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Muitos nos procuram querendo comprar uma camiseta do movimento pela ética evangélica, Nós não comercializamos camisetas, mas quem quiser ter uma basta pegar o modelo e mandar fazer no local de sua preferencia: http://exemplobereano.blogspot.com.br/2014/02/camisetas-do-movimento-pela-etica.html

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


TROFÉU BALAÃO ( O Óscar dos heréticos e anti éticos)


Mais um ano termina e como sempre o meio evangélico foi impactado ( negativamente) por heresias,manipulações, bizarrices, maracutaias , falta de ética, imoralidades...


É difícil "premiar" o melhor ( no caso o pior) mas com certeza alguns episódios se destacaram, seja pela originalidade, seja pela criatividade ou cara de pau dos autores.

Segue-se alguns candidatos ao premio TROFÉU BALAÃO 2009. Outros candidatos poderão ser votados.

Votem na pesquisa ao lado e comentem abaixo:

Votem e divulguem a eleição em outros blogs:

Em Janeiro divulgarei os resultados. ( se alguém votar rs)



1)
Silas Malafaia e Morris Cerulo e a unção financeira de 900 paus.

http://www.youtube.com/watch?v=PvW738BT0nQ

2)
Rui Paiol e a profetada sobre as eleições na CGADB

http://www.ruiraiol.com.br/audio/play.swf





3)

A oração da propina em Brasília

http://www.youtube.com/watch?v=xuaRqvzX5jY





4)

O "trizimo" do Waldomiro.

http://www.youtube.com/watch?v=b_TsMhB1cOw





5)
Os "evangélicos" estão no ar: Todo mundo quer um jatinho ( Rene, Samuel, Silas....)

http://www.pulpitocristao.com/2009/11/samuel-camara-de-aviaozinho-novo-enche.html#comment-form
http://www.pulpitocristao.com/2009/12/silas-malafaia-compra-aviao-de-12.html


6)
O Sacrificio de R$ 7,00 do "chapinha" ( Feliciano)

http://www.pulpitocristao.com/2009/12/silas-malafaia-compra-aviao-de-12.html

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Meninos de rua da igreja


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[Nunca poderemos falar do fracasso do cristianismo, é impossível que ele fracasse. O que fracassa é a falsificação esfarrapada o que é verdadeiro, que nós nos propomos a suportar. – Geoffrey King]
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Um dos maiores problemas sociais que enfrentamos no Brasil, pode ser facilmente contemplado todos os dias nas esquinas, ruas e vielas de nosso país. Falo dos “meninos de rua”, crianças que são propostas a viver em situações calamitosas, vivendo na sujeira, totalmente esfomeadas, desprovidas de recursos que são necessários para formação de uma saúde física e mental, e com isso elas acabam perdendo a esperança de no futuro se tornarem adultos realmente efetivos dentro da sociedade.Estas crianças sofrem na pele a descriminação e marginalização decorrente do tratamento que a sociedade deliberadamente deposita nestes “pequeninos”, que nunca são compreendidos e muito menos tolerados.Qual de nós que pelo menos uma vez na vida não se sentiu molestado, ou até foi agredido por uma criança destas? Elas são completamente imprevisíveis, algumas são doces, outras agressivas, mas todas sofrem o mesmo mau, a necessidade de paternidade.Como a sociedade não sabe como lidar com elas, acaba por atirá-las em “instituições sociais”, onde a grande maioria destas, não passa de verdadeiros depósitos de lixo humano e faculdades do crime, que na verdade não fazem nem sombra diante das necessidades destes pequeninos.Por mais triste que pareça a realidade, a grande maioria destas crianças acaba por morrer nos vícios e tráfico, ou cair na prostituição e marginalidade. O descuido e o descaso da sociedade se tornaram descarados, diante deste grave problema social, que mata milhares de pequeninos brasileiros, que morrem sem amparo esfomeados de amor e compaixão nas portas de nossas residências.Pensando nesta realidade, meditei sobre a realidade da igreja, que talvez para nós aparentemente não haja uma conexão direta, mas com os assuntos que irei abordar adiante, talvez você venha a se surpreender.Depois de refletir sobre o assunto, cheguei à conclusão de que espiritualmente não estamos distantes desta realidade, pois é certo que a sociedade sofre diretamente a influência com a situação espiritual da Igreja.Fatores como violência, impunidade, são resultados de uma baixa moral provinda dos meios sociais e religiosos que auxiliam diretamente no mantenimento da ordem dentro de uma sociedade.A pergunta que fica é: Como podemos exigir da igreja uma posição diante destes problemas sociais, quando o tratamento dentro da “instituição igreja” não se difere em nada a exclusão social que é dada aos meninos de rua? Cheguei à conclusão de que a antiga frase, que podemos chamar de “chavão evangélico”, é uma grande realidade, onde se diz que a igreja é a único exército que executa seus feridos.No seminário, uma frase que um professor disse me marcou a mente. Onde ele afirmou que para se matar um crente ferido, bastava apenas entregá-lo a seus compatriotas evangélicos, pois com certeza terminariam o serviço.Como podemos fazer exigências diante das necessidades sociais de nosso país, quando em nossas atitudes navegamos em um mar de hipocrisia, correndo atrás de profecias de riqueza e prosperidade, a preço do sangue de nossos compatriotas? Como vamos ter moral diante da sociedade, quando nossa casa esta uma bagunça? Onde o melhor que oferecemos para nos representar diante dos líderes de nosso país são canastrões que foram presos por esconder dinheiro na Bíblia? É fato, temos de ajeitar a casa, começando por reconhecer nossos problemas e tratar nossos marginalizados.Como no início do texto cheguei a uma dolorosa conclusão, que junto comigo existem milhares de pessoas, que por encararem e confrontarem estas realidades não foram aceitos dentro dos ambientes religiosos, acabando por serem expulsos, excluídos e executados intelectualmente por suas comunidades, caindo num estado de marginalização decorrente à sua atitude repreensiva, a falta de ética comumente em seus ambientes religiosos.Hoje temos que encarar que surge uma nova classe de “cristãos” que esta abandonada pelas esquinas e vielas da igreja, caminhando pelos cantos escuros, muitos lesados pelo abandono, outros lutando pela sobrevivência. Pessoas que lutaram pela dignidade exigindo o que era justo da instituição, mas foram atropelados por uma avalanche, resultados de uma crise ética decorrente do momento em que nos encontramos.Muitos morrem, outros sobrevivem, alguns mendigam, outros roubam, mas todos buscam a mesma coisa, uma igreja mais justa, um lugar para reclinar a cabeça e descansar neste deserto que é o mundo. Um Oasis, um lugar de aceitação, família, agregação e apoio, é o que estes “cristãos" querem. Estas pessoas, grupo ao qual tenho orgulho de me dizer participante, verdadeiramente são sobreviventes, venceram os abusos decorrentes da religião. Fizeram jus a sua fé, e são dignos de nossa compreensão e aceitação, acima de tudo merecedores de nossa adoção. São poucos que podemos dizer não serem lesados com as patologias decorrentes aos abusos, mas em minha análise, se hoje apontarmos quem representaria melhor um verdadeiro evangelho, com certeza não encontraríamos nos grupos religiosos, e sim, em meio a estes excluídos da igreja.É certo que grande maioria não suporta a pressão, e a exemplo dos meninos de rua, acabam morrendo ou deteriorando por não suportar a exclusão religiosa. Tenho amigos que por causa da descriminação que sofreram em suas comunidades, acabaram por adquirir varias patologias a ponto de ter que se submeter a uma infinidade de tratamentos psiquiátricos na tentativa de darem continuidade em suas vidas. Tenho conhecimento de outros que estão hoje internados em instituições psiquiátricas, como o caso de uma igreja onde participei, que os líderes submeteram uma menina saudável, que era estudante de enfermagem, a uma regressão induzida por hipnose, “fruto de práticas excêntricas de cura interior”, que a levou a um surto psicótico irreversível, e até as últimas informações que tive, ela estava internada em um hospício na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.Percebemos vários destes, hoje pela internet ou por outros meios tentando apedrejar os telhados das instituições evangélicas, tentando retribuir de forma a vingar-se do abandono sofrido por suas comunidades. Assim como muitas crianças de rua fogem de suas residências devido aos abusos sofridos, muitos cristãos estão fugindo de suas denominações por causa das práticas abusivas a que são submetidos. Destes grupos podemos fazer uma análise e chegaremos à conclusão de que uma porcentagem muito pequena consegue sobreviver, depois de todas as barbáries ao qual foram submetidos. Como já havia falado outras vezes, em muitos ambientes evangélicos “pensar é um crime passível de execução”. Os que sobrevivem, em grande maioria lutam para continuar em atividade nos meios cristãos, atuando em áreas sociais ou trabalhando diretamente com pessoas. São indivíduos que procuram não determinar o seu cristianismo as quatro paredes, ou em uma dependência parasita das denominações, procuram simplesmente “ser”, sem barreiras ou dogmas, tornando-se cristãos efetivos.Embora marginalizados, muitos destes “meninos de Rua da Igreja” lutam por um evangelho de justiça, desprendendo-se do jugo falsário do “denominacionalismo” vivendo um evangelho livre, sem as barreiras “pseudo-doutrinárias”, estudando e crescendo, desprendendo-se das cadeias de um cristianismo preso a ignorância, regido por coação e medo. Deixaram seus ambientes “esterilizados” para viver em meio a uma sociedade em contato com os detritos do mundo, exercendo um cristianismo prático e empático. Tendo por resultado desta liberdade a compreensão verdadeira do que é profano e sagrado, pois muitas coisas que julgamos “sagradas” para Deus são abomináveis, e outras que condenamos como profanas, por Deus são santificadas.Pessoas que não levam sobre si nenhuma bandeira, mas tem tatuado em seus sofridos corações sobreviventes, a mensagem gravada em letras garrafais e escrita com sangue, falando de um evangelho de justiça e inclusão.Penso que é tempo da “igreja denominacional” reconhecer estes “desagregados”, e transformar-se para entender que o evangelho não pode ser detido em nossos dogmas doutrinários. Creio que de certa forma alguns novos movimentos com muito sucesso tem conseguido incluir e recuperar estes “meninos de rua da igreja”, mas ainda há muito a se fazer para que parte deste problema de “exclusão eclesiástica” venha a se resolver dentro das instituições evangélicas. Mas um grande princípio já é notável nestes novos movimentos que buscam requestionar fatores como a cultura e a transculturalidade, revisando nossas condutas e base doutrinárias, buscando uma aproximação maior com uma teologia mais histórica.O primeiro passo que devemos dar para uma reestruturação na igreja, relativo à sua função social, é começar com uma “arrumação” severa em nossa casa. Não podemos falar de justiça social, sem primeiro lavar nossas vestes em relação à vida comunitária e reestruturação doutrinária. Não podemos adotar nossa sociedade sem primeiro solucionar os problemas relativos a esta grande evasão, e a alta taxa abortiva de neófitos. Não acredito em uma nova reforma, mas creio no poder transformador do efeito conversão, e com certeza precisamos “converter” e reformular nossa forma de “ser” igreja, manifestando a multiforme sabedoria de Deus unilateralmente.Penso que, “Como podemos falar de amor, ao ponto de que as calçadas de nossas denominações estejam cheias de meninos de Rua da Igreja, a mendigar um pouco de afeto e adoção?”
“Que reine primeiro a justiça em nossas igrejas, e depois flua para sociedade.”


Pr. Leandro Barbosa

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Encontrando Deus na ÚLTIMA FRONTEIRA

Já vimos que Deus Se revela através das Escrituras, da Criação, da Igreja, e sobretudo, através de Seu Filho Jesus Cristo. Ele é a revelação definitiva de Deus.
Porém, resta-nos uma última fronteira, onde para muitos, Deus Se mantém escondido.
Não se trata dos mistérios do Cosmos, como os buracos negros, quasares, galáxias longínquas, super-novas, etc.Também não se trata do mundo subatômico, quântico.
Trata-se, antes, daqueles com quem Cristo Se identifica de maneira mui peculiar: Os pobres e excluídos da sociedade. É lá que Deus Se mantém velado, à espera de quem O busque.
Não basta encontrar Deus nas Escrituras, na Igreja, na Criação, se não nos dispusermos a buscá-lO nos pequeninos. É assim que Ele os chama.
Veja o que Jesus diz sobre isso:
“Quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações se reunião diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. Ele porá as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Pois tive fome, e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu, e me visitastes; preso e fostes ver-me. E perguntarão os justos: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou preso e fomos ver-te? Ao que lhes responderão Rei: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt.25:40).
Ao sairmos ao encontro desses pequeninos, é com Cristo que nos deparamos. Engana-se quem imagina poder encontrá-lO nas catedrais dos grandes centros urbanos. Seria como se os magos esperassem encontrar o Messias recém-nascido no palácio de Herodes. Cristo está sob as marquises dos prédios abandonados; atrás das grades das prisões públicas; nas palafitas construídas às margens das valas negras.
Não vamos simplesmente para lhes dar algo que não tenham. Vamos ao encontro de algo de que necessitamos desesperadamente.
Muitos se dedicam às obras de caridade por um desencargo de consciência. Alguns até para driblar a culpa que lhes tira o sono. Ajudar aos pobres faz com que se sintam confortáveis consigo mesmos, pertencentes a uma classe superior, ricos, qualificados. Quando deveriam, sim, sentir-se envergonhados. A pobreza denuncia nossa arrogância, nossa prepotência, a injustiça imperante no sistema do qual tiramos nossa subsistência.
Deus Se esconde de tal maneira nos pobres, que nem mesmo Seus escolhidos dão conta de reconhecerem-No. Daí a pergunta: Quando, Senhor?
Ficamos embebecidos com o espetáculo da natureza. É relativamente fácil enxergar a majestade divina num pôr-do-sol, num arco-íris, e até no canto de um passarinho. Tudo isso é muito belo, e, de fato, aponta para Deus, manifestando Seus atributos invisíveis.
Encontrá-lO nas Escrituras é uma questão de fé. Nossos olhos são desvendados pela ação do Espírito Santo, que nos faz compreender o testemunho de Deus registrado nas páginas sagradas (Pv.1:23). Porém, buscá-lO e encontrá-lO no pobre, no indefeso, no preso, no enfermo, somente através das lentes do amor.
Esta é, por assim dizer, a última fronteira na qual Deus Se mantém escondido.
Como a igreja primitiva lidou com esta verdade indiscreta e perturbadora? Ninguém melhor que Tiago, irmão do Senhor, para nos responder:
“Glorie-se o irmão de condição humilde na sua alta posição. O rico, porém, glorie-se na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva” (Tg.1:9-10).
O Evangelho do Reino é a mais subversiva de todas as mensagens já anunciadas entre os homens. O que os homens chamam de sabedoria, Deus chama de loucura. O que chamamos de fraqueza, Deus chama de força. O que acreditamos ser riqueza, Deus afirma que é miséria.
Seguindo a lógica do Reino, Tiago diz que o irmão de condição humilde deveria gloriar-se em sua alta posição. Não se trata de posição social, mas espiritual, uma vez que Deus o escolheu.
Paulo reverbera o mesmo ensino, quando nos conclama a conferir: “Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que ninguém se glorie perante ele” (1 Co.1:26-29).
Gloriar-se em sua condição humilde é o mesmo que gloriar-se em Deus, em vez de em si mesmo e em seus recursos naturais.
Tiago não faz média com os ricos do seu tempo. Pelo contrário, ele os confronta. “O rico, porém, glorie-se na sua insignificância” (Tg.1:10a). Que golpe na arrogância de quem se acha importante. Que insulto à sua vaidade!
Recentemente, uma pesquisa feita pelo instituto britânico New Economics Foundationrevelou que pessoas que trabalham fazendo faxina em hospitais têm mais valor para a sociedade do que os funcionários de alto escalão de um banco. Enquanto o faxineiro gera cerca de R$ 30 de valor para cada R$ 3 que recebe, o bancário com salário anual a partir de R$ 1,5 milhão) é um peso para a sociedade, custando cerca de R$ 21 para cada R$ 3 que ganham. O faxineiro rende dez fez o que ganha. O bancário dá prejuízo de sete vezes o que ganha.
Como uma igreja em nossos dias receberia o executivo de um banco? E como receberia um faxineiro? Seriam tratados de igual maneira?
Infelizmente, nos adequamos ao espírito deste mundo, e abandonamos a mensagem subversiva do reino.
Muitas igrejas têm se especializado em alcançar a classe média alta, desprezando completamente as classes mais baixas e necessitadas. Este se tornou o sonho de consumo de praticamente todos os ministérios hoje em dia. Todos querem as classes A e B. Ninguém quer as classes D e E.
As grandes denominações querem ter Sedes nos bairros mais abastados da cidade. Enquanto isso, as favelas são relegadas a segundo plano. Quando surge alguma igreja nelas, geralmente é por iniciativa dos próprios moradores. Alguns pastores até investem em igrejas nestas comunidades carentes, para evitar que seus moradores desçam para o asfalto e freqüentem seus templos luxuosos, trazendo incômodo aos seus membros mais distintos.
Este não é um problema recente. Tiago teve que enfrentá-lo nos dias da igreja primitiva.
Veja o que ele diz:
“Meus irmãos, como crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, não façais acepção de pessoas. Por exemplo: Se na vossa reunião entrar algum homem com anel de ouro no dedo, e com trajes de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e atentardes para o que tem os trajes de luxo, e lhe disserdes: Assenta-te aqui em lugar de honra, e disserdes ao pobre: Fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do estrado dos meus pés, não fazeis distinção entre vós mesmos, e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus aos que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre” (Tg.2:1-6a).
Parece que Tiago estava falando diretamente com os pastores de nossos dias, alguns dos quais chegam a destacar alguém para o ministério local por causa de suas vultuosas contribuições. Quantos diáconos precoces? Presbíteros despreparados, que mal se converteram, e logo foram içados a uma posição na igreja. Já o pobre, o que não usa roupas de grifes famosas, não só são ignorados, como às vezes são até rechaçados. Há quem até sugira: Procure outra igreja, onde as pessoas sejam do seu nível social. Aqui não é pra você.
É lamentável ter que admitir isso. Mas é a mais pura verdade. As pessoas valem o quanto pe$am.
Desonrar o pobre é desonrar Àquele que o criou, e o escolheu para ser Seu esconderijo.
É bom que se diga que Deus não tem nada contra os ricos. Deus igualmente os criou. O que ofende a Deus é o fato de muitos se estribarem em suas riquezas materiais.
A única maneira do rico agradar a Deus é reconhecer seu estado de miséria espiritual. Ou no dizer de Tiago, sua “insignificância”. Reconhecer que todo o seu dinheiro é incapaz de garantir-lhe uma vida de significado e propósito.
Assim como há ricos que são “pobres de espírito”, há pobres que são arrogantes, e que tentam passar uma imagem de abastança. Como diria o adágio: Comem sardinha, arrotam caviar.
O sábio Salomão os denuncia:
“Uns se dizem ricos sem ter nada outros se dizem pobres, tendo grandes riquezas” (Pv.13:7).
Pobreza de espírito é manter-se na total dependência de Deus. Jamais jactar-se em seus próprios recursos, sejam eles parcos ou abundantes.
Se a Igreja almejar ser canal através do qual Deus Se revele ao mundo, ela terá que admitir sua pobreza. E isso equivale a tomar a contramão da postura adotada pela igreja de Laodicéia.
Leia atentamente o que Cristo diz aos laodicenses:
“Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas” (Ap.3:17-18).
De acordo com a doutrina da confissão positiva, tão apregoada em nossos dias, a igreja de Laodicéia estava corretíssima em fazer tais “declarações de fé”. Entretanto, Cristo reprovou sua postura arrogante e auto-suficiente. Se fosse verdade que palavras positivas seriam capazes de atrair prosperidade para quem as proferisse, as Escrituras não diriam: “Em todo trabalho há proveito, mas meras palavras só conduzem à pobreza” (Pv.14:23).
Cristo chega a usar de sarcasmo com aquela igreja prepotente. Era como se Ele dissesse: Já que vocês são tão ricos, prósperos, auto-suficientes, vou lhes dar um conselho: Usem seus recursos para adquirir o que vocês ainda não têm: A verdadeira riqueza.
Paulo usa sarcasmo semelhante ao escrever para outra igreja que achava não ter falta de coisa alguma: Corinto.
“Pois quem tem faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido? Já estais fartos! Já estais ricos! Sem nós reinais! E oxalá reinásseis para que também nós reinemos convosco! Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculos ao mundo, aos anjos e aos homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo! Nós fracos, mas vós dois fortes! Vós sois ilustres, nós desprezíveis (...) Até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos” (1 Co.4:7-10,13b).
Qual o auto-intitulado apóstolo de nossos dias que pode apresentar-nos as mesmas credenciais? Se lermos os versos que omiti (11-12), veremos o quanto Paulo sofreu pela causa do Reino.
Precisamos descer de nossos pedestais ministeriais e admitir nossa profunda pobreza. E quando a admitimos, já não nos ofendemos quando Deus usa o mais humildes dentre os homens para nos abençoar com um prato de comida, ou qualquer outra provisão. Pergunte a Elias como ele se sentiu quando percebeu que o canal escolhido por Deus para alimentá-lo era uma viúva pobre de Sarepta.
Jesus disse que devemos aprender d’Ele que é manso e humilde de coração. Manso para repartir seu próprio pão, humilde para receber sem sentir-se constrangido. A palavra traduzida por “manso” tem a conotação de “desapegado”. Manso é aquele que já não faz questão de coisa alguma. Aquele que vê sua túnica sendo repartida entre os soldados romanos, e não a reclama para si. Já o ser humilde significa está sempre pronto a receber, mesmo quando o canal usado por Deus é de condição mais humilde que a nossa.
O chamado de Deus para a igreja deste tempo é um chamado à pobreza. Não estou falando de um voto de pobreza semelhante ao feito por monges franciscanos. Mas de uma pobreza em que admitimos que nossa suficiência vem do Senhor.
Aí poderemos nos apresentar como Paulo: “Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co.6:10).
O que constrangerá o mundo quanto ao amor de Deus não serão testemunhos de pessoas que se enriqueceram depois que abraçaram a fé em Jesus, e sim de pessoas que abriram mão de tudo por amor ao seu semelhante.
***Hermes Fernandes é um dos mentores da Santa Subversão Reinista no Genizah

fonte: Genizah

sábado, 19 de dezembro de 2009

REFLETINDO SOBRE O QUE É IGREJA.

Enquanto para muitos o conceito de igreja ainda se restringe a templos e cultos dominicais, a IGREJA segue sua missão.

O dizímo e a igreja (conclusão)

Para quem não leu a primeira parte, é só voltar um pouco neste blog:  (http://exemplobereano.blogspot.com/2009/04/o-dizimo-e-igreja-o-dizimo-e-uma-das.html)




.No Novo Testamento não temos nenhum ensino sobre o dizimo para igreja ( Os textos dos evangelhos e de Hebreus já foram explicado), mas fala em contribuir e na maioria esmagadora das vezes contribuir tinha um objetivo especifico. Ajudar aos necessitados da igreja. Temos alguns textos falando sobre o sustento dos obreiros mas estes são minorias.


DIferente da igreja do tempo apostólico a igreja de hoje fala muito em dinheiro, mas seu destino é outro. Sustentar obreiros e estruturas se destacam enquanto a ajuda aos necessitados estão em segundo plano ( quando estão).

Alem do mais estas contribuiçoe seram voluntarias e segundo a prosperidade de cada um e a administração destas ofertas eram eficazes e sérias.

Seguem-se alguns textos :



Atos 2:44,45

Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.


Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.



Nos primórdios da igreja o povo contribuía com o objetivo de suprir a necessidade dos irmãos, ninguém tinha preocupação com o que era seu mas tudo era em comum.

Aqui vemos contribuição e vemos que esta difere das ofertas e dízimos ensinados hoje e não visa a necessidade comum e cada irmão e sim sustentar obreiros e estruturas ( não que seja errado, mas o problema esta na prioridade.)







Atos 4: 32,35

.. .Ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma coisa que possuia , tudo porém era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terra ou casas, vendendo-as. traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos, então, se distribuíam a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.



Aqui o texto segue o citado anterior ( Atos 2) A necessidade de cada um era prioridade e ninguém se apegava aos seus bens mas os usavam para suprir as necessidades dos irmão. Os apóstolos aqui começavam a ter a responsabilidade de ajudar nesta distribuição pois a eles eram entregues os valores e estes distribuíam. Continuando no texto vemos Barnabé vendendo uma propriedade e trazendo aos apóstolos e o caso de Ananias e Safira que fizeram isso pela motivação errada e mentindo sobre o valor da venda. Deus não quer este tipo de contribuição. Observem que a contribuição era voluntaria, os que faziam o faziam de coração, ninguém era obrigado ( conservando-o, porventura não seria teu? e vendido, não estaria em seu poder?), mas fazer para aparecer e mentir,Deus não não tolera.





Atos 6;1.4

... porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária....


Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas....


Escolhei dentre vós sete homens....aos quais encarregaremos deste serviço.



O serviço de ajuda era primordial para igreja que surgia, e os apóstolos devido aos seus afazeres em relação a Palavra de Deus atribuíram este serviço aos diáconos para que esta distribuição fosse feita de forma correta, não esquecendo de ninguém. Aqui vemos que a função dos diáconos eram servir as mesas, ou seja distribuir entre os necessitados ( Hoje parece que em muitas igrejas o diácono serve para ficar na porta do templo, olhar os carros, chamar atenção das crianças... mas isso já é outro assunto)

Continuamos a ver que ajudar, repartir era algo primordial a igreja, o povo contribuía e os apóstolos, depois os diáconos serviam a Deus ajudando neste ministério. Até aqui não vemos contribuição e ofertas para sustento do obreiros e estruturas ( até necessário se dermos a importância devida a cada ação)





ATOS 10;4

..e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus.



Aqui vemos as esmolas ( ajuda ao necessitados) agradando a Deus, e no caso isso aconteceu mesmo antes de Cornélio conhecer a Jesus, este orava a Deus e dava esmolas e Deus se agradou disso que providencio alguém para lhe levar a mensagem com´reta do evangelho. O que agradou a Deus foi as esmolas que ajudavam os pobres não que sustentavam estruturas de templos.







Atos 11:29

Os discípulos, cada um conforme suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que moravam na judeia.



Diante de uma fome na região da judeia os discípulos contribuíram para socorrer os irmãos afetados por ela, E olhem que alem de voluntaria este socorro era segundo as posses.Alguma semelhança com os dízimos e ofertas modernas?





Rom 15:26

"Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em beneficio dos pobres entre os santos que vivem em Jerusalém."



De novo coletas em favor dos pobres.





I Cor ¨16:1,2



"Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme sua prosperidade.



Mais uma vez, ofertas para os santos e esta oferta não tinham um percentual tipo dizimo, cada um faria segundo sua prosperidade ( e por favor não venham dizer que um percentual igual para todos é conforme a prosperidade, pois 1% de quem ganha uma bolsa família de 300,00 pode ser muito mais do que 50% de quem ganha 50.000,00)



II Cor 8: 2,5



Como em muita prova de tribulação houve abundancia do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente .Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus.



II Cor 9:1



Quanto à administração que se faz a favor dos santos, não necessito escrever-vos;



II Cor 9: 7,

Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.



Gal 2:10

recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.



I Tm 5:3 e 8

Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas.


Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel



Tg 2: 15,16

E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?












Seria necessário mais comentários?


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Crente pode julgar?



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Por Ciro Sanches Zibordi
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Embora concordem no todo ou em parte com o que lêem aqui, muitos têm dito: “Não cabe a nós julgar”,“Quem é você para julgar?” ou, ainda, “Somos o único exército que mata os seus soldados”.
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Ora, como diz a Palavra de Deus,“já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”(1 Pe 4.17). E, se alguém ainda pensa que não cabe a nós julgar, e que o fato de reconhecermos os nossos erros e combatê-los segundo a Bíblia é “matar soldados”, é bom que reflita com base nos pontos mencionados abaixo:
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1. Segundo a Bíblia, nunca devemos desprezar pregações, ensinamentos, profecias, hinos de louvor a Deus, bem como sinais e prodígios (At 17.11a; 2.13; 1 Ts 5.19,20). Nesse sentido, de fato, não devemos julgar. Mas cabe a nós provar, examinar se tudo é aprovado pelo Senhor (At 17.11b; 1 Ts 5.21; Hb 13.9). Em 1 Coríntios 14.29 está escrito: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. E, em 1 João 4.1, lemos: “Amados, não creais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. Este é o tipo de julgamento que faço neste blog.
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2. Devemos julgar segundo a reta justiça (Jo 7.24), e não pela aparência, por preconceito ou mágoa de alguém. Jesus condenou o julgamento no sentido de caluniar: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1), mas, no mesmo capítulo, Ele demonstrou que devemos nos acautelar dos falsos profetas e apresentou critérios pelos quais podemos julgar, isto é, discernir, provar, examinar (Mt 7.15-23).
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3. Sempre devemos julgar pela Palavra de Deus (At 17.11; Hb 5.12-14), pois ela está acima de mim, de você, de nós, do cantor fulano, do pregador beltrano, da vocalista cicrana, dos anjos (Gl 1.8), da igreja tal, etc. Leia 1 Coríntios 4.6; Salmos 138.2.
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4. Devemos julgar de acordo com a sintonia do Corpo com a Cabeça (Ef 4.14,15; 1 Co 2.16; 1 Jo 2.20,27; Nm 9.15-22). A verdadeira Igreja de Cristo é a que o acompanha, o segue, e não aquela que segue ao seu próprio caminho. Em Apocalipse 2 e 3 vemos exemplos de igrejas que agradavam a Jesus (a minoria) e de outras, que não faziam a vontade dEle.
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5. O julgamento deve ocorrer também segundo o dom de discernir os espíritos dado às igrejas de Cristo (1 Co 12.10,11; At 13.6-11; 16.1-18). Mas a falta deste dom em algumas igrejas locais faz com que os crentes se conformem com o erro e digam: “Quem sou eu para julgar?”, etc.
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6. Devemos julgar tudo com bom senso (1 Co 14.33; At 9.10,11). Você pode me julgar, analisar o que eu escrevo, examinar, contestar, sabia? Mas com bom senso, à luz da Palavra de Deus, e não de maneira agressiva, com um comportamento de fã, defendendo o seu grupo ou seu cantor preferido. E não basta fazer citações bíblicas. É preciso saber citar versículos bíblicos que estejam em harmonia com contexto. É necessário saber manejar bem a Palavra de Deus (2 Tm 2.15).
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7. Devemos julgar, ainda, de acordo com cumprimento da predição, no caso da profecia (Ez 33.33; Dt 18.21,22; Jr 28.9), se bem que apenas isso não é suficiente para autenticá-la (Dt 13.1,2; Jo 14.23a). Com já mencionei neste blog, a “apóstola” tal (Alguém sabe do seu paradeiro?) afirmou que Jesus voltaria num dos sábados de julho de 2007? Muitos esperaram o seu cumprimento até o último sábado... Mas, no caso desta predição, não era nem necessário esperar, pois já estava reprovada desde o início pelo teste da Palavra!
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8. Finalmente, devemos julgar de acordo com a vida do pregador, da cantora, do profeta ou do milagreiro (2 Tm 2.20,21; Gl 5.22):
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Ele(a) tem uma vida de oração e devoção a Deus?
Ele(a) honra a Cristo em tudo, não recebendo glória dos homens?
Ele(a) demonstra amar e seguir a Palavra do Senhor?
Ele(a) ama os pecadores e deseja vê-los salvos?
Ele(a) detesta o mal e ama justiça?
Ele(a) prega contra o pecado, defende o evangelho de Cristo e conduz a igreja à santificação?
Ele(a) repudia a avareza, ou ama sordidamente o dinheiro?
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"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis"
Mateus 7.15-16.
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Fonte: Blog do Ciro

(via: Pulpito Cristão (http://www.pulpitocristao.com/)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Apologética: A importancia em defender com clareza a sua fé
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Certamente, todos os cristãos evangélicos, em algum momento de sua vida, já foram confrontados com questionamentos quanto à fé que professam. Isso não vem de hoje. A história nos mostra que em todos os períodos da história humana Deus e o Cristianismo têm sido atacados.

Na Bíblia, encontramos o texto áureo da defesa da fé cristã. Está em I Pedro 3:15:


"Antes santificai a Cristo em vossos corações e estejais sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós".

Nesse trecho, Pedro nos dá as bases da defesa da apologia cristã. Em relação à pessoa de Cristo é necessário "santificá-lo em nossos corações"; em relação a nós mesmos: "estarmos preparados"; e em relação aos nossos oponentes: "responder com mansidão e temor".A defesa da fé é denominada "apologia" - que do grego significa "resposta" ou "discurso de justificação". Ela compõe um conjunto de respostas às perguntas feitas sobre Deus, Jesus e o pensamento cristão.

A apologética é essencial à prática missionária. Existem vários tipos de apologética, mas o mais importante a considerar é que só é capaz de defender a fé aquele que tem convicção, certeza de salvação em Cristo Jesus.

Não é objetivo da apologia tão somente ganhar debates/discussões no âmbito filosófico, científico ou teológico, antes pretende cumprir o Ide de Jesus, de forma a pregar o Evangelho de forma a dissipar todas as cosmovisões que sejam antagônicas ao Cristianismo.

A apologética sempre teve grande importância na história da Igreja e foi vital no Novo Testamento para auxiliar os crentes em sua caminhada inicial diante de um mundo contrário à nova fé. Se a apologética foi importante naquela época, quanto mais agora, no mundo atual, que têm sido caracterizado por movimentos filosófico-teológicos denominados como secularismo, relativismo, ateísmo, pós-modernismo e pluralismo.

Nesse contexto social, é de responsabilidade de cada cristão levantar a bandeira do Evangelho e defender as verdades bíblicas não apenas verbalmente, mas também com seu comportamento - é aí que entra o crescimento pessoal a partir da defesa da fé.

Em Tiago 2:18 lemos:


"Tu tens fé e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé".

São nossas atitudes e nosso coração na obra que refletem a importância de Deus em nossas vidas. Fazer o bem, testemunhar é o comportamento natural de quem está integrado ao propósito de Deus.

É necessário que o crente esteja respaldado por conhecimento a cerca de sua fé, a partir de um estudo sólido e permanente da Palavra de Deus. Nossas atitudes falam muito e o tempo todo. O amor pelas almas perdidas deve ser sempre nosso objetivo, pedindo sempre sabedoria à Deus na hora de defendermos nossa fé.


Por: Leonardo Macambira
Fonte: [ Blog do autor ]
Via: [ bereanos]