Novamente eu e o grupo que luta pela volta ao Evangelho puro e simples retornamos à Expocristã. Mais um ano se passou, e nada mudou, a não ser a ênfase nos discursos que, desde a sua abertura, tendem a proclamar que o objetivo maior da pregação do Evangelho é o lucro desenfreado.
Segundo Silas Malafaia, pregador do culto de abertura da Expocristã 2011, quem não tem interesse pela prosperidade é um trouxa. Após ouvir isso, me lembrei de um velho livro de Max weber, “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, onde, na época, o autor destacava as influências do capitalismo no comportamento cotidiano da igreja e
de seus líderes.
Foi interessante ver e ouvir Silas Malafaia citar Napoleão Bonaparte e Michael Jordan como exemplos de sucesso para uma platéia em sua maioria de pastores. Não seria Jesus o exemplo a ser seguido? Não, no espírito do capitalismo o exemplo é aquele que vence e está em evidência, pois no capitalismo “quem não faz poeira, come”.
Somente há a busca desenfreada pelo lucro, que os ditos “cristãos evangélicos” podem proporcionar num mundo capitalista. Essa é a linguagem nas pregações, nas músicas, nos livros, enfim, esse é o tema do momento.
Palavras como salvação, renúncia, libertação dos pecados, são palavras antagonistas à regra geral do capitalismo. Com isso me lembrei que um dos pontos combatidos pelos reformadores era o fato da igreja usufruir e lucrar com a venda dos objetos ditos sagrados.
Não vi, na Expocristã, a venda de pedaços da cruz de Cristo, mas vi filas intermináveis, gritos histéricos e desesperados em busca de autógrafos de líderes e cantores evangélicos. Antigamente, isso chamava-se idolatria, mas no mundo gospel é até pecado falar nisso.
Saí da Expocristã cabisbaixo, pois anos atrás se orava de forma fervorosa para que a igreja brasileira crescesse, e ela cresceu, porém junto vieram as vaidades, a cobiça, a idolatria, a busca desenfreada pelos tesouros deste mundo. Vi diversas e diversas bíblias, porém percebo que o que mais se destaca não é a tradução ou o texto bíblico, mas os comentários, as notas de rodapé, tanto que alguns ditos “doutores” têm até bíblias em seu nome.
O que se temia anteriormente era a ignorância do povo, porém a ignorância se vence com a educação. O que eu vejo nos dias de hoje é que o povo evangélico brasileiro está alienado das essências do verdadeiro Evangelho de Cristo.
O grande foco é o lucro, tão combatido pelos reformadores na Idade Média, mas que hoje, divulgado, propagado pelo espírito do capitalismo, se tornou o grande valor para muitos líderes e para muitos evangélicos.
Nós, mais uma vez, estivemos lá, chamando ao povo que se volte ao Evangelho puro e simples, onde as barganhas, a cobiça, os tesouros desta terra não tomem o lugar de Cristo nos corações. É uma tarefa bastante árdua, pois estamos indo contra a maré.
Vocês precisavam ver os olhares em direção às frases de nossa simples camiseta, que dizia “voltemos ao Evangelho puro e simples, o $how tem que parar”. Olhares de desprezo, alguns de raiva, e alguns com verdadeiro descaso, mas era notório que a frase e o versículo expressos na camiseta ardiam nos olhos de muitos.
Muita gente nos pediu uma camiseta, outros perguntaram onde comprar, algumas pessoas nos pararam pedindo para tirar fotos e um dos principais líderes evangélicos nos parou por alguns minutos, para perguntar o que nós queríamos.
Para mim, o ponto central da Expocristã foi um encontro olho a olho com o líder da Igreja Renascer, onde tive a oportunidade de lhe agradecer pelas agressões sofridas na Marcha para Jesus 2011. Foi marcante.
A luta continua. Parece um pouco desigual, pois somos algumas formiguinhas que insistem em enfrentar os elefantes, mas estamos firmados na Palavra, e essa Palavra tem sido lâmpada para os nossos pés, pois nossos olhos ainda contemplam os que sofrem pelo mundo, e os que estão a padecer em prol do Evangelho.
A Palavra de Deus é nossa única inspiração, e é por ela que nós lutamos e continuamos a praticar o amor e a misericórdia em prol de todo o mundo.
“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” – 1 Coríntios 1:27-29
Segundo Silas Malafaia, pregador do culto de abertura da Expocristã 2011, quem não tem interesse pela prosperidade é um trouxa. Após ouvir isso, me lembrei de um velho livro de Max weber, “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, onde, na época, o autor destacava as influências do capitalismo no comportamento cotidiano da igreja e
de seus líderes.
Foi interessante ver e ouvir Silas Malafaia citar Napoleão Bonaparte e Michael Jordan como exemplos de sucesso para uma platéia em sua maioria de pastores. Não seria Jesus o exemplo a ser seguido? Não, no espírito do capitalismo o exemplo é aquele que vence e está em evidência, pois no capitalismo “quem não faz poeira, come”.
Somente há a busca desenfreada pelo lucro, que os ditos “cristãos evangélicos” podem proporcionar num mundo capitalista. Essa é a linguagem nas pregações, nas músicas, nos livros, enfim, esse é o tema do momento.
Palavras como salvação, renúncia, libertação dos pecados, são palavras antagonistas à regra geral do capitalismo. Com isso me lembrei que um dos pontos combatidos pelos reformadores era o fato da igreja usufruir e lucrar com a venda dos objetos ditos sagrados.
Não vi, na Expocristã, a venda de pedaços da cruz de Cristo, mas vi filas intermináveis, gritos histéricos e desesperados em busca de autógrafos de líderes e cantores evangélicos. Antigamente, isso chamava-se idolatria, mas no mundo gospel é até pecado falar nisso.
Saí da Expocristã cabisbaixo, pois anos atrás se orava de forma fervorosa para que a igreja brasileira crescesse, e ela cresceu, porém junto vieram as vaidades, a cobiça, a idolatria, a busca desenfreada pelos tesouros deste mundo. Vi diversas e diversas bíblias, porém percebo que o que mais se destaca não é a tradução ou o texto bíblico, mas os comentários, as notas de rodapé, tanto que alguns ditos “doutores” têm até bíblias em seu nome.
O que se temia anteriormente era a ignorância do povo, porém a ignorância se vence com a educação. O que eu vejo nos dias de hoje é que o povo evangélico brasileiro está alienado das essências do verdadeiro Evangelho de Cristo.
O grande foco é o lucro, tão combatido pelos reformadores na Idade Média, mas que hoje, divulgado, propagado pelo espírito do capitalismo, se tornou o grande valor para muitos líderes e para muitos evangélicos.
Nós, mais uma vez, estivemos lá, chamando ao povo que se volte ao Evangelho puro e simples, onde as barganhas, a cobiça, os tesouros desta terra não tomem o lugar de Cristo nos corações. É uma tarefa bastante árdua, pois estamos indo contra a maré.
Vocês precisavam ver os olhares em direção às frases de nossa simples camiseta, que dizia “voltemos ao Evangelho puro e simples, o $how tem que parar”. Olhares de desprezo, alguns de raiva, e alguns com verdadeiro descaso, mas era notório que a frase e o versículo expressos na camiseta ardiam nos olhos de muitos.
Muita gente nos pediu uma camiseta, outros perguntaram onde comprar, algumas pessoas nos pararam pedindo para tirar fotos e um dos principais líderes evangélicos nos parou por alguns minutos, para perguntar o que nós queríamos.
Para mim, o ponto central da Expocristã foi um encontro olho a olho com o líder da Igreja Renascer, onde tive a oportunidade de lhe agradecer pelas agressões sofridas na Marcha para Jesus 2011. Foi marcante.
A luta continua. Parece um pouco desigual, pois somos algumas formiguinhas que insistem em enfrentar os elefantes, mas estamos firmados na Palavra, e essa Palavra tem sido lâmpada para os nossos pés, pois nossos olhos ainda contemplam os que sofrem pelo mundo, e os que estão a padecer em prol do Evangelho.
A Palavra de Deus é nossa única inspiração, e é por ela que nós lutamos e continuamos a praticar o amor e a misericórdia em prol de todo o mundo.
“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele.” – 1 Coríntios 1:27-29
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