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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Ano novo, porém o nosso Deus é o mesmo de geração a geração


“Então tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR.” – 1 Samuel 7.12
Nesta noite veremos findar mais um ano, e logo um novo ano nasce em todo o planeta terra.
Como brasileiros que somos, esta data é marcada por muitas ações e movimentos de todo o povo, sendo isso um traço bastante importante que revela o quão grande é a nossa cultura.
Muitos são os que passaram horas dentro de um carro, com calor, para chegar ao litoral, pois essa data só tem sentido se for passada às margens do mar. Daí vem as tradições de pular ondas, de fazer pedidos, e essas tradições ultrapassam o tempo, para muitos.
Nesta data, o misticismo se revela de uma forma abrasadora em todos os cantos da nossa nação, revelando-nos que religião e tradição são pontos centrais em nossa cultura. Nessa noite, muitos não comem certos animais, não vestem certas cores de roupas, não citam palavras de pessimismo ou que denotem derrota. Nessa noite, muitos santos são invocados e muitas palavras de vitória e de triunfalismo são pronunciadas.
Até mesmo aqueles que se dizem ateus, nessa noite, se apegam a alguma fórmula mágica para ter um novo ano próspero e cercado de triunfo.
Infelizmente, todo esse ar místico, triunfalista, cercado de palavras mágicas também se adaptou às tradições evangélico-cristãs. Nesta noite, em muitas igrejas, haverá revelações que determinarão qual o profeta, ou qual o apóstolo dominará o próximo. Em muitas igrejas, haverá orações de triunfalismo, de prosperidade, cura e uma palavra estará no seio de tudo isso: este ano é o ano da vitória, este é o ano em que você irá realizar os seus sonhos.
É claro que, para tudo isso, haverá um “preço” a ser pago. E aqui vem os meus temores.
Neste ano que passou, eu, juntamente com vários irmãos e irmãs, estivemos envolvidos em diferentes ações para promover um despertamento nacional à volta do Evangelho puro e simples de Jesus. Através do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira (MEEB), chamamos a atenção da Igreja de Cristo no Brasil que o $how tem que parar.
Durante este ano, estive presente na maioria dos grandes eventos gospel que aconteceram nas principais capitais, e tive contato com um pouco de tudo que está acontecendo em nossa nação, e confesso aos irmãos, termino este ano muito triste e angustiado com tudo o que vi.
Minha angústia e tristeza aumentam mais porque, nesta noite, muitos apóstolos, bispos, patriarcas, pastores, missionários estarão lançando novos projetos para o próximo ano, e lamentavelmente, muito do que me entristeceu neste ano estará acontecendo novamente no próximo.
Eu não consigo entender porque o povo brasileiro não põe fim ao discurso de muitos desses homens. Não consigo entender como que homens que dizem pregar a Palavra de Deus se aliam às formas contradizentes aos ensinos bíblicos. Como pode Silas Malafaia, Estevâo Hernandes, Robson Rodovalho, os Valadão, depois de anos e anos declarando que a Rede Globo era do diabo, que seus funcionários faziam pactos com o diabo para alcançar o sucesso (e isso fora dito de púlpito, em congressos, em programas de rádio e tv) e hoje, do nada, assinam contrato de apoio a essa emissora.
Entendem a minha angústia?
Isso está se espalhando por todo o Brasil. Valores como caráter, integridade, santificação, mansidão, pureza, misericórdia, solidariedade, humildade são valores ultrapassados pela ganância do poder político e do poder financeiro. Não há sentido, para muitos desses homens, um pastor ser reconhecido pela sua humildade e pela sua sabedoria. Para muitos desses, o que importa é o seu número de seguidores e o quanto se consegue transformar, desse número de seguidores, em cifrões, que muitas vezes ultrapassam somas em moeda nacional.
Para muitas igrejas evangélicas o alvo é o mundo.
Não pense você que o objetivo desses homens é abranger somento o âmbito nacional. Seus interesses vão além dos limites das nossas fronteiras.
Confesso: estou angustiado. Porém me vejo como o salmista, e então me lembro do Salmo 121:1-2:
“Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra.” – Salmos 121:1-2
Só posso recorrer a Deus, pois para lutar em uma batalha tão desigual (para muitos desses sou um insignificante, e para outros, filho do diabo), minhas orações são voltadas na esperança de que Deus não perdeu o controle do nosso país, e que Ele ainda levanta profetas em meio ao pecado e aos desvios de conduta do Seu povo.
Deus é o Deus da história, e Ele é e se faz perceber e transcender ao longo da história. Assim Ele o fez em meio à história de Israel, e o faz até hoje em meio à Igreja que nasceu após a ressurreição do Cristo. E temos demonstração disso na história com a Reforma, com os avivamentos, e até hoje é Ele que segura, com mão forte, os desígnios da Igreja.
Um novo ano nasce e em meu coração renasce a esperança.
Sei que muito do que creio é uma grande utopia, porém certa vez aprendi que a utopia não é o fim, mas a utopia é um horizonte que funciona para nós como um limite ou até uma barreira. Porém, a utopia também serve para nos fazer olhar para o alto, e assim como diz o salmista, é diante dos montes que elevo meus olhos para Aquele que criou a terra e tem todo o poder sobre ela.
Diante disso, me deparei com esse texto onde Samuel, diante das dificuldades de uma grande batalha, ousou crer num Deus que está acima de todas as dificuldades. Até mesmo das imagináveis.
“Então tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mizpá e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR.” – 1 Samuel 7:12
Gosto muito desta palavra: Ebenézer. Em uma breve pesquisa, descobri que Ebenézer significa “pedra de ajuda”, e que provém de uma palavra hebraica que nos traz a indicação de ajuda e de apoio. Palavras derivadas de ézer são empregadas aproximadamente oitenta vezes no Antigo Testamento. Usa-se essas derivações em vários nomes próprios, compostos junto com formas do nome divino (tanto El quanto Yah): Azarel (Deus ajudou), Azriel (Deus é minha ajuda), Azarias (O Senhor ajudou) e Esdras (ajuda, mais possivelmente derivado de uma forma que significa O Senhor ajuda).
O importante nesse trecho é ver que Samuel coloca um marco, ou seja, uma pedra, para deixar para as gerações que o povo de Israel dependia do auxílio divino. Essa é a marca do povo de Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento.
Nosso auxílio vem de Deus, e tudo o que temos de dependência ou necessidade vem de Deus. Quantas batalhas Israel venceu pela dependência das mãos do Senhor?
Essa é a mensagem dos profetas. Essa é a mensagem deixada por Jesus aos Seus apóstolos. Essa é a mensagem que nós do MEEB lutamos para os nossos dias.
Que nesta noite, ao rugir do novo ano, não pule sete ondas, não fique preso a um prato de lentilhas, não fique preso a mais uma revelação do apóstolo da sua igreja. Mas que, no coração de cada cristão, renasça a esperança revestida da certeza de que nós, o povo escolhido, o povo comprado pelo sangue de Cristo cremos no auxílio divino.
Essa é a grande motivação para nós: o nosso Deus vive e nos amou de tal maneira que enviou Seu Único Filho para que todos os que Nele crêem não pereçam, mas desfrutem da vida eterna.
Essa é a mensagem que renasce no ressurgir do novo ano. Essa é a mensagem para todo o homem e toda mulher que vive nessa terra.
Que coloquemos abaixo toda a heresia, todo o misticismo, com a única certeza: o Senhor vive e reina para todo o sempre.
Deus abençoe a todos e todas em mais um ano em que o fôlego de vida será nos dado, porque a misericórdia, a Graça e o amor de Deus se renovarão em nossas vidas todos os dias do próximo ano.
Que assim seja na vida de todos e todas,
Paulo Siqueira
http://pedrasclamam.wordpress.com/

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