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domingo, 10 de junho de 2018

O $how tem que parar na Convenção G12 Brasil 20

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IMG_20180609_124857416Ontem o MEEB esteve em São Bernardo do Campo (SP), na Convenção G12 Brasil 2018. A princípio ficamos bem na entrada, mas os seguranças educadamente nos pediram para sairmos do local, afinal ele estava “reservado”, ou seja, alugado, para o evento. Concordamos sem pestanejar e nos posicionamos na calçada, em frente a uma das entradas do estacionamento.
Estendemos nossa faixa e logo os organizadores se incomodaram, vindo falar conosco. Isso é muito bom, pois os profetas do Antigo Testamento não eram adorados, não tinham total aceitação, pois traziam na maioria das vezes palavras duras, aquelas que o grande amor de Deus lhes dava para trazer o povo de Israel de volta ao prumo. E as palavras que nossa faixa traziam eram apenas:
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
Para um cristão sincero, que crê em Cristo e segue Seus ensinamentos, esses dizeres não têm nada de mais. Ao contrário, trazem grandes verdades num tempo em que a Igreja Brasileira está se contaminando com o mundo, assumindo seus valores perversos, buscando primeiro as bênçãos materiais do que as do céu, idolatrando líderes e artistas gospel, levando políticos corruptos para profanar os púlpitos, num tempo em que se esqueceu que Deus não faz acepção de pessoas e que se dá os melhores lugares nas igrejas para os maiores dizimistas e ofertantes. Para um cristão verdadeiro, as palavras da faixa fazem todo o sentido, afinal um cristão verdadeiro não se sente ameaçado por elas.
Mas os cristãos puramente nominais, dos quais muitas igrejas estão cheias, esses se revoltam com essas palavras, pois elas são como flechas que atingem diretamente suas verdadeiras convicções diante do Evangelho.
E não foi diferente na Convenção G12. Os organizadores e seguranças vieram nos interpelar, queriam saber o que estávamos fazendo ali, por que estávamos estendendo aquela faixa, por que não estávamos evangelizando os ímpios. O incômodo diante da nossa presença era gigantesco. Um péssimo sinal, em se tratando de um evento que se diz cristão.
Mas enfim, continuamos no local e presenciamos muitos, mas muitos cristãos sinceros. Pessoas que realmente entregaram suas vidas a Cristo, e que seguiam as ordens do G12 porque esse foi o Evangelho que lhes fora ensinado. Muitos pegaram nossos folhetos, muitos fizeram perguntas, e muitos se incomodaram como os organizadores e seguranças. Enfim, bendito seja o Nome do Senhor!!!
g12algodaoUm fato, para nós muito triste, chegou ao nosso conhecimento. Um rapaz que vendia algodão doce veio falar conosco. Revelou que, ao saber do que tratava o evento, sentiu muita vontade de entrar e assistir ao “culto”. Porém, ao chegar na entrada, houve o seguinte diálogo:
_ Eu gostaria de entrar para assistir ao culto.
_ São R$ 80,00.
_ Não, eu não quero entrar para vender aí dentro, quero só assistir ao culto!
_ A entrada é R$ 80,00.
Esse valor, segundo o rapaz nos revelou, é o lucro de dois dias de seu trabalho. Por suas necessidades e por não crer que o que de graça receberam, pagando devem dar, o rapaz decidiu continuar do lado de fora. E ficou conversando conosco por um longo tempo. Deus não deixa quem Lhe busca sem resposta.
É bom deixar claro que sabemos que um evento de grande porte tem seus custos. E que esses custos devem ser pagos pelos membros da igreja. Assim, se um local é alugado, é justo que todos os que têm condições colaborem. Todos os que têm condições.
Jesus, o Cristo, pregava majoritariamente entre os pobres e marginalizados. Por isso, pregava em áreas livres, montes, à beira da praia. O Cristianismo nunca precisou de luxos e confortos para que sua mensagem fosse propagada. Na Idade Média, quando o catolicismo se tornou a religião oficial em grande parte da Europa, é que começamos a ver os “luxos”, templos magníficos com maravilhosos vitrais, desenhos e esculturas, arquitetura gótica, isso e aquilo, porém com uma mensagem apenas para os pouquíssimos que entendiam latim. Hoje, temos o Evangelho em nossa própria língua, porém herdamos o gosto pelo luxo e buscamos igrejas com cadeiras almofadadas, ar condicionado, estacionamento privativo, templos suntuosos e tudo o mais que possa mostrar aos outros o quanto nossa congregação é “abençoada”, já que, atualmente, a medida da bênção não são os frutos do Espírito, mas o saldo na conta bancária.
E por isso eventos como a Convenção G12 Brasil precisam cobrar, e caro, para dar aquilo que de graça Jesus nos ensinou. Custa caro manter a estrutura de “apóstolos” (?). Custa caro pagar a mensalidade da cobertura espiritual em forma de pirâmide, até chegar no dono da franquia, quero dizer, da metodologia G12, o sr. Castellanos. Custa caro manter aparência de prosperidade, enquanto os membros de muitas igrejas necessitam de auxílio financeiro e só dependem da infinita misericórdia de Deus.
Outro fato muito triste foi quando fomos entregar um folheto a um senhor que lia a faixa. Ele nos perguntou o que estávamos pregando, e lhe informamos que queríamos levar a Igreja à reflexão sobre algumas situações que a irmanavam com o mundo, como  o fato de algumas dependerem de políticos, levando-os para macular os púlpitos. Nessa hora, com raiva, o senhor devolveu o folheto. No mínimo, era um político ou um líder religioso com grande interesse em políticos.
Jesus aprova tudo isso?
Saímos do evento tristes, pela situação de boa parte da Igreja Brasileira, e felizes, pois enquanto nossas faixas incomodarem é sinal que Deus ainda tem amor e misericórdia para conosco e ainda não derramou sobre nós o cálice da Sua ira. Enquanto o chamado ao Evangelho incomodar, é sinal que há espaço para reflexão e arrependimento, e que ainda há esperança para nós.
Especificamente sobre a metodologia G12, sobre “a visão”, existem vários artigos na internet. Por exemplo: O que está por trás do G12.
Na Igreja Primitiva ninguém se reunia em grupos de 12. Reuniam-se em grupos de quantos fossem alcançados. A liderança não era para todos, mas apenas para os capacitados espiritualmente. A ênfase era a pregação do Evangelho, e o levantamento de recursos servia para prover os cristãos e igrejas em necessidade, não para custear os luxos dos líderes. O título de Apóstolo desapareceu após a morte dos doze, e durante séculos e séculos e séculos nem a Igreja Católica ousou se apossar desse título. Porém, poucas décadas atrás tiveram a lucrativa ideia de ressuscitar esse título, para tornar líderes gananciosos com a falsa impressão de mais poder espiritual perante os demais.
Cristo nos ensinou que quem quer ser o maior precisa servir o menor. No Evangelho dos novos tempos, o maior tem que ser maior ainda, com título mais grandioso, mais pompa e mais circunstância. O quanto estamos distantes do verdadeiro Evangelho!!!
Que Deus abre os olhos dos sinceros. Que Deus tenha misericórdia de nós.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
A DEUS toda a honra e toda a glória para sempre.


pedrasclamam.wordpress.com