ele. 

Ao contrário do que muitos imaginam, as idéias básicas da confissão positiva não surgiram no pentecostalismo, e sim em algumas seitas sincréticas da Nova Inglaterra, no início do século 20. Todavia, por causa de algumas afinidades com a cosmovisão pentecostal, como a crença em profecias, revelações e visões, foi em círculos pentecostais e carismáticos que a confissão positiva teve maior acolhida, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. A história de seus dois grandes paladinos irá elucidar as raízes dessa teologia popular e mostrar por que ela é danosa para a integridade do evangelho. 

Essek W. Kenyon, o pioneiro 
Embora os adeptos da teologia da prosperidade considerem Kenneth Hagin o pai desse movimento, pesquisas cuidadosas feitas por vários estudiosos, como D. R. McConnell, demonstraram conclusivamente que o verdadeiro originador da confissão positiva foi Essek William Kenyon (1867-1948). Esse evangelista de origem metodista nasceu no condado de Saratoga, Estado de Nova York, e se converteu na adolescência. Em 1892 mudou-se para Boston, onde estudou no Emerson College, conhecido por ser um centro do chamado movimento “transcendental” ou “metafísico”, que deu origem a várias seitas de orientação duvidosa. Uma das influências recebidas e reconhecidas por Kenyon nessa época foi a de Mary Baker Eddy, fundadora da Ciência Cristã. 

Kenyon iniciou o Instituto Bíblico Betel, que dirigiu até 1923. Transferiu-se então para a Califórnia, onde fez inúmeras campanhas evangelísticas. Pregou diversas vezes no célebre Templo Angelus, em Los Angeles, da evangelista Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular. Pastoreou igrejas batistas independentes em Pasadena e Seattle e foi um pioneiro do evangelismo pelo rádio, com sua “Igreja do Ar”. As transcrições gravadas de seus programas serviram de base para muitos de seus escritos. Cunhou muitas expressões populares do movimento da fé, como “O que eu confesso, eu possuo”. Antes de morrer, em 1948, encarregou a filha Ruth de dar continuidade ao seu ministério e publicar seus escritos. 

Quais eram as crenças dos tais grupos metafísicos? Eles ensinavam que a verdadeira realidade está além do âmbito físico. A esfera do espírito não só é superior ao mundo físico, mas controla cada um dos seus aspectos. Mais ainda, a mente humana pode controlar a esfera espiritual. Portanto, o ser humano tem a capacidade inata de controlar o mundo material por meio de sua influência sobre o espiritual, principalmente no que diz respeito à cura de enfermidades. Kenyon acreditava que essas idéias não somente eram compatíveis com o cristianismo, mas podiam aperfeiçoar a espiritualidade cristã tradicional. Mediante o uso correto da mente, o crente poderia reivindicar os plenos benefícios da salvação. 

Kenneth Hagin, o divulgador 
O grande divulgador dos ensinos de Kenyon, a ponto de ser considerado o pai do movimento da fé, foi Kenneth Erwin Hagin (1917-2003). Ele nasceu em McKinney, Texas, com um sério problema cardíaco. Teve uma infância difícil, principalmente depois dos 6 anos, quando o pai abandonou a família. Pouco antes de completar 16 anos sua saúde piorou e ele ficou confinado a uma cama. Teve então algumas experiências marcantes. Após três visitas ao inferno e ao céu, converteu-se a Cristo. Refletindo sobre Marcos 11.23-24, chegou à conclusão de que era necessário crer, declarar verbalmente a fé e agir como se já tivesse recebido a bênção (“creia no seu coração, decrete com a boca e será seu”). Pouco depois, obteve a cura de sua enfermidade. 

Em 1934 Hagin começou seu ministério como pregador batista e três anos depois se associou aos pentecostais. Recebeu o batismo com o Espírito Santo e falou em línguas. No mesmo ano foi licenciado como pastor das Assembléias de Deus e pastoreou várias igrejas no Texas. Em 1949 começou a envolver-se com pregadores independentes de cura divina e em 1962 fundou seu próprio ministério. Finalmente, em 1966 fez da cidade de Tulsa, em Oklahoma, a sede de suas atividades. Ao longo dos anos, o Seminário Radiofônico da Fé, a Escola Bíblica por Correspondência Rhema, o Centro de Treinamento Bíblico Rhema e a revista “Word of Faith” (Palavra da Fé) alcançaram um imenso número de pessoas. Outros recursos utilizados foram fitas cassete e mais de cem livros e panfletos. 

Hagin dizia ter recebido a unção divina para ser mestre e profeta. Em seu fascínio pelo sobrenatural, alegou ter tido oito visões de Jesus Cristo nos anos 50, bem como diversas outras experiências fora do corpo. Segundo ele, seus ensinos lhe foram transmitidos diretamente pelo próprio Deus mediante revelações especiais. Todavia, ficou comprovado posteriormente que ele se inspirou grandemente em Kenyon, a ponto de copiar, quase palavra por palavra, livros inteiros desse antecessor. Em uma tese de mestrado na Universidade Oral Roberts, D. R. McConnell demonstrou que muito do que Hagin afirmou ter recebido de Deus não passava de plágio dos escritos de Kenyon. A explicação bastante suspeita dada por Hagin é que o Espírito Santo havia revelado as mesmas coisas aos dois. 

Reflexos no Brasil 
Os ensinos de Hagin influenciaram um grande número de pregadores norte-americanos, a começar de Kenneth Copeland, seu herdeiro presuntivo. Outros seguidores seus foram Benny Hinn, Frederick Price, John Avanzini, Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Hobart Freeman, Jerry Savelle e Paul (David) Yonggi Cho, entre outros. Em 1979, Doyle Harrison, genro de Hagin, fundou a Convenção Internacional de Igrejas e Ministros da Fé, uma virtual denominação. Nos anos 80, os ensinos da confissão positiva e do evangelho da prosperidade chegaram ao Brasil. Um dos primeiros a difundi-lo foi Rex Humbard. Marilyn Hickey, John Avanzini e Benny Hinn participaram de conferências promovidas pela Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno (Adhonep). Outros visitantes foram Robert Tilton e Dave Robertson. 

Entre as primeiras manifestações do movimento estavam a Igreja do Verbo da Vida e o Seminário Verbo da Vida (Guarulhos), a Comunidade Rema (Morro Grande) e a Igreja Verbo Vivo (Belo Horizonte). Alguns líderes que abraçaram essa teologia foram Jorge Tadeu, das Igrejas Maná (Portugal); Cássio Colombo (“tio Cássio”), do Ministério Cristo Salva, em São Paulo; o “apóstolo” Miguel Ângelo da Silva Ferreira, da Igreja Evangélica Cristo Vive, no Rio de Janeiro, e R. R. Soares, responsável pela publicação da maior parte dos livros de Hagin no Brasil. Talvez a figura mais destacada dos primeiros tempos tenha sido a pastora Valnice Milhomens, líder do Ministério Palavra da Fé, que conheceu os ensinos da confissão positiva na África do Sul. As igrejas brasileiras sofreram o impacto de uma avalanche de livros, fitas e apostilas sobre confissão positiva. Ricardo Gondim observou em 1993: “Com livros extremamente simples, [Hagin] conseguiu influenciar os rumos da igreja no Brasil mais do que qualquer outro líder religioso nos últimos tempos”. 

Conclusão 
Além de apresentar ensinos questionáveis sobre a fé, a oração e as prioridades da vida cristã, e de relativizar a importância das Escrituras por meio de novas revelações, a teologia da prosperidade, através dos escritos de seus expoentes, apresenta outras ênfases preocupantes no seu entendimento de Deus, de Jesus Cristo, do ser humano e da salvação. A partir dos anos 80, várias denominações pentecostais norte-americanas se posicionaram oficialmente contra os excessos desse movimento (Assembléias de Deus, Evangelho Quadrangular e Igreja de Deus). Autores como Charles Farah, Gordon Fee, D. R. McConnell e Hank Hanegraaff, todos simpatizantes do movimento carismático, escreveram obras contestando a confissão positiva e suas implicações. Eles destacaram como, embora essa teologia pareça uma maneira empolgante de encarar a Bíblia, ela se distancia em pontos cruciais da fé cristã histórica. 

No Brasil, três obras significativas publicadas em 1993 -- “O Evangelho da Prosperidade”, de Alan B. Pieratt; “O Evangelho da Nova Era”, de Ricardo Gondim; e “Supercrentes”, de Paulo Romeiro -- alertaram solenemente as igrejas evangélicas para esses perigos. Tristemente, vários grupos, principalmente os que têm maior visibilidade na mídia, estão cada vez mais comprometidos com essa teologia desconhecida da maior parte da história da igreja. Ao defenderem e legitimarem os valores da sociedade secular (riqueza, poder e sucesso), e ao oferecerem às pessoas o que elas ambicionam, e não o que realmente necessitam aos olhos de Deus, tais igrejas crescem de maneira impressionante, mas perdem grande oportunidade de produzir um impacto salutar e transformador na sociedade brasileira. 


• Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e "Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil". 
asdm@mackenzie.com.br



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Intimidação, digo, notificação extrajudicial dos organizadores do evento gospel Herdeira



AO




Movimento pela Ética Evangélica BrasileiraAtt: Pr. Paulo Siqueira e  Sr. Ideraldo de Figueiredo
Prezados Senhores,
Somos do Escritório  Jorge Vacite Neto Advogados Associados que representa os interesses da  Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul.
Desta feita, serve o presente para NOTIFICÁ-LOS EXTRAJUDICIALMENTE nos termos deduzidos no documento em anexo, que também segue colacionado abaixo.
Certos de vossa colaboração,
JVN – JORGE VACITE NETO ADVOGADOS ASSOCIADOS
[...]
RIO DE JANEIRO – SÃO PAULO – BRASÍLIA – BELO HORIZONTE – ITAJAÍ – BARCELONA
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ILUSTRÍSSIMO SENHOR TABELIÃO DO CARTÓRIO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
NOTIFICADO:       Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, devidamente representado pelo Pr. Paulo Siqueira e pelo Sr. Ideraldo de Figueiredo.
NOTIFICANTE:   Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul.
Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul., entidade religiosa, sem fins lucrativos, inscrita no CNPJ sob o nº. XXX, com sede na Praia do Flamengo, nº. 72-A, Rio de Janeiro, representada por seu presidente Marco Antônio Rodrigues Peixoto, brasileiro, casado, Pastor Evangélico, titular da carteira de identidade nº. XXX, expedida pelo IFP e inscrito no CPF sob o nº. XXX, vem por seu advogado, à presença de Vossa Senhoria, requerer a

N O T I F I C A Ç Ã O

do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, devidamente representado pelo Pr. Paulo Siqueira e pelo Sr. Ideraldo de Figueiredo Figueiredo, pelos motivos que passa a expor:
 1 – A Notificante é a organizadora da Conferência Herdeira 2013, que será realizada no Ginásio Gilberto Cardoso – Maracanãzinho – no dia 04 de maio do corrente ano;
2 – Nessa qualidade, a Notificante recebeu missiva dirigida à mesma pelo Notificado (documento anexo), na qual foi informada que representantes e membros desse último se farão presentes na Conferência Herdeira 2013;
3 – No citado documento, o Notificado afirma que:
a)     Busca esclarecer o que é e quais são seus propósitos para evitar conflitos desnecessários, decorrentes da incompreensão de nossos motivos e anseios.”;
b)     Reconhece na pessoa do Pr. Paulo Siqueira, idealizador e promotor deste movimento, nosso representante.”;
c)     Pretende “estar no evento Herdeira com nossas faixas e camisetas, de forma totalmente pacífica, expressando, neste espaço público que nos fora reservado, aquilo que acreditamos ser um chamado à santidade e à unidade”;
d)     “Gostaríamos de solicitar que os Organizadores do evento Herdeira alertem sua equipe e, se possível, os participantes quanto a nossas intenções pacíficas, evitando assim conflitos desnecessários como na última edição da Marcha para Jesus em São Paulo, quando fomos alvo de insultos, agressões e coerções.”;
e)     “(…) gostaríamos de solicitar que busquem alertar seus integrantes – em especial à equipe de segurança – que não é lícito o roubo de nossas faixas, afinal o roubo de qualquer bem é crime, e é pecado – não convém que o povo de Deus seja associado a tais práticas –“;
 f)       “Reconhecemos que temos total direito de nos manifestar através de faixas e camisetas, pois no atual Estado de direito é garantida a livre expressão.”
4 – Dúvida não pode haver, pela leitura do texto completo, bem como pelos trechos acima destacados, que os representantes do Notificado e seus eventuais membros, pretendem, assim como o fizeram na Marcha para Jesusrealizar verdadeira manifestação exteriorizada por palavras de ordem, camisetas, faixas e galhardetes durante a Conferência Herdeira 2013;
5 – Nesse contexto, através da presente, cumpre esclarecer que, ao contrário da Marcha para Jesus, que ocorreu em vias públicas, sendo objeto de mera autorização conferida pelo Poder Público, a Conferência Herdeira 2013, terá lugar em local privado, objeto de contrato de uso de espaço junto à SUDERJ, o que caracteriza situação jurídica análoga à locação e transfere toda a administração do espaço, bem como dos objetos e ações que ali podem ter lugar à Notificante;
– Embora seja evidente que a Conferência Herdeira 2013, organizada pela Notificante é um evento aberto ao público, resta igualmente claro que se trata de evento privado, sujeito a regras próprias e cujos comportamentos esperados por parte dos participantes são do congraçamento, aprendizado e oração;
7 – Nos exatos termos tornados públicos por diversos meios de comunicação, a Conferência Herdeira tem mobilizado mulheres ao redor do mundo. O evento nasceu há 10 anos com o importante desafio de equipar e conscientizar a mulher quanto ao seu papel e valor. No evento estarão reunidas mulheres e participantes de outras cidades do mundo e de diferentes realidades, para que todos conheçam melhor o propósito para o qual as mulheres foram criadas e os instrumentos que as mesmas detêm para realizar as maiores conquistas;
8 – Precisamente dentro desse contexto, e visando que o foco do evento seja aquele apresentado para todo o público por seus organizadores, não será permitida a entrada ou a manutenção dentro do local do evento de qualquer material de publicidade – camisetas, painéis, galhardetes, faixas e similares, de qualquer natureza – estranhos ao objeto e à Conferência Herdeira 2013;
9 – Como resta evidente, a Notificante não pode permitir que, o momento e local de realização da Conferência Herdeira 2013, seja utilizado por outros grupos ou entidades, sem sua expressa e prévia autorização, para qualquer finalidade ou movimento estranho ao evento;
10 – Nesse contexto e de forma expressa, a Notificante, pelo presente instrumento, informa que o Notificado, seus representantes e seus membros, embora possam participar livremente da Conferência Herdeira 2013NÃO estão autorizados a ingressar com nenhum material promocional – camisetas, painéis, galhardetes, faixas e similares, de qualquer natureza –,equipamentos de som ou qualquer outro equipamento ou material, bem como NÃO estão autorizados a utilizar o momento e local de realização da Conferência Herdeira 2013, para qualquer finalidade ou movimento estranho ao evento;
11 – Ressalte-se que de nenhuma forma se pretende obstaculizar a livre manifestação do pensamento ou de expressão, que poderá ser realizada pelo Notificado em outros locais e em outras oportunidades, mas não em um evento privado, em local arrendado para esse fim pela Notificante apenas para a realização da Conferência Herdeira 2013;
12 – Por fim, cumpre destacar que qualquer ato em desacordo com o que figura no conteúdo da presente Notificação, notadamente causando tumulto, desconforto aos participantes ou qualquer outro tipo de problema durante a realização da Conferência Herdeira 2013, caracterizará a PRÁTICA DE ABUSO DO EXERCÍCIO DE LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO E EXPRESSÃO, ficando, portanto, sujeito às sanções civis e criminais previstas em lei;
 13 – Qualquer conduta da Notificada, de seus representantes ou de seus membros, em sentido contrário ao ora exposto na presente Notificação, irá acarretar a tomada pelaNotificante de todas as medidas que considerar necessárias, inclusive com eventual uso de força policial, sem prejuízo das medidas judiciais cabíveis.
Por todo o exposto, reiterando o convite de participação harmônica, pacífica e não direcionada a nenhum objeto diverso ou estranho aos objetivos da Conferência Herdeira 2013, tem a presente a finalidade de NOTIFICAR o Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, devidamente representado pelo Pr. Paulo Siqueira e pelo Sr. Ideraldo de Figueiredo, dos fatos acima narrados, requerendo que o mesma, se abstenha da prática de qualquer ato em desacordo com o ora exposto durante toda a realização da Conferência Herdeira 2013.
Feita a NOTIFICAÇÃO ora pleiteada, requer, ainda, seu subscritor, a entrega, independentemente de traslado, para fins de futuros procedimentos judiciais.
Rio de Janeiro, 02 de maio de 2013.
Att.
Jorge Vacite Neto
OAB/RJ 63.592
Algumas considerações:
1- Nunca invadimos eventos fechados ou privados gospel. Não usamos de palavras de ordem. Nossa manifestação é totalmente pacífica, apenas contando com faixas e camisetas com versículos bíblicos. Sempre nos posicionamos na via pública ou em calçada não pertencente ao local do evento gospel justamente em respeito ao direito de seus organizadores, e como tal também esperamos ser respeitados no nosso direito de expressão;
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2- Nossas faixas e camisetas trazem versículos bíblicos. É absurdo imaginar que os mesmos líderes gospel que dizem pregar a Palavra de Deus se sintam incomodados em ver estampadas nas faixas e camisetas versículos contidos em suas Bíblias, mas isso acontece – quase sempre, infeliz e tristemente;
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3- Estamos totalmente e sempre abertos ao diálogo, mas certas lideranças gospel preferem enviar seus advogados. Será falta de argumentação teológica para o que pregam?;
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4- Embora “notificados”, perseveraremos e lá estaremos, neste e em qualquer evento gospel onde seja necessário levar a Igreja à reflexão sobre seu papel no mundo e a proclamação do Reino. E levaremos os mesmos versículos que alguns líderes gospel gostariam de rasgar de suas bíblias particulares;
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5- Mais do que nunca, voltemos ao Evangelho puro e simples, o $how tem que parar!
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6- A história se repete. Há dois mil anos, um certo nazareno foi perseguido pelos líderes religiosos de sua época porque insistia em pregar a Palavra de Deus como ela realmente é.
“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” - Mateus 5:11-12



Carta aberta que publicamos anteriormente:

Carta aberta aos organizadores do evento Herdeira, no Maracanazinho, RJ

 
 
 
 
 
 
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blog16Caros organizadores,
Nós, do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, viemos por meio deste instrumento esclarecer quem somos, nosso objetivo e o porque nos faremos presentes no “Herdeira”. Entendemos que este esclarecimento se faz necessário para evitar conflitos desnecessários, decorrentes da incompreensão de nossos motivos e anseios.
O Movimento pela Ética Evangélica Brasileira é um movimento de expressão nacional, que surgiu como a manifestação de uns poucos em resposta a escândalos protagonizados por lideranças evangélicas. Este pequeno grupo não tinha a intenção de iniciar um movimento, nem a expectativa de que tantos, em diversos Estados, viessem a aderir à nossa causa e promover manifestações em outras localidades.
O objetivo deste movimento é ser uma voz da Igreja, pela Igreja e para a Igreja, denunciando a corrupção ética, a incoerência entre discurso e prática, assim como destacando a beleza da Igreja que tem agido mesmo não recebendo o devido destaque, destaque este que, infelizmente, tem sido dado somente aos escândalos que nos dividem e nos alienam.
Somos um grupo interdenominacional e, por assim ser, não defendemos uma linha doutrinária específica. Mesmo assim, reconhecemos que a doutrina que nos é comum transcende nossas diferenças e encontramos nela o parâmetro para avaliar o discurso e a ação da Igreja no Brasil. Concordamos com os credos antigos, temos a Bíblia como nossa regra de fé e prática e buscamos depender da orientação e da proteção do Espirito Santo de Deus para que a Verdade nos seja cada vez mais clara e para que nossas mentes não deturpem a Verdade conformando-a aos nossos desejos, anseios e percepções pessoais.
Não concordamos com algumas doutrinas onde o ensino se centraliza na satisfação dos desejos e vontades dos fiéis, ao invés da vontade de Deus; onde nosso Deus é trasvestido como sendo um deus mesquinho que negocia curas, milagres e prosperidade em troca da devoção e sacrifícios dos fiéis, sacrifícios estes que muitas vezes se caracterizam pela exploração financeira dos fiéis; que possibilitam que líderes eclesiásticos se utilizam de sua influência para manipular politicamente os fiéis em favor de interesses particulares; onde se descontextualizam passagens e versículos bíblicos, de modo que justifiquem qualquer doutrina de interesse privado; que favorecem a construção de grandes templos, catedrais, estratégias imperialistas e manutenção da maquina eclesiástica mas que muito pouco fazem por aqueles que precisam, esquecendo-se daqueles que a Bíblia chama de “órfãos, viúvas e estrangeiros. Por isso defendemos por meio de nosso protesto que os fiéis busquem aprender a ler a Palavra de Deus destituídos de lentes doutrinárias, que estes busquem ferramentas que os possibilitem avaliar o ensino que tem recebido e que, uma vez que encontrem desvios entre a Palavra de Deus e o ensino que tem recebido, procurem seus mestres/pastores e os exortem em amor a um caminho mais excelente. Cremos que uma Igreja que saiba manejar bem as Escrituras e que nelas busca direção dificilmente se dobrará a qualquer vento de doutrina que contrarie a Verdade Bíblica. Cremos que o conhecimento verdadeiro do Evangelho é essencial para o amadurecimento da Igreja.
Reconhecemos que a Igreja é a noiva de Cristo apesar de, no momento, estar dividida e contaminada pelo pecado. Não temos expectativas de que nossas ações venham a ser a solução para essa divisão e para essa contaminação – cremos que a ação redentiva para a Igreja se encontra em Jesus, e somente em seu Governo esta será totalmente purificada e restaurada. Dessa forma, nossa voz tem como propósito:
1) destacar para a sociedade que existem aqueles que não concordam com a corrupção ética evidente em muitas de nossas lideranças e em muitos cristãos de forma geral;
2) animar e fortalecer a Igreja de Jesus, que se sente acuada, constrangida e sozinha, lembrando-a que Jesus já havia dito que dias como os nossos chegariam e que nosso chamado a sermos luz se faz ainda mais necessário em nossos dias;
3)denunciar o pecado em nosso meio, não como forma de atacar lideres e Ministérios específicos, mas desvinculado a denúncia, tornando-a uma declaração universal não dirigida – reconhecemos que essa tarefa é particularmente difícil, porém temos pedido orientação e discernimento para que possamos fazê-la;
4)persuadir lideranças e cristãos de forma geral a refletirem sobre suas ações, suas intenções, sua doutrina, suas posturas e comportamento;
5)incentivar, acolher e apoiar lideranças que, reconhecendo o seu pecado e o impacto desse sobre a Igreja, queiram mudar;
6)incentivar ações que entendemos como próprias aos filhos de Deus;
7)promover a unidade na Igreja.
No dia 4 de maio nós, do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, pretendemos estar no “Herdeira”. Entendemos que esse espaço de foro público nos pertence também, afinal, como evangélicos, também temos o direito de nos fazer presentes em um evento público que tem como finalidade dar voz e expressão aos evangélicos. Estaremos nos manifestando por meio de camisetas com frases bíblicas e faixas com dizeres bíblicos que visam a despertar a Igreja brasileira para a Verdade bíblica e o impacto que esta deve ter em nossa sociedade.
Pretendemos estar no “Herdeira” com nossas faixas e camisetas, de forma totalmente pacífica, expressando, neste espaço público que nos fora reservado, aquilo que acreditamos ser um chamado à santidade e à unidade: uma palavra de Deus para a Igreja através da Igreja, convidando todos a um novo compromisso para com Deus, para uns com os outros e para com a sociedade.
Gostaríamos de solicitar que os Organizadores do “Herdeira” alertem sua equipe e, se possível, os participantes quanto a nossas intenções pacíficas, evitando assim conflitos desnecessários. Sabemos que não precisamos lembrá-los disso, mas gostaríamos de solicitar que que busquem alertar seus integrantes – em especial à equipe de segurança – que não é lícito o roubo de nossas faixas, afinal o roubo de qualquer bem é crime, e é pecado – não convém que o povo de Deus seja associado a tais práticas.
Reafirmamos que nosso movimento é totalmente pacífico, condizente com o que é esperado de cristãos. Reconhecemos que temos total direito de nos manifestar através de faixas e camisetas, pois no atual Estado de direito é garantida a livre expressão. Nossas faixas e camisetas não se referem a nenhum líder ou denominação em especial, pois buscamos apontar os ensinos enganosos atribuídos ao nome de Jesus Cristo. Reafirmamos nosso amor e compromisso para com a Igreja de Cristo, e nossa manifestação não passa de uma das formas que encontramos de exercer nosso amor e compromisso para com Cristo e para com a Igreja.
Nossa oração é que tudo ocorrerá na mais perfeita ordem, conforme o que se espera de verdadeiros cristãos.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos,
MOVIMENTO PELA ÉTICA EVANGÉLICA BRASILEIRA
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!
A DEUS, TODA A HONRA E TODA A GLÓRIA PARA SEMPRE

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Homem é preso por protestar contra Gideões em Camboriú




Um homem foi preso na tarde de domingo, 28 de Abril, durante o congresso dos Gideões Missionários da Última Hora. O manifestante, já conhecido por protestos no balneário Camboriú, também em Santa Catarina, entrou no ginásio Irineu Bornhausen, onde ocorrem os cultos, portando cartazes que criticavam a postura dos pastores evangélicos. “Jesus, cadê o chicote?”, questionava um dos cartazes. Em outro, estava escrito: “Alô vendilhões do templo, mercadores da fé. Jesus vem com o chicote”.

Segundo o tenente da polícia militar, Tiago Ghilardi, o homem foi autuado pelo artigo 208, por ultraje ao culto e perturbação de culto religioso.


Li primeiro no Genizah  : http://www.genizahvirtual.com


Original:

http://linhapopular.com.br/novo/2013/04/29/homem-e-preso-por-protesto-contra-gideoes/



NOTA: Creio que não foi prudente este senhor fazer o protesto dentro do Ginásio, mas o protesto é muito mais que válido.  A Constituição brasileira nos assegura o direito de livre expressão e manifestação. Gostaria de convocar os leitores desta blog, principalmente os da região de Santa Catarina, que acreditam na nossa proposta: "Voltemos ao Evangelho Puro e Simples, o $$$how tem que parar!" a estar no próximo ano, fazendo esta proposta no Evento ( no lado de fora do Ginásio e pela cidade).
Se queriam calar a mensagem contida nos cartazes, eles até conseguiram em relação aos presentes no evento, mas muitos a conhecerão graças a Internet. Repassem a foto e a notícia em suas redes sociais.
Professor Valentim: Conte conosco.

JESUS! CADE O CHICOTE? ALÔ VENDILHÕES DO TEMPLO, MERCADORES DA FÉ. JESUS VEM COM O CHICOTE.