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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

sábado, 1 de junho de 2024

quinta-feira, 30 de maio de 2024

quarta-feira, 22 de maio de 2024

MOVIMENTO IGREJA SEM POLÍTICA NAS RUAS - 26.11.23

Conheço muito pouco deste movimento "Igreja sem politica" e seus idealizadores, mas não tem como discordar que igreja não deve se envolver com politica. Cristãos como cidadãos podem e devem exercer sua cidadania e defender suas ideias inclusive no que diz respeito ao estado, mas atrelar isso a igreja e usar o nome de Jesus para isso é heresia. Como dizia o sábio "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa". Naõ podemos levar a politica para a igreja e nem a igreja para a politica. Segue-se um video do movimento em uma das manifestações idealizadas por lideres evangélicos que misturam seus interesse politicos com a igreja. Observem a mitureba que o povo faz com temas politica, liberdade, igreja e ensinos de Jesus... Fonte YOUTUBE: https://www.youtube.com/watch?v=mqUvTNEiHhE

terça-feira, 9 de abril de 2024

Ninguém é só 'evangélico': quem instrumentaliza a fé para fazer política só ganha com essa simplificação

Ninguém é só 'evangélico': quem instrumentaliza a fé para fazer política só ganha com essa simplificação Pesquisas também devem considerar raça, renda e gênero. A simplificação oculta o papel das igrejas evangélicas históricas no alinhamento à extrema direita. Lívia Reis Magali Cunha Lívia Reis e Magali Cunha 27 de mar de 2024, 07h07
São Paulo, SP - 19.10.2022. Lula se reúne com evangélicos. (Foto Marlene Bergamo/Folhapress) Lula se reúne com evangélicos na. campanha de 2022. NO COMEÇO de março, jornais de todo o país repetiram a mesma notícia: a queda da popularidade do presidente Lula entre evangélicos. Quais evangélicos? Desde os anos 2010, quando as chamadas “pautas morais” ganharam mais centralidade nas campanhas eleitorais, os institutos de pesquisa passaram a enfatizar os dados de votação por religião. O tema também passou a ser considerado uma variável importante nas pesquisas de avaliação do governo federal. Só que, no que se tornou prática no jornalismo e entre analistas do contexto sociopolítico, parece que apenas dois grandes blocos importam no tema “religião” no país: o dos “católicos”, religiosidade diversa e múltipla, e o dos “evangélicos”. Essa última inclui uma vasta gama de cristãos não identificados com o catolicismo – que, até bem pouco tempo atrás, era considerado a religião natural dos brasileiros, inclusive dos não religiosos, como no caso do católico não praticante. A noção de “evangélicos” nasce, portanto, como uma categoria de diferenciação ao catolicismo então dominante. Já o interesse público pelo segmento cresceu na mesma medida em que ele passou a ocupar espaços de destaque além da política, no qual já atuava desde os anos 1980, mas também na cultura, educação, assistência social e mercado de bens e serviços. Assine nossa newsletter gratuita Conteúdo exclusivo. Direto na sua caixa de entrada Aceito receber e-mails e concordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso. Insira seu e-mail Assim, embaixo desse grande guarda-chuva chamado genericamente de “os evangélicos”, foram incluídas, de forma homogeneizante, diversas denominações e diferentes modos de se viver. Pesquisadores da religião, vinculados às ciências humanas e sociais, vêm, há muito tempo, apontando para a necessidade de se considerar “os evangélicos” como um bloco múltiplo e heterogêneo, composto por pessoas de diferentes denominações, que seguem teologias e práticas completamente distintas. O IBGE já diferenciava, no Censo de 2000, igrejas evangélicas de missão, pentecostais e outras evangélicas. Em 2010, incluiu a categoria “evangélica não-determinada”, levando em conta fiéis que não são vinculados formalmente a uma igreja. Mas as diferenças estão além das instituições. O modo de ser protestante, por exemplo, é ancorado no princípio da livre interpretação da Bíblia – o chamado denominacionalismo. Isto proporcionou um mosaico de grupos e tendências atrelados ao agrupamento identitário que se convencionou chamar “evangélicos”. Hoje, diversas expressões da religiosidade evangélica estão espalhadas Brasil afora, apesar do destaque para as de matriz pentecostal. Várias igrejas são marcadas por homogeneizações estéticas, rituais e discursivas, promovidas especialmente pela explosão da ocupação evangélica nas mídias. É o caso, por exemplo, de gigantes como a Igreja Universal do Reino de Deus, algumas vertentes da Assembleia de Deus, Renascer em Cristo e Sara a Nossa Terra, entre outras pentecostais, uma diversidade de grupos da corrente batista, denominações independentes criadas a partir de divisões internas de igrejas históricas ou pentecostais, para ficar em alguns exemplos. Outras se configuram por vivências e práticas relacionadas com a ocupação geográfica dos grupos, sobretudo em territórios periféricos, e nem sempre se vinculam a grandes igrejas. Isso sem contar os evangélicos que não frequentam igrejas específicas, mas que vivem sua fé de outras formas, isto é, assistindo pregações e orações das rádios ao YouTube, passando pela televisão e Instagram. É necessário considerar a religião como um marcador social da diferença, como raça, classe, gênero. Não por acaso, do sul ao norte do Brasil há evangélicos que votaram em Lula, por exemplo, e eles estão localizados majoritariamente nos extratos mais negros e pobres da população. Também são esses que costumam avaliar mais positivamente o atual governo, sobretudo quando levamos em conta a dimensão de gênero. E isso não nos impede de reconhecer que, sim, o segmento evangélico avalia, sim, o governo Lula de forma mais negativa. Mas será que a religião explica tudo? Para responder a essa pergunta de forma séria, é necessário – agora, mais do que nunca – considerar a religião como um marcador social da diferença, como raça, classe, gênero e tantos outros que ajudam a organizar e explicar a vida social. E este é um ponto que não pode mais ser ignorado em nossas análises. No Brasil, ter uma religião não é trivial. Ela ajuda a organizar redes de relação, as dinâmicas territoriais de violência, as relações de gênero e as relações raciais, para citar apenas alguns exemplos. Essa realidade, vale dizer, faz com que pessoas diferentes, de origens e experiências diferentes, tenham experiências distintas a partir de sua religiosidade evangélica. Por que, então, análises não investem no cruzamento dos dados sobre religião com outros que compõem o universo religioso, como gênero, renda e raça? Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ninguém se autodenomina ‘neopentecostal’ O isolamento da variável religião para pensar a vida social também tem gerado uma segunda confusão muito comum. A referência aos termos “neopentecostal” e “neopentecostalismo”, não raramente associados à uma Teologia do Domínio, para se referir, de forma muito genérica, a igrejas que apoiam posições fundamentalistas e extremistas, é um forte exemplo disso. Neopentecostalismo é uma categoria sociológica, cunhada nos anos 1990 pelo sociólogo Ricardo Mariano, para designar um segmento do movimento pentecostal que, naquele momento histórico, se diferenciava dos anteriores – os denominados clássicos ou históricos por alguns pesquisadores. Há evangélicos que votaram em Lula. Eles estão localizados majoritariamente nos extratos mais negros e pobres da população. Entre as características do “novo pentecostalismo” estavam a ocupação intensa das mídias e a assimilação da cultura midiática em rituais e discursos, ancorados em teologias como a da prosperidade e da guerra espiritual, e a centralidade das práticas de cura e de exorcismo. A Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, era a maior representante dessa categoria. Na prática, entretanto, os membros de denominações evangélicas não atribuem sentido e não reconhecem essas categorias sociológicas. Ninguém se autodenomina “neopentecostal”. O termo acaba sendo usado apenas de forma pejorativa por aqueles que querem simplificar o debate e enquadrar membros de igrejas – que têm gênero, classe e raça –, e lideranças religiosas – que também têm gênero, raça e classe – em explicações convincentes e conspiratórias de situações que não conseguem (ou não se esforçam por) compreender. Simplificação oculta o papel de outras igrejas evangélicas no alinhamento à extrema direita Passados quase 50 anos do surgimento das igrejas classificadas como neopentecostais, o campo religioso mudou. É comum que muitas das práticas inicialmente atribuídas às igrejas neopentecostais tenham se disseminado, sido incorporadas ou até mesmo ressignificadas por outras igrejas e grupos religiosos. Principalmente aquelas avaliadas como produtoras de resultados positivos – como ocupação de mídias, a participação na política institucional, ampliação do número de membros, aumento de arrecadação financeira e de patrimônio, por exemplo – , que movimentam poder político em espaços públicos institucionais. Essa simplificação do debate – ou seja, considerar apenas os dados sobre religião ou atribuir ao neopentecostalismo a maior adesão da população a pautas conservadoras – ajuda a ocultar o papel das igrejas evangélicas históricas no atual alinhamento à extrema direita. Alinhamento, vale dizer, que também ocorreu na ditadura militar. Da mesma forma, oculta também o papel de segmentos católicos que continuam fomentando posições extremistas nas igrejas, nas ações de assistência, nas escolas, nas universidades e em suas mídias – dos canais de televisão aos perfis em redes sociais. Além disso, as tentativas de construção dessa imagem de um Brasil univocamente cristão serve a grandes lideranças midiáticas e políticas dispostas a impor a minorias políticas suas moralidades cristãs seletivas e suas ideologias intolerantes e segregativas. Enquanto isso, na mídia, o imaginário construído nas últimas três décadas em torno de uma ideia unificante – “os evangélicos” – é uma criação que reflete tentativas de compreensão de uma expressão de fé que até outro dia era desconhecida e considerada irrelevante – apesar de estar no país há mais de 100 anos. É preciso qualificar os números. É urgente e necessário reconhecer que tal homogeneização não só não reflete a realidade, como é nociva ao debate público. Como indicamos aqui, ninguém é “evangélico” igual. Ninguém é só “evangélico”. É por isso que pesquisadores e analistas responsáveis hoje falam em pentecostalismos, no plural, para enfatizar um movimento religioso marcado por múltiplas vivências e teologias. Institutos de pesquisa e analistas precisam levar em conta essa realidade e fazer cruzamentos com marcadores sociais como raça, gênero e renda, para qualificar os dados sobre religião. Esta prática ocorre nos Estados Unidos, por exemplo, e aprofunda os debates de temas de interesse público. Diversas pesquisas acadêmicas nas Ciências Humanas e Sociais também chamam atenção para as diferenças de comportamento de um ou outro segmento religioso quando se leva em conta outras variáveis. Nas análises dos dados sobre religião na cena pública, é preciso qualificar os números. Caso contrário, as pesquisas e os usos que se fazem dela desviarão o caminho da reflexão. E quem instrumentaliza a fé para fazer política só ganha com esse desvio. FONTE: Intercept Brasil https://www.intercept.com.br/2024/03/27/ninguem-e-so-evangelico-quem-instrumentaliza-a-fe-para-fazer-politica-so-ganha-com-essa-simplificacao/?fbclid=IwAR3MKIaqc5RFxfHfRwAUVK59wfb3gsaGhLNsDGPjnNbwP08893XUHCZBWqA_aem_AfaH1UpWdhFyifDNAY8JRapu6PG1KvCLI1r18zbP7J3tIpPyaSIGZ8YfdXQbPEDtnYZvaZZu3fIA8lSNfJDSEos5

segunda-feira, 18 de março de 2024

Como o Brasil destruiu a Marcha para Jesus

O texto é de 2022, mas é valido para os anos anteriores e posteriores, incluisive para a proxima marcha... Sem entrar no mérito se Jesus endossaria uma Marcha em seu Nome como a criada originalmente vamos nos ater ao evento brasileiro. Como o Brasil destruiu a Marcha para Jesus José Brissos-Lino | 21 Set 2022
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante a 27ª edição da Marcha para Jesus, em São Paulo, em 2019: uma iniciativa transformada em comício político. Foto © Isac Nóbrega/PR do Brasil. Afastada do espírito original, a Marcha para Jesus no Brasil transformou-se em palanque para disputa política, para atacar adversários e para promoção pessoal. Portanto, reduziu-se agora a uma marcha sem Jesus uma vez que Ele não é cabo eleitoral de ninguém. O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante a 27ª edição da Marcha para Jesus, em São Paulo, em 2019. Foto © Isac Nóbrega/PR do Brasil. O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, durante a 27ª edição da Marcha para Jesus, em São Paulo, em 2019: uma iniciativa transformada em comício político. Foto © Isac Nóbrega/PR do Brasil. A primeira edição da Marcha para Jesus é inglesa, data de 1987 em Londres e partiu de um grupo de três líderes de igrejas ou movimentos cristãos e um artista do meio chamado Graham Kendrick. Nos anos oitenta Kendrick estava no auge da sua popularidade nos meios protestantes e evangélicos anglo-saxónicos e mais além. As igrejas cantavam as suas composições na liturgia do culto um pouco por todo o mundo, de modo que ele escreveu uma série de canções apropriadas para a expressão externa da igreja. Os organizadores previram que essa edição inaugural da Marcha juntasse cinco mil pessoas e surpreenderam-se ao ver que os números ascenderam ao triplo. Três anos depois o evento estava institucionalizado e já se realizava em meia centena de cidades em todo o Reino Unido, incluindo Belfast (Irlanda do Norte), onde seis mil católicos e protestantes se juntaram. No início dos anos noventa a Marcha já se realizava em centenas de cidades de duzentos países juntando milhões de pessoas em todos os continentes. Em 2009, o então Presidente Lula da Silva fez integrar a Marcha no calendário oficial do Brasil através de lei federal, definindo-a como Bem Imaterial e Cultural da Nação Brasileira e autorizando expressamente a “destinação de recursos públicos das esferas Municipal, Estadual, Distrital e Federal para apoio na realização do evento”. Este evento foi criado com a ideia de ser um momento único para vivenciar a vida cristã na rua, fora dos templos, na unidade dos cristãos e como expressão da alegria conferida pela fé e de proclamação da esperança do evangelho. O site oficial da March for Jesus define-a muito claramente como um evento de carácter estritamente religioso: “é um desfile de louvor pelas ruas da cidade, celebrando o Senhorio de Jesus Cristo e culminando num grande evento de adoração em que os cristãos proclamam publicamente a Glória, a Majestade e a Supremacia do Salvador. É tudo sobre Jesus… e nada mais.” A mesma fonte diz-nos que a visão geral da organização passa por manter sempre a figura de Jesus como foco principal do evento: “Esta é uma marcha para Ele, e somente com Ele será realizada. Tenha cuidado para que nada distraia do propósito primordial de simplesmente exaltar Jesus, tanto na Marcha como durante o seu planeamento.” Entretanto, nos últimos anos o Brasil tem vindo a desvirtuar o espírito deste evento por completo. Este ano, por exemplo, foi transformada em comício político em favor da candidatura de Bolsonaro, com a preciosa ajuda do discurso de alguns daqueles líderes religiosos evangélicos que carregam às costas dívidas imensas e que vêm no apoio ao actual presidente uma esperança de perdão das mesmas. Segundo Boyd, “a história ensina que o melhor caminho para destruir a igreja é dar-lhe poder político” (The Myth of a Christian Religion, Losing Your Religion for the Beauty of a Revolution. Michigan: Zondervan, 2009, p. 13). Nem faltou à festa uma líder que foi presa com o marido, em 2007, ao tentarem entrar nos Estados Unidos com dezenas de milhares de dólares escondidos numa bíblia… É que mesmo com o perdão de dívidas de que estes pastores mediáticos seus apoiantes beneficiaram no ano passado, ainda mantêm uma dívida bilionária em impostos que pode ser impactada pela nova medida presidencial, isto é, uma isenção fiscal para beneficiar as igrejas evangélicas, principalmente as neopentecostais a que estes líderes pertencem e que são as maiores devedoras de impostos, respondendo por isso a várias acções judiciais em curso. Entre os devedores está Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial, o cunhado de Edir Macedo, R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, e Estevam Hernandes, da Renascer em Cristo, todos apoiantes de Bolsonaro, como é óbvio. Segundo o portal Fórum: “Mesmo com o perdão dessas dívidas, um grupo de 16 entidades religiosas deve R$ 1,6 bilhão em impostos, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em levantamento realizado setembro do mesmo ano (…) O volume de débitos representa 81% de todas as dívidas de 9.230 instituições evangélicas, católicas, espíritas e islâmicas devedoras em todo o país.” Em Vitória (Espírito Santo), este ano até surgiu uma pistola gigante integrada na Marcha, num descarado esforço de propaganda de armas de fogo, por parte dum fabricante, em claro alinhamento com a política do governo Bolsonaro mas em flagrante contramão com o espírito do evento. O mais dramático é que antes de Bolsonaro ter sido considerado o “mito messiânico” desses evangélicos, na Marcha para Jesus os pastores oravam pelo desarmamento da população e destruíam armas diante da multidão… Afastada do espírito original no Brasil, a Marcha transformou-se em palanque para disputa política, para atacar adversários, para promover o armamento da população e para promoção pessoal. Portanto, a Marcha para Jesus é agora uma marcha sem Jesus, uma vez que Ele não é cabo eleitoral de ninguém, sempre combateu o recurso às armas e à violência, e nunca fez nada para se autopromover. Eis como o Brasil destruiu a Marcha para Jesus. Pelo menos no Brasil. José Brissos-Lino é director do mestrado em Ciência das Religiões na Universidade Lusófona, coordenador do Instituto de Cristianismo Contemporâneo e director da revista teológica Ad Aeternum; este texto foi inicialmente publicado na página da revista Visão. Temas: Brasil Jair Bolsonaro José Brissos-Lino Marcha para Jesus Como o Brasil destruiu a Marcha para Jesus Fonte: https://setemargens.com/como-o-brasil-destruiu-a-marcha-para-jesus/

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Sobre pastores políticos e corruptos ( ULTIMATO)

OPINIÃO Sobre pastores políticos e corruptos. .....................................
Por Paulo Ribeiro. ................. Acredito que todos concordam com a máxima que “todo poder corrompe”. Alguém sugeriu ir mais longe. Quanto mais altas forem as pretensões do poder, mais desumano e opressor ele será. Todo poder político é, na melhor das hipóteses, um mal necessário. Mas quando a coisa transcende para o espiritual, com pastores agindo como coletores de propinas para distribuir verbas públicas a corrupção atinge sua forma mais convoluta. É como se a corrupção fosse terceirizada via a igreja, e os pastores agissem como sacerdotes do estado - o Bezerro de Ouro sendo literalmente construído por seus novos ministros. “Eles mergulharam na corrupção, como nos dias de Gibeá” (Oseias 9.9) Alguns pontos para reflexão: 1 – Não devemos confundir esse comportamento como algo ligado ao cristianismo. Essa conduta tem como objetivo enriquecer seus líderes e não ajudar a população carente, onde o deus é mais a barra do que o bezerro de ouro. 2 – Quando os evangélicos eram a minoria, havia um sentimento de certo e errado, de comportamento ético e temor às recomendações bíblicas. Hoje eles dividem o poder com a facções e milícias e muitos agem como instrumento do maligno. 3 – Em breve, se a igreja não se revoltar contra esse tipo de comportamento e aceitar por conveniência tais apostasias, a perseguição será implacável contra todos aqueles, comprometidos com o evangelho de Cristo, que protestarem contra essas aberrações. 4 – A acusação típica mais leve feita contra qualquer cristão que tenha uma preocupação ética e social é a taxação de serem esquerdistas ou comunistas. Depois seguem as perseguições pessoais, práticas que já destruíram muitas vidas e carreiras no passado e que estão destruindo no presente. 5 – Maturidade não se adquire rapidamente. O crescimento súbito da igreja evangélica não produziu milagres, mas apenas números de pessoas interessadas em benefícios pessoais. A conversão e crescimento requer uma alteração da vontade e do comportamento os quais requerem intervenção supernatural. 6 – Em tempo: o cristianismo não está em perigo e continuará a florescer e crescer de forma lenta mas resoluta em pequenos grupos não afetados pela corrupção de Mamon. E que não esqueçamos a palavra dura do Senhor da Igreja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! ...” (Mateus 23.15a). ............................................................................................................................ ............................................................................................................................ “Texto publicado originalmente em ULTIMATO https://www.ultimato.com.br/conteudo/sobre-pastores-politicos-e-corruptos

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

EU NÃO SINTO A PRESENÇA DE DEUS

Data: 09/01/2024 Autor: Thiago Surian
Devemos provar a nossa fé? O texto a seguir fala também sobre “sentir a presença de Deus”, mas o meu ponto não é esse (sei que talvez a maioria vai ler só o texto e tirar conclusões precipitadas, mas talvez umas 3 ou 4 pessoas leiam o texto inteiro e 1 ou 2 pessoas entendam o texto e o que eu estou trabalhando aqui. Se 1 pessoa entender, concordando ou não, já fico satisfeito. Eu realmente não sei qual é o conceito totalmente certeiro e final sobre o que é “sentir a presença de Deus”. Eu realmente não sei. Nunca parei para pesquisar sobre isso na Bíblia e no testemunho teológico dos pais da igreja, teólogos medievais, reformadores e teólogos modernos sobre isso. Nunca pesquisei a fundo o assunto, então não sei o que pensar sobre isso, mas, dentro do senso comum sobre isso, que é sentir uma alegria empolgante, arrepios, a sensação de “choques elétricos” (vejo alguns narrando o “sentir a presença de Deus” com essa descrição), chorar, pular e o que for que você entenda que seja isso. O meu ponto aqui é essa ideia de ter que “sentir a presença de Deus”, você TEM que sentir emoções e sensações na quando ora, quando está no culto, em seus momentos com Deus, ou você já pensa que está “frio”, que sua fé está “fraca”, que sua oração, ou seu culto, não passa do teto, e seu relacionamento com Deus está falhando, ou mesmo acabando. Esse pensamento de ter (lei) que sentir emoções e sensações, o que chamam de “sentir a presença de Deus”, dentro do senso comum do que é “sentir a presença de Deus”, é uma coisa muito ruim no final. Como eu disse acima, meu ponto aqui não é o “sentir a presença de Deus” ou não. Não estou aqui para dizer o que você tem que acreditar sobre o que é “sentir a presença de Deus”, lhe deixo na liberdade cristã sobre isso. O ruim disso é que pessoa PRECISA sentir alguma coisa para ter a *prova* da sua fé. Se a pessoa não sente nada, a fé perde o sentido, ela entra em crise de fé. A Bíblia diz que a *fé* já é a *prova* do que não vemos e cremos, e a certeza do que esperamos, a fé já é a *prova* que Deus está conosco, não precisamos provar nada, experimentar nada, só confiar no que Espírito Santo nos diz na Bíblia, a Palavra de Deus, no amor de Deus, nas promessas de Jesus. Jesus é a Verdade, Ele não mentiria para nós. Pode apostar todas as suas fichas no que Deus diz em sua Palavra, Ele não vai lhe decepcionar. Se eu creio porque eu sinto, porque eu experimento, então não é fé, é constatação. Se eu creio mesmo sem sentir nada, sem experimentar nada, aí é fé, como diz a Bíblia em Hb 11.1. Se alguém lhe disser que tem mil reais para dar para você, lhe mostrar o dinheiro e te entregar o dinheiro na mesma hora, você não precisa confiar que Ele lhe dará o dinheiro, porque você já tem a constatação, a pessoa já te deu o dinheiro. Agora, se a pessoa disser que tem mil reais para lhe dar, vira as costas para você e vai embora, lhe dizendo para esperar 15 minutos onde você está que ele vai lhe trazer o dinheiro, você não tem prova nenhuma que ele vai trazer o dinheiro para você, você precisa confiar nele, ou pode ir embora, porque você não confia nele, você não tem garantia nenhuma, você precisa ter *fé* que vai receber o dinheiro, mesmo sem prova nenhuma, sem garantia nenhuma. Assim também é nosso relacionamento com Deus. Tem horas que estamos felizes em orar, em cultuar, tem horas que não sentimos nada, não experimentamos nada, aí precisamos ter *fé* e confiar nele, acreditar no que Deus diz em sua Palavra, acreditar em suas promessas, mesmo sem nenhuma garantia, nenhuma *prova* do que cremos. Por mais que nossa fé seja do tamanho de um grão de mostarda, nós ainda podemos mover montanhas, se Deus manda mover as montanhas, é só apostar que Jesus falou a verdade e confiar nele. Falo por mim também. Quando eu oro, algumas vezes eu choro, em outras fico eufórico, tem vezes que me sinto muito bem, e é muito bom sentir essas coisas; mas tem dias que oro e não sinto absolutamente nada. Isso não me abala, sentir ou não alguma sensação ou sentimento na oração é totalmente irrelevante. Não é o meu sentimento ou sensação que prova que minha oração é ouvida, que Jesus está comigo e que Eles me, mas é a FÉ, a certeza na promessa de Jesus. Ele prometeu que está comigo e me ama, então confio nele, independente de eu sentir alguma coisa ou não. A fé já é a prova que Ele disse a verdade ao dizer que está conosco e nos ama. A fé já é a prova que nossa oração é ouvida. A fé já é a prova que Ele me perdoa e me quer para Ele. Não preciso de provas, de sentir alguma coisa, só a fé já justifica eu ser cristão e que que posso confiar que Ele é real, que Ele veio a mim por essa mesma fé, no batismo, na absolvição, na Palavra, na santa ceia, e jamais vai me abandonar. A fé é suficiente para eu ser dele, não preciso de emoções, de sensações de sentir nada. É muito bom sentir coisas, mas nem sempre sentimos, e Ele está conosco independente de sentirmos alguma coisa ou não. Por isso dizemos: Sola Fide (Somente a fé). Publique isso também: FONTE: SURIAN ( https://thiagosurian.wordpress.com/2024/01/09/eu-nao-sinto-a-presenca-de-deus/?fbclid=IwAR08dIKD-OA5CU25veOq3fooxu_jNPgunfGEkH8-eLgjQuBgb4smz7Cx8lY)

domingo, 11 de junho de 2023

Jesus seria vaiado na Marcha para Jesus -

Jesus seria vaiado na Marcha para Jesus - Por Pastor Zé Barbosa Jr
Evento gospel tem como único objetivo mostrar a “força evangélica”, numa espécie de disputa de território e poder para evidenciar os piores líderes que se dizem cristãos no Brasil Há tempos eu digo que Jesus nunca esteve na tal “Marcha para Jesus”, um evento gospel que tem como ÚNICO objetivo mostrar a “força evangélica”, numa espécie de disputa de território e poder para evidenciar os piores líderes que se dizem cristãos no Brasil. A “marcha” (e o próprio nome já sugere um ato militaresco e belicoso) nada mais é que uma aliança interna entre lideranças que se odeiam (porque disputam o mesmo público), mas em nome de um mal maior, que é a tomada do poder das mãos dos inimigos (feministas, gays, negros “amaldiçoados” etc.), são capazes de usar o nome de Jesus para promover seus projetos pessoais e perversos de riqueza e poderio político. Richard Foster, um teólogo cristão da tradição Quaker, começa seu livro mais conhecido “Celebração da Disciplina” com uma frase que me marca até hoje: “A superficialidade é a maldição do nosso tempo”. Concordo plenamente com ele. E eu iria mais longe. Pior do que a superficialidade é a celebração dessa superficialidade. O povo comemora o fato de não ter profundidade. Essa pra mim é a maior mensagem da Marcha Para Jesus: a celebração da superficialidade evangélica brasileira. É a “rave” dos neopentecostais e dos que celebram uma religiosidade cada vez mais violenta e adepta do fascismo. É “o crack do povo”: a alienação da realidade em sua mais dura representação. Pois nesta “nova” fase das Marchas que, nos últimos anos, celebrava um presidente que do palanque fazia seu tradicional sinal de “arminha com a mão” e era ovacionado pelos “soldados de cristo” presentes no evento, na edição deste ano o representante do governo Lula, o Ministro da AGU, Jorge Messias, que é diácono batista falou sobre o desafio de trazer a paz para o Brasil, em meio a tantos conflitos. Resultado: foi vigorosamente vaiado. Sim, a mensagem da paz foi vaiada pelos seguidores daquele que já foi um dia conhecido como “O Príncipe da Paz” e hoje é um mero “general de guerra”... Três “messias” em exposição. Jair Messias, o violento e estúpido, com sua verve armamentista, sanguinária e destruidora dos inimigos era aplaudido e celebrado aos gritos de “Mito! Mito”. Jorge Messias, representando o governo Lula, falando de paz e da luta contra a fome e a miséria, é intensamente vaiado a ponto de ter seu discurso interrompido pela intensidade dos apupos da multidão ensandecida “de jesus”. O terceiro messias, que deveria ser o homenageado da festa, pelo que percebemos nem apareceu para conferir o que aconteceria. Ou você teria dúvida de que o discurso de amar ao próximo, de desarmamento, de acolhimento às diferenças, de direitos plenos para quaisquer seres humanos também não seria loucamente vaiado pelo “povo de deus”. Tenho a absoluta certeza de que o último lugar que o Jesus dos Evangelhos estaria seria nessa infame marcha que leva o nome dele. Se lá estivesse, somente se fosse para ser julgado como foi na páscoa judaica que é narrada nos evangelhos. E certamente ouviria de novo, do mesmo povo “religioso”, a sentença de morte: “Crucifica! Crucifica!”. Ainda mais se tivessem que escolher entre ele e o outro messias, o miliciano Bolsonaro. Aliás, essa escolha foi feita nos últimos 4 anos e celebrada em peso pelas grandes denominações evangélicas brasileiras, reféns de toda maldade e perversidade, como os neopentecostais da Universal os pentecostais seguidores de Malafaia e os históricos das Igrejas Batistas e Presbiterianas, que tiveram suas organizações denominacionais (Convenção Batista Brasileira e Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil) cooptadas pelo bolsonarismo. O estrago foi geral. Mataram novamente Jesus, e “em nome de Jesus”. Termino com uma paráfrase do texto conhecido de Paulo em 1 Coríntios 13, ao falar do amor como um caminho. “Quando eu era infantil, marchava como menino, pulava como menino, gritava como menino, fazia arminhas como menino, mas agora que amadureci, descobri o quão gostoso é caminhar de mãos dadas com os diferentes, os execrados, os humilhados, os oprimidos, pois é neles que o amor se manifesta. É neles que encontro o Jesus do Evangelho. Para que 'marchar' PARA uma caricatura perversa de Cristo se posso 'caminhar' com aqueles em quem ele se manifesta? É só o amor que conhece o que é verdade!” FONTE: REVISTAFORUM https://revistaforum.com.br/opiniao/2023/6/9/jesus-seria-vaiado-na-marcha-para-jesus-por-pastor-ze-barbosa-jr-137407.html

sábado, 13 de maio de 2023

O verdadeiro culto a Deus

Para muitos o culto a Deus se resume aos encontros semanais em uma determinada instituição ou grupo religioso. Jesus certa fez foi indagado sobre onde seria certo adorar a Deus, em João 4.23 (cultuar- adorar, venerar) Jesus respondeu que o Pai busca adoradores que O adore em Espírito e em verdade. 1) Em Espírito porque o propósito do culto é o crescimento espiritual e de fé. pois o culto só tem sentido se houver consciência de que Deus é presente em todos. O culto não começa e nem termina. Ele se fundamenta na vida cotidiana de todos. É o que fazemos no nosso trabalho, na escola, na família, nas ruas e principalmente no oculto que vai determinar o quanto Espiritual será o nosso culto a Deus. Palavras como piedade, compaixão, solidariedade, perdão. misericórdia, amor e principalmente justiça devem estar presentes na nossa vida. Lembrando sempre que a caridade, a justiça e o amor são marcas da igreja e do verdadeiro cristão. Se isso não for possível nosso culto a Deus não terá sentido. No livro do profeta Amós 5.21-27 Deus diz que odeia as reuniões solenes do povo de Israel, pois o povo praticava a iniquidade, adorando a Deus somente com a boca e não com o coração. O profeta Isaias 1.11-14 Deus diz: estou farto das vossas reuniões por causa da iniquidade. Ou seja um culto a Deus é muito mais que uma simples reunião. Deus em Sua Onipotência e onisciência tudo sabe e tudo vê. Quantos e quantos cultos meramente fantasiosos, pois o povo está em contenda e desacordos nos bastidores não havendo comunhão alguma uns com os outros. É preciso que as pessoas que cultuam a Deus saibam que Deus também busca adoradores em verdade. 2) Em verdade , porque deve haver comunhão verdadeira e não fingida ou omissa. Em Mateus 5.23-24 diz que se alguém pecar contra ti, vc deve deixar sua oferta no altar e ir se reconciliar com seu irmão. Ou seja não há culto a Deus onde não há perdão e acima de tudo onde falte o amor ao próximo. Nisso se manifesta a verdadeira reconciliação. Em Mateus 5.13-14 tem a orientação de Jesus que devemos ser sal e luz para o mundo. Sal e luz representa ter uma vida que glorifica a deus e leve outras pessoas a seguir jesus, pelo testemunho de todos. Dessa maneira, todo cristão recebe esse chamado, pois ele é convocado para transformar a vida das pessoas que estão a sua volta. O apostolo Paulo em Romanos 12.1 fala-nos sobre o culto racional. Onde nós devemos apresentar nossos corpos em sacrifício vivos, santos e agradável a Deus, Isso destaca que ao cultuarmos a Deus devemos estar presentes em corpo, alma e principalmente em Espírito. O culto é um momento de comunhão e verdade onde recebemos de Deus o alimento para o corpo, para a alma e para o Espírito. O culto é onde alcançaremos pela graça a Espiritualidade. Esse é o verdadeiro sentido do culto. Através da Espiritualidade teremos sabedoria, crescimento e acima de tudo teremos os frutos do Espírito e assim vamos poder combater os frutos da carne que Paulo fala em Gálatas. A cura, a prosperidade são dadivas de Deus, através da nossa convivência com a graça isso virá a todos pois os sinais seguiram aos que creem. Outro ponto de suma importância é que o culto é o lugar de ouvir e aprender a palavra de Deus. Pois a fé vem pelo ouvir e ouvir da palavra de Deus. Romanos 10.17 Em Ezequiel 44.23 diz: "E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro". Em Gálatas 1.8 diz: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vós tenho anunciado, seja anátema". É necessário que essa palavra seja anunciada na unção do Espírito Santo e que o sacerdote seja preparado segundo as escrituras. "Procura apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade". 2 Timóteo 2.15 Assim Paulo diz em Romanos 12.2 que não devemos nos conformar com esse mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Que o Espírito Santo posso abrir nosso entendimento! A Ele toda gloria! Paulo Siqueira

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Hillsong: A Megachurch Exposed | Official Trailer | discovery+

Produção original do Discovery+, a minissérie documental Hillsong: O Escândalo por Trás da Megaigreja chegou recentemente ao catálogo da HBO Max e ganhou ainda mais atenção. Dividida em quatro partes, a minissérie explora as diver... - Leia mais em https://hollywoodforevertv.com.br/noticias/series/documentario-explora-os-escandalos-por-tras-da-igreja-hillsong.phtml?fbclid=IwAR3bKI7Eq-De8QFHQtthlLBmVYrQRKbfk6ovEx_HUwzVzeFcmH7j6IeAmHI&utm_source=site&utm_medium=txt&utm_campaign=copypaste https://hollywoodforevertv.com.br/noticias/series/documentario-explora-os-escandalos-por-tras-da-igreja-hillsong.phtml?fbclid=IwAR3bKI7Eq-De8QFHQtthlLBmVYrQRKbfk6ovEx_HUwzVzeFcmH7j6IeAmHI

domingo, 26 de março de 2023

O NOME DE DEUS É JEOVÁ?

QUAL É O NOME DE DEUS?
Estaremos abordando alguns tópicos a respeito do nome divino, como a origem do nome Jeová, o que é o tetragrama, etc. As Testemunhas de Jeová alegam ser eles a única religião que usa o nome divino, a única que santifica o nome de Deus. No livro "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO", pág. 184 diz: "Como identificar uma religião verdadeira"; ali eles apresentam cinco características de uma religião verdadeira. A primeira é "SANTIFICAR O NOME DE DEUS". Para eles, santificar o nome de Deus é chamar Deus pelo nome e divulgá-lo, mencionando Mt 6.9 e Jo 17.6. É importante deixar claro que apesar de Jesus ter dito "Tenho feito manifesto o teu nome", Ele nunca chamou Deus de Jeová. Por que Jesus nunca chamou Deus de Jeová, ou melhor, dizendo, nunca pronunciou o Seu nome, sendo que as Testemunhas de Jeová alegam que é importante chamar Deus pelo nome? Eles alegam também que toda pessoa tem um nome, então é lógico que Deus também tenha um nome; dizem também que o nome é para diferenciar o Deus criador dos deuses falsos. Por exemplo: como Deus pode ouvir sua oração se você chamá-lo pelo título "Deus", sabendo que existem outros deuses? Assim Ele não saberia quem você estaria invocando. Isto é um absurdo, caro leitor! Será que Deus tem um único nome, ou tem outros nomes que nós podemos usá-los para nos referir a Ele? As Testemunhas de Jeová respondem. Livro Jeová, pág. 8: "Jeová, o imortal... Ele tem se revelado as suas criaturas pelo seu nome Jeová; pelo seu nome Deus...; pelo seu nome Todo-Poderoso...pelo seu nome Altíssimo". II. A QUESTÃO DA PRONÚNCIA Algumas informações preliminares para o caro leitor: No hebraico escrevia-se somente com consoantes; as vogais eram somente pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas, através das gerações do povo de Israel, oralmente e não de forma escrita, visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas as consoantes. Naquele período era fácil para o judeu porque a língua hebraica era uma língua cotidiana, então eles não tinham dificuldade em pronunciar as palavras. No momento da pronúncia, eles supriam corretamente as consoantes com as devidas vogais. Depois o hebraico entrou em declínio. Por muitos anos, devido a fatores históricos inelutáveis. Somente no século VI depois de Cristo, é que começaram a surgir os "Massoretas" (do hebraico "massorah", que quer dizer "tradição") os quais instituíram um sistema de pontos e sinais representando as vogais, ou melhor, dizendo, os sons vocálicos abertos e fechados, e por isso são chamados "sinais massoréticos". Estes sinais eram colocados acima, abaixo e até mesmo dentro das consoantes. Convém frisar que essas anotações não fazem parte do texto sagrado original, visto que os manuscritos originais hebraicos são puramente consonantais. Por essa razão, a palavra que hoje se conhece como Jeová constava unicamente de quatro letras, isto é, quatro consoantes hebraicas que transliteradas são: YHVH, conhecidas como o tetragrama. Portanto não devemos afirmar que a pronúncia do texto massorético de hoje seja exatamente a mesma dos tempos bíblicos. III. O TETRAGRAMA YHVH Por que os judeus não pronunciavam o nome divino? Quando Moisés recebeu os dez mandamentos, Ex. 20.1-17, o versículo 7 - “Não tomarás o nome do YHVH teu Deus em vão: porque o YHVH não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" - deixa claro que Deus não ia tomar por inocente o que invocasse seu nome em vão. Quando os judeus se deparavam com YHVH, automaticamente eles pronunciavam, liam e falavam Adonay que significa Senhor. Devido a este temor ou superstição, os judeus deixaram de pronunciar o nome divino. Portanto, não temos como saber que vogais eles usavam na pronúncia do tetragrama YHVH. É digno de nota que as Testemunhas de Jeová reconhecem que ninguém sabe a pronúncia correta do nome divino. Você leitor pode certificar-se disso examinando a "BROCHURA” (literatura produzida pelas Testemunhas de Jeová) O NOME DIVINO QUE DURARÁ PARA SEMPRE, pág. 7 subtítulo: Como é pronunciado o nome de Deus diz: "A verdade é que ninguém sabe com certeza como o nome de Deus era pronunciado originalmente". Na mesma página, no rodapé, diz: "Portanto, é evidente que a pronúncia original do nome de Deus não mais é conhecida. Nem é realmente importante. Se fosse, o próprio Deus se teria certificado de que fosse preservada para o nosso uso". Em outra literatura das Testemunhas de Jeová, "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO NA TERRA", pág. 43 parágrafo 11 encontramos: "Portanto, o problema hoje é que não temos meios de saber exatamente que vogais os hebreus usavam junto com as letras YHVH". A INCOERÊNCIA Vejamos o que diz a literatura "PODERÁ VIVER PARA SEMPRE NO PARAÍSO NA TERRA", pág. 185 parágrafo 5: "De fato, conhecer tal nome é necessário para a salvação, conforme diz a Bíblia, pois todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo" Rm. 10.13, na Tradução do Novo Mundo. Obs: as traduções do texto originais foram adulteradas na “Bíblia” das Testemunhas de Jeová visto que a palavra que aparece no original grego é KURIOS (SENHOR), que eles traduzem por Jeová. No original grego o nome Jeová não aparece nenhuma vez sequer no Novo Testamento. As Testemunhas de Jeová acrescentaram 237 vezes o nome Jeová por conta própria. É por isso que só na Tradução do Novo Mundo - no Novo Testamento - aparece o nome Jeová. Mas quando Kurios é usado em relação a Cristo eles omitem esse fato. Agora perguntamos a você amigo leitor: Como pode o nome de Deus não ser importante porque ninguém sabe a pronúncia e ao mesmo tempo ser necessário conhecê-lo para a salvação? Em Pv. 4.19 diz "O caminho dos ímpios é como a escuridão: nem sabem em que tropeçam". IV. QUANDO SURGIU O NOME JEOVÁ? No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová. A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser bem mais conhecida. Portanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor. V. QUEM FORMULOU O NOME JEOVÁ? “Por séculos tem havido um grande debate sobre a pronúncia correta do nome pessoal do Criador. Alguns tradutores modernos da Bíblia o escrevem Yawé ou Javé como sendo o mais aproximado da pronúncia correta. Entretanto, Jeová é a forma popular de pronunciá-lo em português. Na versão católica romana, em inglês, conhecida como versão de Westminster das Escrituras Sagradas, que teve como Editor-Geral o Jesuíta Cuthbert Lattey, o tradutor usa Jeová e na sua nota marginal sobre Jonas 1:1, ele diz”: Em harmonia com a preferência do editor-geral da Versão Westminster, eu emprego o nome ‘Jeová’. É bem conhecido que este certamente não é o equivalente do Nome hebraico. Extraído do livro "SANTIFICADO SEJA O TEU NOME", pág. 17. Veja também a pág. 19. Obs: o grifo é nosso. O uso do nome Jeová não é uma questão de transliteração e sim uma questão de preferência pessoal do editor geral. VI. O NOME JESUS Agora vamos verificar o que a Bíblia ensina a respeito do nome JESUS. O nome JESUS aparece 908 vezes no Novo Testamento, o qual foi escrito em grego. Portanto, o nome JESUS é bíblico e consta no original grego. Amigo leitor, você pode comprovar isto verificando o grego interlinear das Testemunhas de Jeová. Observe agora como se escreve JESUS em grego: IESOUS • O NOME JESUS APARECE NOS 27 LIVROS DO NOVO TESTAMENTO. • O NOME JEOVÁ NÃO APARECE EM NENHUM DOS 27 LIVROS DO NOVO TESTAMENTO. VII. JESUS, O NOME TODO PODEROSO • Devemos ser testemunhas d’Ele - At. 1.8 • Salvação em Seu nome - At. 4.11-12; At. 16.30-31 • Pessoas são curadas em Seu nome - At. 3.6, 16 • Saulo perseguia os que invocavam Jesus - At. 9:21 • Jesus é o único Salvador - At. 13.23 • Em Seu nome expulsamos demônios - Mc. 16.14-18 • A importância do nome Jesus - Mt. 10.22, 32-33; 12.21; Mt. 18.5, 20; 24.9 • Jesus nunca chamou Deus de Jeová - Mt. 11.25; 26.39-42; Mc. 14.36; Lc. 10.21; Jo. 11.41 • Somos lavados, santificados e justificados em Seu nome - 1Co. 6.11 • Há um só Senhor: Jesus Cristo - 1Co. 8.6 VIII. CONCLUSÃO • O nome que devemos invocar para ser salvo é Senhor Jesus. At. 16.30-31 • A Bíblia não ensina que devemos crer em alguma organização. E também não ensina qual religião devemos seguir ou filiar-se. • A Bíblia ensina que devemos confiar, crer e obedecer somente em Jesus mediante Sua palavra. • Jesus deixou bem claro que Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Jo. 14;06 • Ele também disse: "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Jo. 8.32 • Amigo leitor, se você é escravo de alguma organização ou religião, você pode ficar liberto agora mesmo. Dobre o seu joelho e invoque o nome do Senhor Jesus, e confesse com a sua boca que Ele é Senhor e Salvador da sua vida. Leia João 1:12. ( Paulo Martins ) Para um estudo mais detalhado sobre o Nome de Deus e sobre as argumentações da Sociedade Torre de Vigia sobre este nome sugiro a leitura de um estudo no site abaixo: http://testemunha.orgfree.com/nome.htm

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

O DÍZIMO E A IGREJA

O dízimo é uma das "doutrinas" mais ensinadas em nossos dias, seu ensino como doutrina para a igreja esta presente na maioria das denominações evangélicas e até na Igreja Católica. Mas seria o dízimo uma doutrina para a Igreja de Jesus? Se afirmativo qual a base bíblica? Antes de começar a avaliar o dízimo, gostaria de deixar claro que não sou contra as contribuições e sei que o sistema precisa de dinheiro para funcionar ( entenda-se por sistema o templo e sua manutenção, os ministros e seus salários , prebendas ou ajuda de custos, assistência social, missão, evangelismo, etc). Também gostaria de deixar claro que sou contra a contribuição cega, ou seja, acho que cada centavo ofertado tem que ser para os objetivos pré definidos, o contribuinte e a comunidade deve decidir sobre este uso e principalmente fiscalizar. Tudo, inclusive o salário do lider deve ser definido por quem contribui , não por quem recebe ou por um grupo ( ministérios) escolhido por ele. E ai até vale, se a comunidade decidir, contribuir-se com 10 % de forma voluntária e sem usar os textos fora de contexto tão comum em nossas igrejas. Que a bíblia ensina a contribuir é fato e a maioria esmagadoras dos textos do NT tem um objetivo definido, ajudar os necessitados. Infelizmente muito pouco do que se oferta hoje em nossas igrejas segue o exemplo bíblico. Algumas igrejas sustentam verdadeiros impérios humanos e se esquecem das pessoas necessitadas. Mas voltando ao dízimo como doutrina vamos avaliar o que a bíblia diz e o que se é ensinado inclusive por certos "teólogos", alias duvido que muito destes acrditam de fatono que ensinam. Podemos dividir este estudo em três partes: O dízimo da lei, o dizimo antes dela e o dízimo no NT. O dizimo d alei nem deveria ser nosso foco, pois o texto não é destinado a judeu ou adventista que vivem sob a lei mosaica, mas a cristãos que vivem na graça e não estão debaixo do julgo da lei . Não entendo o porque de cristãos que não vivem sob a lei , abrirem uma exceção a ela, não seguem as centenas de normas estabelecidas na lei, vide o pentateuco, mas quando se fala de dizimo a lei vigora. Muitos buscam antes de lei ou no NT motivos para dizimar, mas usam o texto de Malaquias nos envelopinhos do dizimo e nos sermões. Incoerência pura. Vou apresentar algumas considerações sobre o dízimo da lei: O DÍZIMO DA LEI 1) O dízimo da lei tinha um objetivo, manter o templo e os sacerdotes e isso serve para justificar o dízimo moderno, mas esquecem que: - A casa do tesouro onde o dízimo deveria ser levado não é o templo de hoje e os obreiros de hoje não são os levitas ou sacerdotes , e mais, os sacerdotes que viviam do dizimo não tinham direito propriedade e heranças, já os "sacerdotes" de hoje... Alem disso os sacerdotes trabalhavam o tempo todo no serviço do templo ( que diferença hoje!) 2) Malaquias fala de portas abertas como bênção para quem dizimasse e pragas de gafanhotos para quem não, e isso é usado hoje, esquecendo o contexto, o povo judeu tinha promessa de terra literal ( território, nação) portanto as promessas ali definidas tinha em haver como as condições climáticas que proviam uma boa colheita e os gafanhotos eram literal, pragas de gafanhotos destruindo a lavoura. 3) Ainda sobre o texto de Malaquias gostaria que o livro fosse avaliado com toda calma, e perceberemos que o tempo todo o profeta fala com os sacerdotes ( os que recebiam os dízimos) não com o povo. 4) O dízimo da lei não era obrigação a todos, apenas os lavradores da terra e criadores de rebanhos tinham o dever de dizimar, pelo menos é o que a bíblia ensina. (Lev 27: 30,32) 5) O dízimo na lei mosaica tinha vários fatores a serem avaliados tais como o dizimo dos dízimos, o dizimo para os pobres, o dizimo ( em alimentos) que deveria ser comido pelo sacerdote e família etc, mas não vamos nos ater a eles pois como já disse não estamos mais sob o domínio da lei. 6) Alguns chegam a falar em maldições para quem não dizima, baseada em Malaquias, mas Malaquias é um texto sob lei, sob a graça o livro de Gálatas fala que os que são das obras da lei é que estão em maldição ( Gal 3:10). O DÍZIMO ANTES DA LEI. ABRAÃO E JACÓ. " E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo" (Gênesis 14:18-20) "Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos." (Heb 7:4) De fato o dízimo esta presente nas escrituras antes da lei dada a Moisés, mas isso não torna o dízimo mandamento para a igreja, pois é apenas citado, nunca ensinado. O dízimo era um prática comum entre os povos da época, mas isso, repito, não faz dele uma doutrina para nós seguirmos hoje. A primeira citação de dízimo esta e Gênesis quando Abraão ao retornar de uma guerra vencida oferece o dízimo dos despojos desta guerra ao sacerdote Melquisedeque. Observemos que em relação a Abraão o dízimo só é citado nesta ocasião. Abraão não dizimava regularmente de seus bens e na única vez que o fez, dizimou dos despojos de guerra. A Bíblia não nos ensina a repetir os atos isolados de Abraão, e se ensinasse deveríamos dizimar apenas quando fossemos a uma guerra e a vencêssemos. Outro caso de alguém dizimando antes da lei é o de Jacó, alias a bíblia não apresenta ele dizimando mas prometendo ( numa espécie de barganha com Deus) que faria se fosse abençoado . Vejamos: "E Jacó fez um voto, dizendo: ‘Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo" (Génesis 28:20-22). Jacó fez um voto – uma promessa (e notem que não há nenhum registo bíblico de que ele tenha cumprido alguma vez essa promessa!). Era uma promessa condicionada a cinco condições: SE Deus for comigo, SE Deus me guardar, SE Deus me der comida para comer, SE Deus me der vestuário para vestir, e SE eu voltar à casa de meu pai em segurança (que não aconteceu senão 20 anos mais tarde). ENTÃO, e somente então, Deus pode ter 10% de tudo o que me dá. Com base nesta passagem nenhum cristão está obrigado a dizimar, alias não temos que repetir os atos de ninguém, Jacó praticou muito atos reprováveis, e esta listinha que ele fez até parece com certas igrejas modernas, só que a promessa era para dízimar depois e hoje se dízima antes. Se o dízimo de fato era uma ordenança de Deus anterior a Lei, teríamos que adotar a circuncisão nos dias atuais, pois Deus ordenou isso a Abraão em Gênesis 17:10, em Gênesis 17:14 seria extirpado quem não fosse circuncidado, em Gênesis 17:24 Abraão com a idade de 99 foi circuncidado para a manutenção da aliança com Deus. Deus condicionou a circuncisão a aliança feita com Abraão não o dízimo. Dessa forma, se o dízimo era de fato uma ordem Deus, imaginem a circuncisão, que era vital para a manutenção da aliança entre Deus e Abraão... Se usarmos as regras vigentes anterior a lei temos que adotar todas as práticas de Abraão... Notemos que a circuncisão é também citada na lei, antes dela e no NT, porem não é ordenança para a igreja. Antes da lei também temos os sacrifícios e os sábados. O DIZIMO NO NT O dízimo não é ensinado no NT, nem por Jesus, nem por Paulo ou outro escritor das epistolas. Mas o fato dele ser citado é aproveitado por muitos para fazer dele mandamento para a igreja. Vamos as estas citações: Quando Jesus citou os dois homens que foram orar no templo, Ele cita que o fariseu se gabava de ser dizimista, mas isso não lhe ajudou em nada, quem saiu justificado foi o publicano que se reconhecia pecador. Neste texto não há nada que induza a igreja de Jesus a dizimar. A outra passagem do NT que fala sobre o dizimo esta em Mat 23 e texto relacionado em Lucas e seguramente é um dos mais utilizados para propor o dízimo com doutrina para a igreja, afinal Jesus ali diz fazei isso- dizime- sem omitir aquilo. Mas será o que o texto é avaliado corretamente? A quem e quando Jesus falou deveriam ser fatos a serem considerados. A lei vigorava e Jesus veio para cumpri-la. Desde o sacrifício de pombinhos, destinados aos mais pobres, conforme a lei apresentado por seus pais no seu nascimento, passando por sua circuncisão ao oitavo dia, até após sua morte quando as mulheres foram ao túmulo no domingo de manhã para ungir o corpo, vemos a lei sendo observada. Vemos Jesus curando leprosos e mandando eles se apresentarem ao sacerdote segundo a lei. Jesus falava a um povo sob a lei com a lei vigorando ( Ele ainda não tinha morrido) e portanto nada mais lógico dele ter falado isso, fazei isso ( conforme a lei). Mas isso não torna o dízimo doutrina para a igreja. Alem do mais se o verso 23 fosse mandamento para igreja pelo fato de Jesus ter dito fazei isso, o que dizer do verso 3? Vejamos: Mateus 23: 1-3, 23 1 Então, falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, 2 dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. 3 "Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam." ... 23 "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas." Se o "fazei estas coisas sem omitir aquelas," do verso 23, é mandamento para igreja o "observai e praticai tudo" do verso 3 também seria . E o que os escribas e fariseus diziam? Toda lei e muito mais, pois iam alem dela ( tenho minhas dúvidas se a hortelã, o cominho e o endro deviam ser dizimados ). Ainda resta os textos de Hebreus, mas não da para fazer mandamento de uma citação que visa simplesmente mostrar a superioridade de Jesus sobre o sacerdócio de Melquisedeque. Se o texto ensinasse dizimarmos teríamos um problema pois ali o sacerdócio de Melquisideque é apresentado como superior ao araonico e o dízimo dado hoje esta muito mais para o dízimo araonico da lei do que para o dízimo dado por Abraão ao sacerdote Melquisedeque, sobre este dízimo , diferente do dizimo da lei, não temos ensino de onde, como, quando e porque dizimar e muito menos do destino do dízimo arrecadado.
O ENSINO PARA A IGREJA Todo ensino para a igreja estão registrados nas paginas do NT e nele não vemos o dízimo. Vemos poucos textos falando do sustento de obreiro e uma maioria esmagadora de textos falando sobre a ajuda aos necessitados. No Novo Testamento não temos nenhum ensino sobre o dizimo para igreja ( Os textos dos evangelhos e de Hebreus já foram explicado), mas fala em contribuir para ajudar aos necessitados da igreja. Temos alguns textos falando sobre o sustento dos obreiros mas estes são minorias e não nenhuma relação com o dízimo. Diferente da igreja do tempo apostólico a igreja de hoje fala muito em dinheiro, mas seu destino é outro. Sustentar obreiros e estruturas se destacam enquanto a ajuda aos necessitados estão em segundo plano ( quando estão). Alem do mais estas contribuição eram voluntárias e segundo a prosperidade de cada um e a administração destas ofertas eram eficazes e sérias. Seguem-se alguns textos : Atos 2:44,45 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Nos primórdios da igreja o povo contribua com o objetivo de suprir a necessidade dos irmãos, ninguém tinha preocupação com o que era seu mas tudo era em comum. Aqui vemos contribuição e vemos que esta difere das ofertas e dízimos ensinados hoje e não visa a necessidade comum e cada irmão e sim sustentar obreiros e estruturas ( não que seja errado, mas o problema esta na prioridade.) Atos 2:44,45 Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Nos primórdios da igreja o povo contribuía com o objetivo de suprir a necessidade dos irmãos, ninguém tinha preocupação com o que era seu mas tudo era em comum. Aqui vemos contribuição e vemos que esta difere das ofertas e dízimos ensinados hoje e não visa a necessidade comum e cada irmão e sim sustentar obreiros e estruturas ( não que seja errado, mas o problema esta na prioridade.) Atos 4: 32,35 .. .Ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma coisa que possuia , tudo porém era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terra ou casas, vendendo-as. traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos, então, se distribuíam a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade. Aqui o texto segue o citado anterior ( Atos 2) A necessidade de cada um era prioridade e ninguém se apegava aos seus bens mas os usavam para suprir as necessidades dos irmão. Os apóstolos aqui começavam a ter a responsabilidade de ajudar nesta distribuição pois a eles eram entregues os valores e estes distribuíam. Continuando no texto vemos Barnabé vendendo uma propriedade e trazendo aos apóstolos e o caso de Ananias e Safira que fizeram isso pela motivação errada e mentindo sobre o valor da venda. Deus não quer este tipo de contribuição. Observem que a contribuição era voluntaria, os que faziam o faziam de coração, ninguém era obrigado ( conservando-o, porventura não seria teu? e vendido, não estaria em seu poder?), mas fazer para aparecer e mentir,Deus não não tolera. Atos 6;1.4 ... porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.... Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.... Escolhei dentre vós sete homens....aos quais encarregaremos deste serviço. O serviço de ajuda era primordial para igreja que surgia, e os apóstolos devido aos seus afazeres em relação a Palavra de Deus atribuíram este serviço aos diáconos para que esta distribuição fosse feita de forma correta, não esquecendo de ninguém. Aqui vemos que a função dos diáconos eram servir as mesas, ou seja distribuir entre os necessitados ( Hoje parece que em muitas igrejas o diácono serve para ficar na porta do templo, olhar os carros, chamar atenção das crianças... mas isso já é outro assunto) Continuamos a ver que ajudar, repartir era algo primordial a igreja, o povo contribuía e os apóstolos, depois os diáconos serviam a Deus ajudando neste ministério. Até aqui não vemos contribuição e ofertas para sustento do obreiros e estruturas ( até necessário se dermos a importância devida a cada ação) ATOS 10;4 ..e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus. Aqui vemos as esmolas ( ajuda ao necessitados) agradando a Deus, e no caso isso aconteceu mesmo antes de Cornélio conhecer a Jesus, este orava a Deus e dava esmolas e Deus se agradou disso que providencio alguém para lhe levar a mensagem com´reta do evangelho. O que agradou a Deus foi as esmolas que ajudavam os pobres não que sustentavam estruturas de templos. Atos 11:29 Os discípulos, cada um conforme suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na judeia. Diante de uma fome na região da judeia os discípulos contribuíram para socorrer os irmãos afetados por ela, E olhem que alem de voluntaria este socorro era segundo as posses.Alguma semelhança com os dízimos e ofertas modernas? Rom 15:26 "Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em beneficio dos pobres entre os santos que vivem em Jerusalém." De novo coletas em favor dos pobres. I Cor ¨16:1,2 "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme sua prosperidade. Mais uma vez, ofertas para os santos e esta oferta não tinham um percentual tipo dizimo, cada um faria segundo sua prosperidade ( e por favor não venham dizer que um percentual igual para todos é conforme a prosperidade, pois 1% de quem ganha uma bolsa família de 300,00 pode ser muito mais do que 50% de quem ganha 50.000,00) II Cor 8: 2,5 Como em muita prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente .Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. II Cor 9:1 Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos; II Cor 9: 7, Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. Gal 2:10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. I Tm 5:3 e 8 Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas. Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel Tg 2: 15,16 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Seria necessário mais comentários? Para quem quer pesquisar mais sobre o dízimos uma sugestão: " Desmistificando o dízimo" Paulo José F. de Oliveira ABU Editora (para mim o melhor livro editado sobre o tema) Vamos aos videos: ( Obs: vamos nos ater ao conteudo da mensagem, não aos mensageiros baseado em outras posições teologicas deles) Emerson Fragona: Ministério Vida ES / O Livro de Malaquias e o dizimo. Ed Rene: Pastor Igreja Batista Água Branca SP/ Dizimo e generosidade. Zé Bruno: Casa da Rocha SP / Dizimo hoje? VIctor Fontan ( Teologo presbiteriano) / Dizimo no Novo testamento?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

A abominável igreja cristã

(O texto tem mais de 10 anos, os probremas apresentados nas tais igrejas evoluiram e pioraram, nesta época não se fazia campanhas eleitorais de forma tão cinica como hoje em dia acontece em muitas chamadas igrejas, mais um problrma ao personagem do texto.)
Quero te convidar para um exercício de imaginação. Imagine que você é um não-cristão vivendo no Brasil de nossos dias e que, em determinado momento da vida, sente uma enorme sede por algo que venha a preencher o vazio de sua alma. Decide buscar na fé o sentido da vida e a razão da sua existência. Resolve, assim, antes de optar de cara por uma religião, fazer uma pesquisa. Você parte, talvez por insistência de amigos ou parentes evangélicos, a tentar descobrir o que significa afinal, ser um cristão e o que é a igreja evangélica brasileira dos nossos dias. Pois, quem sabe, não está ali a resposta? É uma tradição religiosa que, afinal, tem crescido, algo de bom deve ter ali. Então você decide ver como é essa tal de igreja evangélica. E, acima de tudo, você quer encontrar esse tal de Jesus, que dizem que preenche a nossa vida e a nossa alma. Mas…por onde começar? Na dúvida, em vez de ir a um templo pessoalmente, prefere ligar a TV. Mais fácil, rápido e sem envolvimento com todas as questões (e pessoas) de uma igreja local. Você sabe que na TV tem pastores (quem não sabe, hoje em dia? Tem tantos!). Não conhece muitos, logo, conclui, naturalmente, que aqueles ali devem ser a representação fiel de todo e qualquer pastor. Mas engraçado… quem você vê não se parece com um sacerdote, afinal pelo que você se lembra da época de catecismo, Jesus falava com amor e mansidão, chamando os que estão cansados e sobrecarregados para os braços do Pai. Mas, pelo contrário, vê um homem que só berra. Em vez de falar sobre dar a outra face, amar os inimigos e caminhar a segunda milha, ele fica meia hora falando sobre gays e blogueiros que querem denegrir sua imagem. Critica até outros pastores, veja você! Aí você ouve esse senhor chamando outro pastor de “cachorro morto” e esbravejar aos cuspes, berros e olhares que lembram os de Bela Lugosi. E você, o não-cristão, que ligou naquele programa ávido por aprender mais sobre Jesus e sobre o que é a vida com Cristo, começa a achar que aquilo ali é ser cristão. Afinal, aquele senhor é um pastor, embora ele não diga nada parecido com o que você esperava, como, por exemplo, “bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês“.
Decide esperar um pouco mais e, de repente, parece que valeu a pena… vê o mesmo pastor mudar de discurso, adotar uma postura mais suave, um tom de voz mais brando. Você sente-se aliviado, achando que agora ele vai falar de Jesus ou algo como “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam” ou mesmo “Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo“. Mas, para sua surpresa, o pastor começa a falar de dinheiro, dinheiro, dinheiro e a vender produtos e mais produtos, livros, bíblias, CDs, DVDs… montes de coisas, no cartão ou cheque pré. Parece a grande queima de estoque gospel de um camelódromo qualquer. Você acha aquilo muito estranho. Ainda tentando entender se o cristiansimo é a fé que vai preencher seu coração, decide procurar informações em outras fontes. Acessa então o website de outro conhecido pastor, que faz transmissões diárias pela Internet. Ah, agora sim, longe das pressões financeiras de manter uma mega estrutura de TV, você tem certeza que ouvirá o Evangelho genuíno. Naquele dia, curiosamente, em vez de falar sobre o amor de Jesus ou a eternidade, aquele pastor está comentando uma reportagem que saiu numa revista sobre os evangélicos. Uau, que legal! Agora você vai aprender muito sobre o cristianismo. Vc espera que o tal pastor ensine algo como “Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’ e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Também, qualquer que disser a seu irmão: ‘Racá será levado ao tribunal. E qualquer que disser: ‘Louco!’, corre o risco de ir para o fogo do inferno“. Mas, em vez disso, o pastor começa a dizer que todos os outros pastores que foram mencionados na matéria são “bundões”. Você não entende nada. Não era afinal o cristianismo aquela religião em que seu fundador disse “Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam“? E no entanto aquele pastor que fala tanto sobre amor chama outros pastores de “bundões”. Você fica confuso. Muito confuso.
Decide então ir para uma mídia social. Entra no twitter. Mas sai rapidinho, pois a quantidade de coisas que os cristãos falam ali são tão diferentes, sem uma linha em comum, são tantas visões diversas, tanta opinião sem embasamento bíblico, tanta frase tuitada fora de contexto, tanta gente defendendo tanta coisa díspare. Aquilo te deixa meio zonzo. Ficar 5 minutos no twitter faz você achar que Cristo era um cara muito confuso e que a fé cristã é uma grande Babel. Resolve então que vai buscar mais sobre Jesus e a igreja em outro lugar. Que tal… a rádio! Sim! A rádio! Ali certamente só haverá coisa boa! Então você sintoniza numa rádio gospel e ouve um grupo famoso que começa uma canção com o cantor dizendo “Senhor, eu quero ter um romance contigo!”. Você se assusta. Como assim? Seria esse o mesmo Senhor a quem o salmista diz “Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra! És exaltado muito acima de todos os deuses!“? Você acha estranhíssima essa coisa de ter um romance com Deus e muda de estação. Outra rádio gospel. Se assusta de cara, pois parece que a cantora está chorando. É o que ela chama de “ministrar”. Mas, meu Deus, que choradeira! Que tom de voz artificial! Quanta falação que não leva a nada! Aquilo te incomoda tanto que você resolve então mudar para uma rádio onde haja pregações. Sim! Se a Bíblia diz que é por ouvir a Palavra que vem a fé, nada melhor do que ouvir uma pregação. O pregador começa. E, rapaz, ele grita tanto! Berra! O povo em volta se sacode e se remexe muito, uma coisa estranhíssima. O homem no púlpito agarra o microfone e, em gritos alucinados, grita para Deus, repreende coisas que você não entende direito, grita, grita, grita…parece afinal que o Deus dos cristãos é surdo. Por um desses acasos, você se lembra da oração silenciosa de Jesus em que Ele diz “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém“. E não entende por que aquele rapaz da rádio pecisa gemer e gritar tanto.
Você decide perguntar para alguém da sua família que frequenta uma igreja e essa pessoa explica que aquilo é “manifestação do poder de Deus”. Você pensa então nas milhares de igrejas pelo mundo onde se ora num tom de voz normal, sem impostação, sem grito, apenas numa conversa franca, suave e aberta com o Pai… e pega-se pensando “será que, afinal, nessas igrejas não está o poder de Deus? Será que em igrejas em que não se grita nem se rodopia Jesus não salva almas, não cura enfermos, não restaura os caídos, não abraça os feridos?”. Você ouve até esse seu parente fazer uma piada com outros irmãos em Cristo, falando sobre “igreja sorveteriana, de tão fria”, e tem a nítida sensação (que não pode estar certa, deve ser impressão sua) que os cristãos são muito desunidos. Esse pensamento, de tão absurdo, foge rápido da sua mente, e você volta a refletir sobre a questão de se igrejas que não são barulhentas não têm o poder de Deus. E aí você se lembra que é impossível o poder de Deus estar ausente de onde Deus está e que a Bíblia assegura, nas palavras do próprio Cristo que “onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” e repara que o poder de Deus se manifesta em qualquer ambiente em que haja pessoas reunidas em seu nome. E decididamente fica sem entender aquela coisa de que para haver poder de Deus é preciso berrar, bater no púlpito e se comportar de modo até meio descontrolado. “Mas tudo bem, faz parte da cultura dessa ou daquela denominação” e, conformado, decide continuar em sua busca. Afinal, você tem um vazio na alma. Então, embora tudo aquilo lhe pareça muito estanho, você insiste. Muda de estação de rádio. O que ouve ali é um pastor… conversando com um demônio! Aquilo então lhe soa bizarro, pois pelo que já ouvira, a forma bíblica de Jesus de lidar com os demônios era não lhes dar nenhum papo, como diz Mateus 8.16 “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra! (mais sobre isso no post Batalha espiritual ou bandalha espiritual?). E, de repente, tem pastores usando espaço em que poderiam estar pregando que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores“, como ensina 1 Tm 1.15, mas…ficam dando oportunidade a demônios para tagarelarem sobre um altar que deveria estar sendo usado para exaltar o Todo-Poderoso. Cansado de tentar entender a fé cristã pela mídia – sem conseguir entender, pois a cada nova tentativa a coisa parece mais complicada – você opta por vencer a preguiça e visitar diferentes tipos de igrejas e comunidades cristãs. Vai primeiro a uma igreja de um pastor famoso, que tem milhares de seguidores no twitter. Mas o homem começa a ensinar que Deus não está no controle de tudo o que acontece, que as desgraças que ocorrem no mundo não têm anuência do Onipotente… só que aquilo contraria toda a lógica de dois mil anos de cristianismo, como você conhecia. Você se lembra de Jó, se lembra do Dilúvio, dos exércitos de faraó sendo afogados…não, aquilo não pode ser cristianismo, Deus ainda deve estar no controle. Mesmo que um ou outro pastor-celebridade diga que não.
Sai do culto e vai a outra igreja. Linda, pessoas muito bem arrumadas, opa, quem sabe nao é ali que você vai compreender Cristo? A pregadora começa a falar sobre Jesus te dar carro do ano se você crer, em ganhar uma bolsa Louis Vuitton se declarar a vitória e tomar posse da bênção, sobre como Deus pode fazer sua empresa prosperar se você der uma gorda oferta…. mas estranhamente nada daquilo preenche o vazio da sua alma. Você abre a Bíblia que comprou (uma cheia de estudos, de capa colorida e que estava numa promoção única) e lê “Aquele que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a penúria” e percebe que aquele discurso daquela senhora soa muito contraditório. Aí vira mais algumas páginas da sua Bíblia e lê lá no Novo Testamento que o próprio Jesus de Nazaré afirma: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam“. Tem algo muito estranho acontecendo nessa tal igreja, mas você ainda não conseguiu definir o que é. Resolve continuar procurando. E você, incansável, segue num périplo para entender o que é a igreja. E, mais que isso, para tentar conhecer esse tal de Jesus que dizem que preenche a nossa vida. Mas percebe que a linguagem de muitas igrejas é apenas dirigida pelo marketing, que sabe que cliente satisfeito volta, e por isso, muitas estão regendo suas práticas pelo mercado e buscam satisfazer o cliente. Nota ainda uma característica presente em quase todas: não se fala de morte, pois pelo discurso geral o negócio é aqui e agora, é o imediatismo (igrejas essas cheias de pessoas desesperadas, que estão atrás de uma ajuda rápida para situações urgentes). E sua cabeça dá um nó, pois afinal Jesus afirmou sem sombra de dúvida que o que importa no grande esquema das coisas é a eternidade, é a vida eterna, é o porvir: “Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação“. Já cansado da busca, você ouve falar de comunidades alternativas, que fogem do modelo institucional de igreja. Os chamados desigrejados, que saíram de igrejas tradicionais decepcionados não só com práticas e doutrinas, mas com pessoas. Resolve ir ao encontros de alguns desses grupos, vai que ali sim existe um cristianismo mais cristalino, longe da poluição das instituições maquiavélicas que “manipulam a Palavra de Deus”. Descobre, no entanto, que as pessoas que frequentam essas comunidades criticam hierarquias mas têm modelos hierárquicos, que criticam liturgias mas seguem liturgias, que abominam pastores mas têm seus “irmãos mais experientes na fé”, que não se reúnem em templos mas se reúnem em algum lugar. Mudam o nome das coisas (em vez de “igreja” se chamam “comunidades”, por exemplo), mas na essência nada muda, pois são formadas por pessoas e pessoas pecam (mais sobre esse assunto você pode ler nos artigos Jesus X Igreja: tornei-me cristão quando saí da igreja e Jesus nunca construiu templos). E aí você percebe que a igreja dos sem igreja é apenas mais do mesmo, só que com cores diferentes, e não se empolga com esse modelo.
Disposto a dar mais uma chance, pois aquele vazio continua, você vai junto com aquele seu primo crente que é adepto de um negócio chamado “batalha espiritual’ a um seminário onde ensinam montanhas de coisas sobre demônios, hierarquias demoníacas, nomes e cargos de demônios, mapeamento espiritual….rapaz, é demônio pra tudo que é lado. Curioso, você indaga, cochichando, ao seu primo de que lugar da Bíblia eles tiraram tanto conhecimento assim e ele gageja, hesita e diz que na verdade são revelações obtidas ou da boca dos próprios demônios (que, curiosamente mentem o tempo todo) ou de “ex-satanistas” que juram que faziam parte dos mais altos escalões do movimento satanista e começam a escrever livros e mais livros sobre o tema. Claro que viajam dando seminários (cobrando taxas bem gorduchas) , dando palestras e “ministrando” sobre o assunto. Mas nada daquilo veio da Bíblia! (você pode ler mais sobre isso no artigo Batalha espiritual ou bandalha espiritual?). E, adivinha só, você que esperava conhecer mais sobre Cristo e o cristianismo, só fica mais e mais e mais confuso – e, agora, cheio de doutrinas de demônios na cabeça. Exausto por tentar entender o que são afinal de contas a igreja e o cristianismo (e esse Cristo, que até agora você não encontrou), começa a detectar problemas gerais. Falta de acolhimento, frustração com o estilo de liderança, frustração com as ênfases doutrinárias, ênfase excessiva na contribuição e escândalos pululam em cada esquina. Abre o jornal e vê deputados, senadores, governadores e outros políticos da chamada “bancada evangélica” metidos em um monte de escândalos. É tanta coisa, tanto troço, tanta tramoia que você se vira para os seus parentes e diz: – Querem saber de uma coisa?! Desisti desse negócio de tentar conhecer Jesus! Não entendi se ser cristão é ser manso ou agressivo, se tenho de orar berrando ou não, se devo seguir a Bíblia ou coisas ensinadas por demônios, se devo cantar a Deus com respeito ou se devo ter um romance com Ele, se devo ir a uma igreja ou a uma comunidade que se reúne numa sala de estar…o que, afinal, é ser cristão?! Cadê a união?! Cadê a unidade?! Cadê “para que sejam um, assim como somos um”? Chega! Cansei! Preciso de um lugar onde eu encontre amor verdadeiro, unidade, paz e esperança! E não estou encontrando isso nessa tal igreja evangélica! Fui! Aí, convidado por um colega de trabalho, você vai visitar um centro de outra religião. Ali você encontra pessoas mansas e humildes de coração, que falam com carinho e ajudam o próximo. Fala-se ali muito de amor. Faz-se muita caridade. E você descobre que ali é o lugar onde tudo faz sentido. Igreja evangélica? Não, obrigado. E aqui acaba nosso exercício de imaginação, com a derrota total do cristianismo. Com uma chamada “igreja evangélica” tão falida que mais espanta que atrai. Que não tem apresentado nem representado Jesus de Nazaré. The End. Mas… Um segundo só. Por favor, ainda não vá embora. Pois essa história pode não acabar aqui.
Façamos outro rápido exercício de imaginação. Imagine uma igreja onde o Evangelho é pregado como Jesus ensinou. Sem shows, sem balbúrdia, sem marketing. Sem palcos iluminados, com sistemas de som espetaculares e sem nenhum equipamento de filmagem. Que siga hierarquias e liturgias bíblicas, não opressoras, mas defensoras da ordem e da boa administração e condução do Corpo de Cristo. Que tenha um modelo discipular, voltado a formar não consumidores da fé, mas discípulos do Senhor Jesus. Onde a leitura da Biblia, o jejum, a meditação, a oração e outras disciplinas fundamentais da fé cristã sejam estimuladas. Onde haja poucos membros, mas que esses poucos se conheçam pelo nome, se tolerem, se ajudem, intercedam uns pelos outros. Onde seja pregado o verdadeiro Evangelho, o Evangelho da renúncia, do “tome a sua cruz e siga-me“. Onde a mensagem não seja “o que eu posso ganhar”, mas “o que eu posso dar”. Onde ame-se a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (pelo menos tente-se fazê-lo). Onde dinheiro não seja causa, mas consequência, e algo que fique lá no fim da fila em termos de importância. Onde os pecadores não sejam apedrejados e expulsos, mas amparados, acolhidos, orientados, discipulados e postos novamente de pé. Onde Cristo seja glorificado na simplicidade. Onde uns lavem os pés dos outros. Onde haja contrição e confissão de pecados. Onde se pregue sobre morte, sofrimento, derrotas e dor – porque sim, isso também faz parte da fé. Essa igreja é possível. Acredite, é possível. Não há uma igreja perfeita. Mas essas igrejas onde busca-se o Evangelho puro e simples, longe dos holofotes e das colunas sociais gospel existem. Geralmente são anônimas, desconhecidas da mídia ou do grande público. Geralmente, seus pastores têm nomes que você nunca ouviu falar. Geralmente é onde se reune aquele remanescente que não dobrou seus joelhos a Baal. Não desista dessa busca. Ainda há igrejas onde você encontra Jesus de Nazaré. E onde você consegue viver o cristianismo como o cristianismo foi feito para ser. Desligue a TV com seus astros da fé, pare de ouvir grupos e cantores da moda, esqueça os ventos e os modismos, fuja de seminários estranhos, tire o diabo do centro e concentre-se em Deus… e procure essas igrejas. São igrejas anônimas, pequenas e desconhecidas, mas onde Jesus se orgulha de entrar e de dizer: “Aqui sim me sinto em casa”. Paz a todos vocês que estão em Cristo. MAURÍCIO ZÁGARI Publicado: 20/07/2011 em Amor, Amor ao próximo, Espiritualidade, Igreja dos nossos dias, Igreja institucional, Morte, Pecado, Teologia da Prosperidade, Vídeos, Vida após a morte, Vida eterna Fonte: Apenas1 https://apenas1.wordpress.com

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Será que vai parar? Para os que voltarem ao Evangelho PUro e simples sim.Será que serão muitos? Acredito que não. A nova seita veio para ficar.