Não é implicância, sério. Mas não dá para imaginar que a feira tenha por fim levar a Palavra de Deus. Seu fim é o de levar os fiéis a consumirem os produtos gospel, afinal, já que eles vão ter que consumir alguma coisa, que seja alguma coisa sob o marketing cristão.
Mas desde quando Cristo se tornou um produto de mercado?
Desde quando não sei, só sei que se tornou. Ele, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, o próprio Verbo tornou-se um produto, e dos mais rentáveis. Na feira havia Bíblias sendo vendidas a R$ 1,99, e outras vendidas a R$ 50,00, R$ 110,00, R$ 118,15.
Ora, mas a Palavra de Deus não é a mesma? Então, como entender um disparate tão grande nos preços das Bíblias?
Eu não entendo, já que não acho justo alguém enriquecer às custas da Palavra de Deus. Se alguém consegue vender por R$ 1,99, não dá para entender que se venda por R$ 118,15. Um exemplo é a Bíblia da Batalha Espiritual e Vitória Financeira, que em seu lançamento, em 2009, era vendida por mais de R$ 100,00 (e “dada de graça” para quem ofertasse R$ 900,00). Nessa edição da feira, estava sendo vendida por R$ 50,00. Ora, será que ela já não poderia ter sido vendida a 50 em seu lançamento (pois, mesmo a cinquenta reais, duvido muito que não haja algum lucro, mesmo pequeno)?
A Palavra de Deus tornou-se um produto, vendido sob a forma de Bíblias e também sob a forma de pregações pagas a alto preço. Quantos artistas pregadores gospel iriam à sua igreja levar a Palavra sem um cachê preestabelecido? E quantos dos que se dizem músicos gospel fariam o mesmo?
Como nos demais anos, lá estávamos, em pequeno grupo, passeando com nossas camisetas. Em meio ao carnaval gospel, alguém leu uma das frases bíblicas em nossas camisetas e exclamou, indignado: “Como o diabo é sujo!”. Como se o diabo é que tivesse escrito aquelas partes da Bíblia que os da Teologia da Prosperidade preferem ignorar a encarar com temor, tremor e seriedade…
Entre uma multidão de mauricinhos e patricinhas gospel, havia pessoas com o coração puro e voltado a Deus. Entre esses, tivemos a grande alegria de reencontrar o Pr. Hector e sua esposa Raquel, mais vítimas de sistemas religiosos enganosos, focados em pseudo-visões numerológicas, que cegam seus líderes e os fazem joguete dos fundadores dessas visões. Mas, graças a Deus, hoje têm sua igreja firmada em Cristo, não em 12, 7, 4 ou outro número qualquer.
Abaixo um resumo do que vimos nessa feira. Após assistir ao vídeo, responda para si mesmo: é uma Expocristã ou uma ExpoMAMOM?
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!
O $HOW TEM QUE PARAR!
Abençoamado,
ResponderExcluirPaz
Excelente o seu comentário no blog do Carpintero sobre os tais cultos de restituição, bem como esta sua mensagem sobre o vale-tudo gospel.
O que achas da nova colher de pedreiro do Waldemiro da Mundial do Poder de Deus?
Puxa vida, logo agora que acabei de construir minha casa!!!kkkk
Sobre este bizarro embuste comentei assim no blog do amado pastor Anselmo - A PEDRA:
Estelionatário, farsante, patifório, picareta, pulha, biltre, vigarista, safardana, trapaceiro, embusteiro - eis ai 10 (dez) razões naturais para esse cara ir em "cana";
Desespero, ambição, credulidade, ignorância, ingenuidade, conivência, conluio, justiça/(torpeza /bilateral), estado laico (CF/ art 5:VI) - eis ai as nove razões que permitem a livre ação desses "MEGAngsters evangelistas".
Se gritarmos “pega ladrão!” não fica um meu irmão.
Seu conservo nEle que nos amou primeiro.
Alberto