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sábado, 17 de junho de 2017

Outro dia na Marcha para "Jesus".



No último dia 15 ocorreu em São Paulo, mais uma edição da tal “Marcha para Jesus”, onde o nome de Jesus serviu de marketing para os idealizadores da marcha, embora eu não descarte que Ele esteve presente na vida de  muitos que marcharam de forma sincera, apesar da manipulação que sofrem.

E nós do MEEB (Movimento pela ética evangélica brasileira) estivemos lá, como fazemos desde 2009 com uma proposta: “Voltemos ao Evangelho puro e Simples, o $how tem que parar”. Nosso objetivo foi o de levar  ao povo a reflexão sobre os reais motivos da marcha. De “desespiritualizar” um evento humano com intenções humanas que usa o  nome de Jesus para tentar torna-lo espiritual.

Eu questiono o porquê de uma marcha para Jesus e como seria uma marcha de fato para Ele.  Eu questiono por que uma marcha para Jesus é patenteada por um grupo religioso, Igreja Renascer e o Ap Estevam Hernandes, que detém os direitos do evento? Eu questiono o porquê dos  altos  caches aos artistas. Eu questiono o porquê das enormes fotos dos líderes nos trios elétricos ou o nome do artista nas fitinhas na cabeça do povo
A marcha é para Jesus mas as fotos enormes nos trios é do "apóstolo".

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Eu questiono o porquê da verba pública usada no evento e imagino como deve ter sido a negociata para tais, questiono o que foi comprado e vendido neste ato. Se você quer saber mais sobre o uso de verbas públicas no evento acesse :
 https://exemplobereano.blogspot.com.br/2017/06/uma-analise-sobre-o-uso-de-verbas.html

Se é para Jesus a direção deveria ser para a cruz, não para o palco. Se é para Jesus o objetivo deveria ser os necessitados , não o Show.




As vezes me questionam  se sou contra um show, se sou contra a diversão da juventude evangélica e minha resposta é não, mas que as coisas devem ser bem definidas, que se faça o show,  mas de a ele seu verdadeiro nome sem usar o nome de Jesus com atrativo.

Voltando a Marcha do dia 15 poderia dizer que vimos o mais do mesmo, nada de diferente dos anos anteriores , destacamos as palmilhas ungidas nos sapatos, as bandeiras de Israel, os “eu declaro” e falsas profecias no alto dos trios que se repetem todo o ano e nunca se cumprem, as dancinhas e coisas parecidas usadas como louvor, os gritos de palavras de ordem, como por exemplo “eu sou apostólico” que nada tem em haver com estar na doutrinas dos apóstolos como a igreja de Atos e sim estar sob a “cobertura”  dos “neos apóstolos”  sem base bíblica alguma, a venda de camisetas, os “bam bam bans”  que estavam na marcha mas não marchavam com o povão e iam confortavelmente em cima dos trios,  a indiferença pelos mendigos e moradores de rua que se tornaram invisíveis numa marcha para jesus...





Nossas faixas

Sobre nossas faixas, centenas de pessoas as leram, mesmo que alguns tenham olhado para elas com olhar debochado ou com raiva,  a grande maioria talvez tenha tido contado  com os textos bíblicos pela primeira vez, já que geralmente nestes ministérios só se ouvem textos manipulados sobre vitórias e prosperidade.  Esperamos que a semente plantada no seu devido tempo germine e leve o povo a questionar sobre qual evangelho vivem e compara-lo com o evangelho ensinado por Jesus e pelos verdadeiros apóstolos dele.

Destaco que um famoso pastor de cima do trio ( do lado da nova esposa bem mais nova, mas ai é outro assunto) deu tchalzinho para nós e ao ler o texto que fala sobre os falsos lideres fez gestos dizendo que não era ele, será que o texto foi uma carapuça que serviu ?


Outro ponto foi que o evento foi praticamente dominado pela igreja organizadora, onde percebi que quase todos os trios eram deles, não vi os de outros ministérios como nos anos anteriores.


Vimos um grupo carregando uma faixa dizendo que Deus ama a todos, um grupo que se  sente descriminalizados pela igreja,  que deve sim denunciar o pecado e convidar ao arrependimento, mas que deve fazer isso com amor, levando em conta que o pecado do outro não é maior do que os nossos que igualmente devem ser confessados e deixados. A igreja não deve ser vista como inimiga de pessoas nem deve impor  sua fé. A Igreja deve ensinar o que a Bíblia ensina com amor e carinho e apresentar o Deus de amor e mostrar que o perdão antecede o juízo.







A cobertura da imprensa deu muito mais destaque a entrevista do líder e pela oração contra o fim da corrupção, destacando que o líder e a esposa já foram presos nos EUA ( e só não estão presos por aqui no Brasil por que nossa justiça deixa muito a desejar) por tentar entrar no país com dinheiro ilegal escondidos na bíblia e por de certa forma apoiar o governo Temer tão corrupto quanto qualquer outro corrupto de plantão. O apoio as reformas também foi citado pelo apóstolo e claro que  sua declaração soa como apoio da multidão que ele representa. Fácil para quem não trabalha defender a reforma trabalhista que só é boa para o patrão. Fácil para quem não depende da previdência pública defender uma reforma que não mexe nos problemas centrais da previdência e sobra para o trabalhador. Será que aos jovens que marcharam pararam para pensar que terão que trabalhar muito mais para se aposentar e que muitos deles morrerão antes, com uma reforma que mexe  pouco com os privilegiados e que não fecha os canais que tiram dinheiro da previdência nem mexe  com os grandes devedores?  Teria o líder falado em nome do povo? E se sim,  teria o povo informações suficientes sobre  o que significa para si as defesas do líder? Se falou em seu nome próprio não foi imprudente falar no momento da Marcha e que fatalmente será visto como opinião dos presentes e não apenas do líder?




Destaques da Marcha na imprensa: Jesus só é citado no nome da marcha, já a politica é vista ( e com razão) como o motivo da marcha..
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"Marcha para Jesus em SP prega contra corrupção, poupa Temer e defende reformas... "(UOL)

"Marcha para Jesus atrai multidão para as ruas de São Paulo e tem tom político" (Estadão)



"Organizadores criticam ausência de Alckmin na Marcha para Jesus" (Folha)

"Pastor que foi preso nos EUA abre Marcha para Jesus pregando contra corrupção" (Revista Forum)

 




Somos gratos a Deus por todos que participaram do nosso ato de propor a volta ao Evangelho Simples e levar o povo a refletir, sejam eles os presentes ( a Seara é grande e  poucos os ceifeiros, mas Deus sempre levanta estes poucos) ou os que oraram e apoiaram nosso movimento.

Uma camiseta, uma faixa, um coração voltado ao evangelho puro e simples e o desejo de tirar as escamas dos olhos  de quem vive no engano e este movimento pode acontecer num evento semelhante em sua cidade. Pense nisso, ore por isso e se precisar de algum apoio conte conosco.



“ VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES O $HOW TEM QUE PARAR”


Jornal Agora destaca o MEEB.



Um pouco da Marcha.



Ao som de tambor.





Por: Laudinei

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