Faça sua camiseta:

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Muitos nos procuram querendo comprar uma camiseta do movimento pela ética evangélica, Nós não comercializamos camisetas, mas quem quiser ter uma basta pegar o modelo e mandar fazer no local de sua preferencia: http://exemplobereano.blogspot.com.br/2014/02/camisetas-do-movimento-pela-etica.html

domingo, 24 de agosto de 2014

Um dia na Marcha para Jesus em Guarulhos.

Ontem 23/08/14 estivemos em mais uma das chamadas marchas para Jesus (Jesus?), desta vez na cidade de Guarulhos na Grande SP.
Ouvimos que esta é a segunda maior marcha do estado, mas como temos vistos em todas as marchas que estamos indo, cada vez mais o evento diminui de tamanho, só não sabemos se o motivo é pelo fato do povo estar abrindo os olhos ou se é por causa de disputa politicas entre igrejas e organizadores.
Mesmo antes do inicio da marcha seus organizadores davam a ela um ar de espiritualidade ( eu diria: espiritualidade tupiniquim) ao" ungirem" o percurso e o palco da Marcha conforme publicaram no Facebook oficial  do evento:

Pessoas ungidas o percurso e palco (imagens facebook)
Mas na prática só vimos o mesmo de sempre, onde Jesus apenas empresta o nome ao evento mas as estrelas do evento são os artistas anunciados. Será que o numero de pessoas que dizem marchar para Jesus fariam isso sem ver seus ídolos se apresentarem no evento?

O nome de Jesus dividindo espaço com os artistas

O nome de Jesus dividindo espaço com os artistas

Outro fato que destaco é a insensibilidade dos organizadores que fizeram a marcha em  um longo percurso e  que num dia de sol como o de ontem, fez o povo sofrer com o calor. Os organizadores, pastores. políticos  e artistas com certeza não marcharam sob o sol, pois quem não foi direto ao local do $how, sem passar pelo percurso,  foi em cima dos caminhões dos trios elétricos. E o mais triste, ouvi eles falarem que o "sacrifício" que o povo fazia seria recompensado com um milagre na vida das pessoas. Lembrei que sempre ouvi os evangélicos criticarem as romarias e sacrifícios dos católicos, e não vi nada de diferente.

Em um ano eleitoral, os políticos fizeram a festa. Ao longo do percurso centenas de cavaletes com propaganda política, pessoas distribuindo santinhos dos candidatos e carros com propagandas seguindo a marcha ou estacionado próximos do local do show.E obvio, o voto do evangélicos era disputado, principalmente pelos candidatos igualmente "evangélicos". Texto bíblicos foram usados como propaganda politica.


O cara afirmando ser  "de Deus" e se achando justo para governar.
Como sempre, seguramos nossas faixas enquanto o povo passava, e muitos leram os textos (a nós resta esperarmos que o Espírito Santo aja na vidas destas pessoas dando-lhes entendimento para avaliar o que leram) e entregamos alguns folhetos ( encontramos um deles rasgado em várias pedaços, quem o pegou não gostou do que leu), Fui abordado por uma pessoa que disse que eu preferia ver os jovens que marchavam ouvindo funk, mas ele não esperou eu responder que gostaria mesmo era de ver estas pessoas livre a alienação religiosa e que não existe muita diferença entre o funk que ele se referia e o "gospel" que estávamos ouvindo no evento.
Alguém não gostou do folheto rasgou e jogou fora.
Depois seguimos ao local do $how, onde vimos alem de centenas de propaganda políticas uma área de comercio, alem de ambulantes que vendiam de tudo, desde água até fitinhas do Talles Roberto,

Comércio montado para o evento.

                                                                                                                                                                                                                           

No inicio do $how os políticos presentes foram apresentados e coube ao prefeito da cidade dar uma "saudação aos irmãos" e apresentar os artistas que iriam se apresentar. Ele gerava expectativas no público ao citar cada nome e o povo que dizia estar lá para "Jesus" iam ao delírio ao ouvir o nome de seus ídolos, principalmente os mais famosos anunciados por últimos com grande pompa.






Mesmo quem estava em cima dos caminhões, leram as faixas

Ao fundo nossas faixas no meio do povo.

Nossas camisetas também anunciavam a mensagem

Nossas camisetas também anunciavam a mensagem
Graças a Deus não houve incidentes e de forma geral alguns foram indíferentes enquanto outros nos apoiaram e fotografaram aos dizeres das faixas.

E nós continuamos a pedir para que a chamada "igreja" brasileira reflita em nossa proposta.

"VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES O $HOW TEM QUE PARAR"

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Deus habita no Templo de Salomão, só que não!


Por Renato César


Já era esperado que grande parcela dos evangélicos discordasse da edificação do Templo de Edir Macedo Salomão, visto que este custou mais de R$ 600 milhões e ainda por cima terá um custo anual de manutenção em torno de R$ 10 milhões. Além disso, o templo acabará por ser mais visado por turistas do que propriamente por pessoas preocupadas em adorar a Deus diante da arca do Edir Macedo da aliança.

Mas eu me pergunto se todos que têm criticado a megalomaníaca construção do agora "Rabispo" Macedo têm prestado atenção em seus calcanhares. Digo isso pois não podemos deixar de pensar em termos proporcionais, ou seja levar em conta se no lugar dele, com toda a dinheirama que o Rabispo tem, muitos não fariam a mesmíssima coisa, ainda que preferindo investir em ilhas em vez de templos.

Há quem estime o faturamento anual da Igreja Universal em mais de R$ 1 bilhão. A revista Forbes avaliou o patrimônio de Macedo em mais de R$ 2 bi. Assim, o Templo de Edir Macedo Salomão, no máximo, teve um custo razoável para a Universal, e sua despesa de manutenção será em boa parte amenizada pela receita oriunda do turismo em torno do mega-templo e, é claro, das ofertas "volotárias", vindo a representar uma ninharia no orçamento total da Universal.

Se pensarmos em termos proporcionais, muitas igrejas têm gastado até uma parcela maior de seu orçamento com construção de seus templos. Quantas catedrais não existem no meio evangélico? Quantas igrejas não possuem piso de primeira, decoração luxuosa e aparatos supérfluos para supostamente dar um upgrade no culto? Já tive o desprazer de visitar igrejas que estão há mais de uma década em obras, preocupadas com a pedra de mármore a ser colocada ali, uns vitrais acolá e o que mais for desnecessário, mas belo e requintado, para melhorar a aparência do templo.

A hipocrisia é um dos pecados mais irritantes que existem, porque ela faz parecer que existem dois pesos distintos com os quais as pessoas são julgadas. É como ver um malandro indignado com os políticos de seu país. As críticas feitas aoRabispo são em geral corretas, mas deveriam ser direcionadas a uma massa bem maior de líderes evangélicos, e não estou falando apenas dos neopentecostais que aparecem na TV. Muitos têm investido pesadamente em seus templos sob a justificativa de estar fazendo da casa do Senhor um palácio para Deus, mas tudo não passa de vaidade, como bem diz o autor de Eclesiastes: "Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas... E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol" (Ec 2:3,11).

Infelizmente, existe uma obsessão por templos suntuosos entre muitos cristãos, como se fosse antibíblico congregar-se em um espaço simples quando se tem dinheiro para um templo à altura de Deus. O que o Macedo fez, lamentavelmente, não está fora dos padrões da cristandade como um todo. Vide o Vaticano.

É realmente triste que ao longo de toda sua história a Igreja Cristã tenha sido marcada por obras similares a esta da Universal, que não servem para nada além de abrigar muitas cabeças em dias chuvosos ou de sol escaldante e de servir como local de visitação para turistas ou para gerar empregos (pergunto-me quantas pessoas serão necessárias nessa tarefa). No final das contas, ao menos São Paulo saiu beneficiada, pois tem agora mais uma atração turística e alguns desempregados a menos.

Vale aqui lembrar o que diz Atos 17:24:

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens”.
***
Fonte: Bereianos   Via: evangelhosemcontaminação;

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

← Os Neopentecostais no Brasil: cristianismo ou empreendedorismo?


Viagem missionária (Pt. Paulo Siqueira-MEEB)


Na última semana de julho tive a grata satisfação de participar do encontro de pastores da Ordem de Pastores Batistas do Vale do Paraíba, para tratar da realidade da Igreja, principalmente no contexto neopentecostal.

O encontro foi realizado na Primeira Igreja Batista de Registro (SP). Foi um encontro bastante proveitoso, onde pudemos, junto com os pastores, refletir de que algo necessita ser feito por aqueles que realmente amam a obra de Deus.

Alguns pontos que destaco foram a questão de buscar um sério comprometimento com a identidade da Igreja, sua práxis e a sua representatividade diante do mundo, pois a Igreja não pode ser simplesmente conhecida pelo templo, pelos pertences ou pela “prosperidade” dos seus membros. A Igreja tem que ser conhecida por ser a mensageira de Cristo diante de um mundo em caos pelo pecado, e essa representatividade acontece na luta pela paz, pela justiça, pela igualdade, principalmente no contexto dos que sofrem diante das desigualdades, que insistem em manter os fracos e oprimidos distantes de uma vida digna.

Este é o papel da Igreja, e isso vai muito além de estar preso a um reduto puramente religioso. Hoje o pastor representa muito mais que sua instituição: ele representa o Reino de Deus num mundo em desigualdades.

Diante disso, o pastor precisa estar atualizado e capacitado para representar uma luta dos verdadeiros discípulos de Cristo, pois os falsos profetas estão diariamente expandindo suas “emprejas” com o misticismo, mágicas, mentiras do “outro” evangelho.

Outro ponto discutido foi a questão da acessibilidade da Igreja, pois lamentavelmente muitas igrejas não são acessíveis ao povo. Hoje, líderes religiosos (para denotar prosperidade e poder) circulam cercados de seguranças, impedindo que os simples irmãos tenham acesso à sua presença, transformando a Igreja em verdadeiras caixas-fortes. Sem contar as igrejas onde os pastores atendem com hora marcada, em horário comercial.

Eu mesmo já vivenciei experiências onde famílias necessitavam de um pastor na madrugada ou num feriado, e não encontravam.

Nesse sentido, também vemos que a Igreja é uma grande fonte de desigualdades, pois esses mesmos pastores, cercados por seus seguranças, inacessíveis às pessoas comuns da Igreja, oferecem livre acesso aos ricos e poderosos.

A Igreja precisa ser acessível desde a porta até os seus líderes, pois assim foi Cristo, que não impediu as criancinhas, nem a mulher pecadora, nem o cobrador de impostos, nem o centurião, nem os leprosos, de irem até Ele. Ao contrário, os Evangelhos relatam que o Cristo era acessível a todos.

A palestra tinha por título “Neopentecostalismo: cristianismo ou empreendedorismo?”, e é com muita tristeza que eu defino que, lamentavelmente, o neopentecostalismo não tem traços nem identidade e nem referencial do cristianismo. É um grande empreendedorismo, onde os Evangelhos e o próprio Jesus são fontes de merchandising para o crescimento e expansão dos “negócios” religiosos. Isso é facilmente percebível quando observamos que o neopentecostalismo não se relaciona com os valores da Reforma, nem se autodenominando como protestantismo, sem contar que, na ânsia de se autopromover com a mídia, valores essenciais do Evangelho são trocados por métodos tanto administrativos quanto de autoajuda.

Sendo assim, esse grupo que “cresce” no Brasil se distancia da essência da palavra Igreja. Hoje, esses grupos podem ser denominados um pouco de tudo, porém em nada se enquadram no sentido da Igreja de Cristo.

Foi bastante proveitoso. Quero agradecer a todos pela hospitalidade, pelos momentos de reflexão, e principalmente ao Pr. Alonso, que teve a iniciativa do convite.

São experiências como essa que nos fazem ainda ter esperança de que um mundo novo ainda é possível, pois nem todos se dobraram a Baal e aos deuses deste mundo.

A Deus, toda a honra e toda a glória.

Paulo Siqueira


 Publicado originalmente  em 04/08/14 em:

pedrasclamam.wordpress.com

domingo, 3 de agosto de 2014

Evangelho Puro e simples sendo proposto no Rio de Janeiro.

Nos últimos dias o MEEB ( Movimento pela ética evangélica brasileira) esteve em plena atividades no Rio de Janeiro. A proposta pela volta ao evangelho puro e simples e pelo fim do $how esteve presente em três eventos organizado pelas lideranças gospel e seus aliados,onde do evangelho verdadeiro não se vê nada, em compensação estes eventos são repletos de heresias, idolatria, comércio e politicagens.


Festival Promessas em Itaguai- RJ 26/07/14






Evento realizado por Silas Malafaia como o nome de Avivamento ( aviltamneto cabe melhor) para o Brasil no bairro da Penha, Rio de Janeiro RJ.A poucos metros do local onde o evento foi realizado, no dia do encerramento. 31/07/14






Marcha para "Jesus" (Jesus?) em São Gonçalo 02/08/14






Enquanto isso no último dia 31 o movimento esteve presente em São Paulo na Inauguração do tal "templo de $alomão".

Se você tiver a mesma proposta que nós ( A volta ao Evangelho Puro e Simples e o fim do $$how ) faça sua camiseta e sua faixa e participe em eventos semelhantes em sua cidade ou estado.


"VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E             SIMPLES O $HOW TEM QUE PARAR!"

A MÁQUINA DO TEMPO, MARTINHO LUTERO E O TEMPLO DE SALOMÃO DA IURD

Por Renato Vargens


Não é que o reformador  Martinho Lutero voltou a usar a Máquina do Tempo?

Pois é, a convite do "papa", digo, "bispo" Edir Macedo, o alemão viajou no tempo para a inauguração do Templo de Salomão.

Ao chegar a São Paulo, Edir Macedo recebeu Lutero dizendo: - "Bem vindo Lutero, que bom que veio a inauguração do lugar onde Deus habita na terra."

Lutero estupefacto com a afirmação do bispo da IURD respondeu:  "Como assim? As Escrituras afirmam que Deus não habita em templos feito por mãos humanas e você vem me dizer isso?"

Macedo sem paciência replica o alemão dizendo: "Lutero preste atenção e veja o tamanho desta obra prima. As pedras vieram de Israel, a arquitetura é magnânima e a construção foi com a venda das indulgências, digo, contribuições dos fieis.

Lutero responde: "Como? Quer dizer que você vendeu indulgências para construir isso? Não acredito que tenha feito essa afronta ao Deus vivo/

Macedo já irritado interrompe o alemão dizendo: " Deixe de ser chato Lutero, bem que o meu amigo Tetzel me falou que você era um mala sem alça.

"O que é isso?" perguntou Lutero"

"Uma pessoa inconviniente", respondeu Macedo.

Inconviniente? Ora, você está vendendo indulgências  e eu sou inconveniente? Faça-me um favor disse Lutero.

Macedo indignado respondeu:  "Olha Lutero, você está tocando no ungido do Senhor, aliás, o bom seria se sua mãe tivesse abortado, assim, seríamos poupados de ter que ouvir suas bobagens."

"E digo mais" continuou o bispo: "Se quiser ser abençoado, tem que dar mesmo, alías, como já falei anteriormente, ou dá ou desce."

Lutero, entristecido com o que ouviu, resolveu caminhar em direção a porta do templo, quando por Macedo foi indagado: "Aonde você pensa que vai?" "Vou fixar umas teses na porta deste "templo" mesmo porque, o que vejo aqui me faz lembrar em muito minha experiência em Wintenberg."

Macedo indignado, respondeu: "Sabe de nada inocente!"  "Preste atenção se fizer isso isso, lhe amaldiçoarei com pragas descomunais."

Sem se intimidar Lutero pegou o martelo fixando suas teses na portão principal, quando um grupo de evangélicos se dirigiu a ele dizendo:

Absurdo, em vez de ganhar almas pra Jesus, esse alemão perde tempo falando mal dos outros, por acaso você não sabe que não podemos julgar ninguém? Pare com isso imediatamente e seja feliz, até porque, o que importa é que Jesus está sendo pregado.


http://renatovargens.blogspot.com.br/

sábado, 2 de agosto de 2014

AS IMITAÇÕES DA IGREJA UNIVERSAL

" Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave."

Efésios 5:1-2


O texto bíblico é claro sobre quem um cristão verdadeiro deve imitar, mas infelizmente alguns que se dizem cristãos e que usam a Bíblia nos sermões preferem outras imitações.
Nos últimos dias a mídia nacional tem divulgado a inauguração do tal " templo de Salomão" em São Paulo, obra da Igreja Universal do Reino de Deus liderado por Edir Macedo (alias eu não diria que Edir  seja apenas o líder, mas o dono do negócio).
Voltando ao texto bíblico mencionado e comparando com as imitações da igreja do Macedo vemos uma grande distancia. A Igreja dele não imita a Deus como o proposto no texto bíblico, mas gosta de fazer imitações, ela  não é original pois imita outras religiões. Vejamos:


-Igreja Universal gosta de imitar a macumbaria e religiões afros.




-A Igreja Universal imita os Católicos com a construção de templos atribuindo algo sagrado a construção,  o Templo de Salomão está ai  para comprovar isso. Não se trata apenas de um lugar de reunião para eles  mas de um local sagrado, um lugar para peregrinações como os templos de outras religiões;


- Ainda falando do templo de Salomão,vemos a Universal imitando o judaísmo e esta imitação não é apenas do templo,mas em uma porção de outros símbolo e ritos.





-Ainda falando de imitações a igreja do bispo adorara imitar o mercado quando o assunto é bussines e marketing,  e claro a Universal imita os políticos e imita no que eles tem de pior e usam até mesmo o espaço que eles chamam de sagrado para fazer politica



-Às vezes a Universal até imita os evangélicos, quando leem as escrituras. Pena que geralmente estas leituras são parciais e fora do contexto.



Por: Laudinei

Manifestação pacífica no dia da inauguração do Templo de Salomão: O $how tem que parar!

“O que está escrito nessa faixa que está deixando o pessoal lá no outro lado tudo bravo?”

blog143Quinta-feira, dia 31/7, 6:15h. Há pouco havia chegado à calçada em frente ao Templo de Salomão, que seria inaugurado na noite deste mesmo dia, com a presença ilustre da Presidente da República, Governador de S. Paulo, Prefeito de S. Paulo e políticos, desembargadores, juízes, artistas, donos e representantes de grandes veículos de comunicação. Enfim, quem detém poder financeiro, político ou de influência midiática estaria ali, dando apoio, honras e glórias ao Edir Macedo, idealizador e dono da maior catedral gospel da América Latina.
Ao chegar ao local, estendi uma faixa com os dizeres de Atos 17.24-25:
O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas.
Em pouco tempo passei a ser abordada por pessoas na rua, que liam a faixa. Muitos compreenderam o propósito da manifestação e apoiaram.
Penso que nada é por acaso. Inicialmente pretendíamos confeccionar panfletos e distribui-los durante a manifestação. Porém, não houve tempo hábil para isso. E, por ser dia útil, todos os que gostariam de participar não puderam. Eu só participei porque consegui uma folga no serviço.
Onde a faixa foi estendida fica bem em frente ao Templo de Sataná…, digo, de Salomão. E bem em frente há um ponto de ônibus, e logo depois um farol (ou semáforo, para os não paulistas) que insistia em ficar vermelho quando os ônibus chegavam.
Grande providência divina!!! Os ônibus, muitos (pois é uma importante via de ligação entre a zona leste e o centro), paravam em frente à faixa. Daí todo o mundo nos ônibus se viravam para ler a faixa, e as reações iam desde faces em reflexão até apoios abertos, com sinal de positivo, buzinas por parte de motoristas, muitos tirando fotos com seus celulares. Mesmo se tivéssemos panfletos, naquele lugar, naquela situação, poucos seriam distribuídos.
Em todo o tempo, principalmente de manhãzinha, os “guardiões do templo” ficaram bastante atentos à nossa presença. Por volta das 7h, dois deles vieram falar conosco. Deu um certo frio na barriga, afinal “fisicamente” estava sozinha, embora Deus tenha me cercado de anjos (os espirituais, claro, e os humanos – fiscais da SPTrans e da CET, que estavam ali fechar a rua na hora necessária e moradores de rua e comerciantes próximos). Graças a Deus, vieram em paz. Foram educados, embora cegados espiritualmente pela aparente grandeza do monumento de pedra que eram obrigados a guardar.
Entre 7 e 9h houve um grande movimento de, penso eu, pastores, bispos e suas esposas. Passavam a todo o momento procurando táxis e carregando malas, além de ternos e vestidos em cabides (para não amassar). E os ônibus, abarrotados de pessoas indo para o trabalho, observando a faixa, além de muitos que pararam para conversar.
Um senhor se aproximou, dizendo ter participado da construção do tal templo, porém disse: “minha fé é inabalável”. E descreveu alguns absurdos que presenciou durante a obra e em cultos, pois tinha permissão para participar. Entre os absurdos, ele ouviu do próprio Macedo: “Deus escolheu essa casa para habitar”.
Católicos, evangélicos e até sem religião deram apoio aos dizeres da faixa. Também, não era para menos, afinal eram apenas versículos do livro que os que se dizem cristãos (e isso inclui os membros e líderes da IURD) deveriam seguir. Porém, em certo momento um rapaz chegou e me fez a pergunta que abriu esse artigo:
“O que está escrito nessa faixa que está deixando o pessoal lá no outro lado tudo bravo?”
Na calçada do templo, casais faziam “selfies”, homens e mulheres tiravam fotos suas em frente ao templo (em frente, pois entrar ali já é outra história). Percebia-se os pastores e suas esposas pelo grande esforço em parecerem elegantes e em conformidade com as normas do templo. Esses, praticamente sem exceções, cumpriam o mesmo ritual ao ler a faixa: homens e mulheres riam, só que as mulheres não apenas riam, mas gargalhavam ao longe. Cegos, cegos, tão cegos que, penso eu, não tinham noção de que estavam rindo das palavras contidas no livro que, em seus corações, dizem seguir. Do lugar onde estava, apenas tinha uma tristeza profunda por aquelas almas.
Alguns veículos de imprensa estiveram lá pela manhã e tiraram fotos da faixa. Porém, que eu saiba só saiu alguma coisa no jornal O Diário de S. Paulo. Abaixo, o vídeo da reportagem (menos de 3 minutos):
www.youtube.com/watch?v=_ASGa3aZPQk
Em certo momento, um senhor me perguntou: “não está cansada de segurar essa faixa?”, e eu respondi: “não, obrigada, estou bem”. E a resposta: “quando cansar, me avisa que eu seguro”.
Por volta de 11h, recebi uma garrafa de água mineral da parte de um dos fiscais da SPTrans, que me contou sua história em denominações cristãs e sua grande fé em Jesus, apesar de algumas igrejas.
E, às 11:30h, retiramos a faixa e fomos embora. Foi mais uma vez providência divina, porque minutos depois da minha saída o local onde me encontrava encheu-se de viaturas e motos da Polícia Militar, a ponto de eu achar que a bandidagem poderia trabalhar tranquila no resto do dia, pois boa parte da corporação estava ali, para proteger aquela obra faraônica e as autoridades e artistas que chegariam horas depois.
E, falando em horas depois, a Rede Record noticiou até cansar como foi a tal inauguração do Templo de Sata…, digo, de Salomão. Teve direito até a carregamento, via tapete vermelho, de uma réplica da Arca da Aliança. E, em meio à festa mundana e pagã com ares de espiritualidade, Jesus Cristo foi negado e crucificado de novo.
Como o propósito era apenas levar quem lesse as faixas à reflexão, e não afrontar ou confrontar os adoradores do novo templo, foi providencial termos ido pela manhã. Glorifico a Deus, pois permitiu que muitos lessem a faixa e refletissem sobre sua mensagem. E O glorifico por ter me permitido estar ali, logo eu, grande pecadora e insubmissa que sou. Como um dia Ele usou uma mula para exortar um pecador, nessa manhã do dia 31/7 Ele me permitiu ser um poste para estender Sua Palavra. E O glorifico por ter me dado forças para permanecer ali.
A Deus, toda a honra e toda a glória para sempre.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar.
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